sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Caso Marielle seis meses depois...


Meio ano após a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, completados nesta 6ª feira, sobram dúvidas quanto à autoria do crime e faltam explicações quanto aos assassinatos. Parentes, amigos da parlamentar e toda a população ainda questionam "quem matou Marielle Franco?" e acumulam incertezas quanto às poucas informações divulgadas pela polícia do Rio de Janeiro nestes tantos meses de investigações.

A Câmara Municipal carioca aprovou vários projetos de autoria da vereadora, conhecida pela militância em defesa das minorias e direitos humanos. Em agosto, Marinete Alves, mãe de Marielle, esteve com o papa Francisco. Ela disse ter falado sobre a filha para o papa que comentou que gostaria muito de tê-la conhecido.

Marcando a data, a Anistia Internacional lançou a partir de hoje uma campanha intitulada: “Quem Matou Marielle Franco?” na qual uma tela de 5 metros, instalada em um caminhão, passará mensagens em frente a instituições públicas e da Justiça criminal no Rio. O caminhão percorrerá o Parque do Flamengo, que costuma ter movimento intenso. Jurema Werneck, diretora executiva da Anistia Internacional Brasil, e parentes de Marielle Franco, são aguardados ao longo do dia hoje no local. E solicita que apóiem uma petição de urgência nas investigações do assassinato, a responsabilização dos envolvidos, proteção das testemunhas.

Para relembrar: Marielle Franco foi assassinada com quatro tiros na cabeça e seu motorista Anderson Gomes, atingido por três balas, quando saiam de um evento no Centro do Rio de Janeiro, quando foram cruelmente executados, na noite de 14 de março deste ano. Câmeras de segurança flagraram os carros, mas as investigações ainda não foram concluídas. Em agosto, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, reconheceu que “agentes do Estado” e “políticos” estão envolvidos no crime. Também admitiu dificuldades nas apurações. A Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro chegou a prender dois suspeitos. Segundo a polícia, os dois integravam o bando de Orlando Oliveira Araújo, conhecido como Orlando de Curicica, miliciano que está preso na penitenciária federal de Mossoró (RN).

Afinal já (ou ainda) é tempo de se levar a serio este caso!


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