segunda-feira, 26 de novembro de 2018

O último tango em Roma



Uma homenagem a Bernardo Bertolucci, artista realizador, roteirista, gênio do cinema (16/03/1941 – 26/11/2018), que dançou seu último tango aos 77 anos em Roma.

Antes de fazer cinema, estudou na Universidade de Roma e ganhou fama como poeta. Em 1961 trabalhou como assistente de direção de seu amigo Pier Paolo Pasolini. Em 1962, dirigiu Antes da revolução, em que já demonstrava seu estilo político e comprometido com seu tempo. Em 1967, escreveu o roteiro de Era uma vez no Oeste, de Sergio Leone.

Em 1970, dirigiu O conformista, que chegou a ser indicado para o Oscar de melhor roteiro. Em 1972, a sua primeira obra-prima, O último tango em Paris, escandalizou o mundo inteiro, foi proibido pelos milicos de exibição no Brasil e deu a Bertolucci mais uma chance de concorrer ao Oscar, desta feita como diretor.

Depois de realizar 1900 Novecento (1976), sua obra mais ambiciosa e monumental, com fotografia de Vittorio Storaro, música de Ennio Morricone e que reuniu um grande elenco de estrelas, entre eles Robert De Niro, Gérard Depardieu, Dominique Sanda, Donald Southerland, Burt Lancaster e por aí afora, inteiramente filmado em Emília (Itália), Bertolucci partiu para o drama intimista com La Luna (1979).

Mas poucos realizadores de cinema demonstraram tanta versatilidade, mantendo sempre sua marca autoral. Em 1987, consagrou-se com O último Imperador, que recebeu nove Oscars, incluindo os de melhor filme e melhor diretor. Em O céu que nos protege, uma nova obra-prima, rodada em 1990, no deserto de Sahara, Bertolucci conseguiu extrair interpretações fantásticas de Debra Winger e Jonh Malkovich.

Seguiu-se O pequeno Buda (1993). Seus últimos filmes falam de relacionamentos e sentimentos, são profundamente intimistas como Beleza roubada, (1996), Assédio (1998) e Os sonhadores (2003).


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