O candidato
derrotado à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, chegou às 12h11 Do dia 28 de
outubro, acompanhado da sua esposa, Giselle Bezerra, ao local de votação, na
Secretaria da Saúde do Estado do Ceará, na Praia de Iracema, em Fortaleza.
Sobre a ausência de um apoio efetivo à candidatura de Fernando Haddad (PT),
Ciro afirmou que não se manteve neutro, mas que não devia apoio. Claro, ele
sabe perfeitamente o quanto foi prejudicado pelo não apoio do PT e de Lula à
sua candidatura no 1º turno. E tudo em função da estratégia sectária de eleger alguém do próprio
partido.
"Eu não
quero fazer campanha para o PT nunca mais", disse. Segundo o pedetista, o
posicionamento já havia sido tomado desde o começo. Questionado sobre sua ausência
no segundo turno, Ciro rebateu: "A quem que eu estou devendo essa
presença? Estou devendo ao PT?". Ciro afirmou que não queria influir na
votação, justificando que os dois projetos apresentados neste segundo turno se
antagonizam e "não desarmam essa bomba de ódio, de confrontação
miúda".
O pedetista
reforçou que faria oposição a qualquer um que viesse a ser eleito. "A
minha posição é a mesma de antes. Se eu quisesse aderir a uma ou outra força,
eu o teria feito antes. Acredito que o Brasil precisa desesperadamente desarmar
essa bomba. Espero muito que esteja errado e que aquele amanhã vitorioso possa
desarmar essa bomba por si e possa restaurar a paz política no Brasil, para que
a gente possa resolver a equação social e política. Entretanto, eu não acredito."
Segundo ele, a bomba seria a intensa polarização.
Antes de deixar
o local de votação, já dentro do carro, Ciro destacou a necessidade de acabar
com a violência política, citando o assassinato de um jovem petista no sábado
(27) por eleitores de Jair Bolsonaro (PSL) em Pacajus, na Região Metropolitana
de Fortaleza. No carro, além de Giselle Bezerra, acompanharam o prefeito de
Fortaleza, Roberto Claudio (PDT), e o presidente da Assembleia Legislativa do
Estado do Ceará, Zezinho Albuquerque, também do PDT.
Ciro manteve-se
distante dos holofotes durante todo o segundo turno e evitou dar declarações em
sua chegada a Fortaleza, na sexta-feira (26). No sábado, optou por gravar um
vídeo em que evitou demonstrar apoio explícito à candidatura petista, como era
esperado. Ciro foi o terceiro colocado no primeiro turno, obtendo mais de 13
milhões de votos (12,47%). No Ceará, foi o candidato mais votado, com 40,95%
dos votos.
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