Anteontem (7/11), Bolsonero (1) afirmou que o
Ministério do Trabalho será extinto. "Vai ser incorporado a algum
ministério", garantiu, sem entrar em detalhes. A pressão contra a medida já teve
início entre lideranças sindicais, motivou passeatas de protesto e ganhou apoio até do próprio ministério. Uma
nota da pasta divulgada na 3ª feira (6/11) sustenta que "o futuro do trabalho
e suas múltiplas e complexas relações precisam de um ambiente institucional
adequado para a compatibilização produtiva." Lembra que o ministério
completará 88 anos de existência em 26 de novembro e garante ser
"seguramente capaz de coordenar as forças produtivas".
O “Coiso” já mostrou ter maior sensibilidade
em relação à pauta dos empresários, e seu futuro ministro-chefe da Casa Civil,
Onyx Lorenzoni, reforça o discurso ao afirmar que "se dependesse das
centrais sindicais brasileiras, o deputado Bolsonunca, nunca seria
presidente". A declaração de Lorenzoni dá alguma segurança
para se crer no fim da pasta. A equipe de transição do presidente eleito não se
deixa influenciar por qualquer pressão, mas costuma se curvar com maior
naturalidade aos clamores de quem apoiou a candidatura vitoriosa.
Ao juiz Sérgio Moro, Bolsoninguém prometeu um
"superministério" que contemplasse também a Controladoria-Geral da
União, responsável por combater a corrupção na administração pública, mas
também detectar falhas nas políticas adotadas. Após servidores da pasta
defenderem a independência funcional do órgão, Bolsonapo sugeriu que a CGU pode
ter seu status de ministério mantido.
Não há nada de errado em recuar quando se
antecipam consequências negativas de uma decisão do Executivo. Pelo contrário,
é até sadio e mostra algum nível de interlocução. O problema é não saber se as
pressões contrárias sempre terão sucesso, como no caso das críticas ao fim do
Ministério do Trabalho. Bolsonalha mostrou disposição para recuar quando o
agronegócio ou outro setor aliado chiou, mas não deve ter a mesma sensibilidade
quando as críticas partirem de seus adversários. Mais importante que o presidente
eleito recuar em uma ou outra proposta, é saber até onde vai sua disposição de
ouvir críticas e revisar seus planos. Por enquanto, contamos apenas com sua
palavra e a de sua equipe. Até sua posse, ela garantirá muito mais dúvidas que
certezas.
Agora, quanto a acabar com o Ministério do
Trabalho e colocá-lo acoplado a “algum” ministério “qualquer” como um réles apêndice!?
Mas é claro que ficam mais do que evidentes as reais intenções desta ação
criminosa contra a classe trabalhadora. Ou simplesmente é a prova de que a Luta
de Classes existe!
1. Bolsonero, como sugere o
nome, ateou fogo em Roma, subiu no telhado do palácio e de lá ficou a
contemplar o incêndio tocando sua harpinha... o daqui diz que vai queimar o
Ministério do Trabalho (rs). Terá harpa para tocar?
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