Tinha chegado recentemente a Portugal. Estava me adaptando a novos colegas de trabalho, a um novo ambiente, a um tudo novo, afinal... era um outro país, outro povo, além mar, cujas maiores semelhança eram falar uma “língua muito parecida” e assistir novelas brasileiras. Aliás, em Portugal foi a única ocasião em que admiti assistir alguns capítulos de novelas, porque assim eu matava as saudades da terrinha do lado de cá do Atlântico.
O fato, ou melhor dizendo, o “facto” é que quando tinha uns dez dias lá, alguns colegas me convidaram para tomar uma cervejinha na casa de um deles. Foi animado. E com um detalhe: tomei um porre de sair carregado, porque a cerveja portuguesa tem um teor alcoólico bem mais forte do que a nossa. E eu abusei da excelente Super Bock, cerveja que aliás era motivo de orgulho para os “tripeiros” (1), por ser fabricada no Porto.
Foram ao festivo encontro o Mário, o Simões e o Barros, dono da casa, além de mim e do Orlando, o redator brasileiro que era o meu parceiro na criação da Opal. Na ocasião, o Barros falou que estava imprimindo umas camisetas para comercializar. Aliás, no seu apartamento – que não era muito grande – notei o equipamento de silk instalado. Só não vi como eram as peças, até porque ele não mostrou.
Duas semanas depois, estávamos na agência e vejo o Barros feliz da vida. Só faltava estar sapateando. Ria à toa. Depois de algum tempo ele me contou o motivo de tamanha alegria. Tinha tido uma ideia, a executou e deu certo. Com a ida do papa a Fátima ele e o Mário tinham planeado (2) imprimir umas duas ou três mil camisetas com a inscrição: “Eu vi o Papa em Fátima” e a data do acontecimento embaixo. Levaram tudo numa van (que lá eles chamam de “carrinha”) e venderam tudo, chegando ao ponto de terem se arrependido de não haverem feito uma maior quantidade.
É o que eu sempre digo: as boas idéias são simples, óbvias e estão na cara da gente. É só saber aproveita-las.
(1) Quem nasce no Porto, o portuense, também é conhecido por tripeiro.
(2) “planejar” é “planear” na linguagem local.
O fato, ou melhor dizendo, o “facto” é que quando tinha uns dez dias lá, alguns colegas me convidaram para tomar uma cervejinha na casa de um deles. Foi animado. E com um detalhe: tomei um porre de sair carregado, porque a cerveja portuguesa tem um teor alcoólico bem mais forte do que a nossa. E eu abusei da excelente Super Bock, cerveja que aliás era motivo de orgulho para os “tripeiros” (1), por ser fabricada no Porto.
Foram ao festivo encontro o Mário, o Simões e o Barros, dono da casa, além de mim e do Orlando, o redator brasileiro que era o meu parceiro na criação da Opal. Na ocasião, o Barros falou que estava imprimindo umas camisetas para comercializar. Aliás, no seu apartamento – que não era muito grande – notei o equipamento de silk instalado. Só não vi como eram as peças, até porque ele não mostrou.
Duas semanas depois, estávamos na agência e vejo o Barros feliz da vida. Só faltava estar sapateando. Ria à toa. Depois de algum tempo ele me contou o motivo de tamanha alegria. Tinha tido uma ideia, a executou e deu certo. Com a ida do papa a Fátima ele e o Mário tinham planeado (2) imprimir umas duas ou três mil camisetas com a inscrição: “Eu vi o Papa em Fátima” e a data do acontecimento embaixo. Levaram tudo numa van (que lá eles chamam de “carrinha”) e venderam tudo, chegando ao ponto de terem se arrependido de não haverem feito uma maior quantidade.
É o que eu sempre digo: as boas idéias são simples, óbvias e estão na cara da gente. É só saber aproveita-las.
(1) Quem nasce no Porto, o portuense, também é conhecido por tripeiro.
(2) “planejar” é “planear” na linguagem local.