quinta-feira, 23 de junho de 2011

Encontro ultra direitista nos Estados Unidos contra os países progressistas da América Latina


Como estou, por razões pessoais, em fase de pouca inspiração e vontade de escrever, reproduzo abaixo a matéria lida no site do Instituto de Estudos Latinoamericanos (1), publicada em 15 de maio de 2011 e assinada por “Kaos”.

O evento acontece no dia 26 de maio sob o tema: “Legitimidade Perdida? Como o Socialismo do Século XXI subverte a democracia na América Latina” e se propõe a denunciar que os países progressistas da América Latina “uniram suas forças para socavar o império da lei e violar sistematicamente os direitos humanos de seus cidadãos”.
A representante republicana e presidenta do comitê de relações exteriores da Câmara Baixa, Ileana Ros-Lehtinen, está de novo por trás da convocatória de um “encontro” ultra direitista no Capitólio de Washington com o propósito de atacar e difamar a Venezuela, Bolívia, Equador, Cuba e Nicarágua.
A convocatória é do Americas Forum, grupo cuja tarefa principal é de difundir material propaganda suja e elementos de desinformação contra os países que não se submetem ás orientações do Departamento de Estado dos EUA.
Entre as “vedetes” desta assembléia de extremistas e golpistas está o mercenário mediático venezuelano Moisés Naím, um ex-ministro de Carlos Andrés Pérez, precisamente nos momentos do massacre do “Caracazo”. Naím é um furibundo defensor do Estado de Israel, tal como Ros-Lehtinen, e um propagandista da ultra direita sempre disposto a difundir informações distorcidas contra os países que se atrevem a romper com a ordem imperial. Naím foi membro da junta dirigente do Banco Mundial, trabalha com a Foreign Policy, de fama bem determinada, além de fazer comentários para o El País, da Espanha.
No “menu” da reunião aparece o homem de confiança de Ros-Lehtinen para o hemisfério sul, o representante Connie Mack, o mesmo que sugeriu assassinar Hugo Chávez em outro encontro direitista e que desenvolve campanhas para que a Venezuela apareça na lista de Washington dos países que o Departamento de Estado qualifica como “patrocinadores do terrorismo”.
Também estará o espanhol Alberto Carnero, da falangista Fundação FAES, da Espanha. Carnero é amigo pessoal do “intelectual da CIA” Carlos Alberto Montaner, associado ao terrorismo contra Cuba. Igualmente se manifestarão vários “representantes da sociedade” não identificados dos países que os organizadores desse show bizarro se propõem a agredir. Assim, estimulados com a próxima saída do Subsecretário de Estado para Assuntos do Hemisfério Ocidental do governo dos Estados Unidos, Arturo Valenzuela – que buscava desacreditar senadores e políticos da ultra direita - toda esta gente contribui para impulsionar uma nova ofensiva latinoamericana.
A própria Ros-Lehtinen, ao celebrar a eliminação de Valenzuela, assinalou que “os interesses estadunidenses sofreram uma deterioração” durante aquela gestão e sublinhou que o próximo subsecretário de Estado para o hemisfério ocidental não deve (textualmente) “permitir a tiranos que maltratam os seus povos, debilitam princípios democráticos e se aliam com outros regimes antiestadunidenses”
Há apenas alguns meses Ros-Lehtinen convocou também no Capitólio uma reunião da rede golpista latinoamericana na qual falaram Otto Reich, Roger Noriega e outros oriundos do clã Reagan/Bush. Ileana, que condena os países da Alba por suposta violações dos direitos de seus cidadãos foi, em 2009, com Connie Mack, uma das primeiras legisladoras estadunidenses a correr em socorro do regime fascista do hondurenho Roberto Micheletti.
Eleita graças a uma campanha “humanitária” para libertar o terrorista Orlando Bosch, então detido em Miami, a também chamada “bruxa do Capitólio” proclamou há alguns meses o seu apoio a Alejandro Peña Esclusa, o ultra direitista detido em Caracas por terrorismo, e que lidera o grupo “UnoAmérica”, compadres do nostálgico Plano Condor.

1. Para uma melhor interação e conhecimento com o site acesse:

2 comentários:

André Setaro disse...

A Direita sempre raivosa a querer estender seus tentáculos e minar a independência dos países sulamericanos. Mas, mudando um pouco de assunto, gostaria de manifestar a minha estranheza pela liberdade de Cesare Battisti, acordada pelo julgamento do STF. Sob o ponto de vista jurídico, a libertação fere cláusulas de tratado de extradição assinado pelo Brasil com a Itália. E Cesare, antes de se meter, no seu país, com grupos terroristas, era um bandido mesmo. Os ministros do STF, quase todos nomeados por Lula, obedeceram de maneira servil a vontade do 'sapo barbudo'. Ellen Grace, elegante e fina, reclamou.

Jonga Olivieri disse...

Este caso Baitisti é meio que envolto em brumas. Um diz-se de lá, diz-se de cá... Até hoje, para mim não caiu a ficha de seus precedentes, e, afora minha antipatia profunda por Berlusconi pouco posso comprovar neste emaranhado de decisões e não resoluções.
Afinal. quem matou Odete Roitman?