Uma homenagem a Bernardo
Bertolucci, artista realizador, roteirista, gênio do cinema (16/03/1941 – 26/11/2018),
que dançou seu último tango aos 77 anos em Roma.
Antes de fazer cinema, estudou
na Universidade de Roma e ganhou fama como poeta. Em 1961 trabalhou como
assistente de direção de seu amigo Pier Paolo Pasolini. Em 1962, dirigiu Antes
da revolução, em que já demonstrava seu estilo político e
comprometido com seu tempo. Em 1967, escreveu o roteiro de Era uma vez no Oeste,
de Sergio Leone.
Em 1970, dirigiu O
conformista, que chegou a ser indicado para o Oscar de melhor
roteiro. Em 1972, a sua primeira obra-prima, O último tango em Paris,
escandalizou o mundo inteiro, foi proibido pelos milicos de exibição no Brasil
e deu a Bertolucci mais uma chance de concorrer ao Oscar, desta feita como
diretor.
Depois de realizar 1900
Novecento (1976), sua obra mais ambiciosa e monumental, com
fotografia de Vittorio Storaro, música de Ennio Morricone e que reuniu um
grande elenco de estrelas, entre eles Robert De Niro, Gérard Depardieu, Dominique
Sanda, Donald Southerland, Burt Lancaster e por aí afora, inteiramente filmado
em Emília (Itália), Bertolucci partiu para o drama intimista com La
Luna (1979).
Mas poucos realizadores de
cinema demonstraram tanta versatilidade, mantendo sempre sua marca autoral. Em
1987, consagrou-se com O último Imperador, que
recebeu nove Oscars, incluindo os de
melhor filme e melhor diretor. Em O céu que nos protege, uma
nova obra-prima, rodada em 1990, no deserto de Sahara, Bertolucci conseguiu
extrair interpretações fantásticas de Debra Winger e Jonh Malkovich.
Seguiu-se O pequeno Buda (1993).
Seus últimos filmes falam de relacionamentos e sentimentos, são profundamente
intimistas como Beleza roubada, (1996), Assédio
(1998) e Os sonhadores (2003).
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