quarta-feira, 31 de março de 2010

De volta à Idade Média?

Era comum (no medievo) o “espetáculo” das execuções em praça pública. Isto numa época em que não havia diversão, fora os ocasionais espetáculos de circos itinerantes, uma decapitação ou um enforcamento atraia toda a atenção das populações dos burgos. À época da Revolução Francesa ainda era comum o comparecimento em massa à morte na guilhotina de seus antigos senhores.
O mais curioso foi assistir ao vivo a manifestações públicas quando do julgamento, e, principalmente o veredicto da condenação do casal Nardoni. Eu em casa, por força do envolvimento midiático, tambem assisti na madrugada de sábado ao tão aguardado final da sentença. Obviamente pela importância na conclusão de um dos crimes mais bárbaros acontecidos neste país em todos os tempos.
Notadamente a população ficou satisfeita com o resultado da justiça ao concluir a favor da condenação dos monstros hediondos que executaram uma indefesa criança de cinco anos com requintes de crueldade e frieza, num país em que estamos habituados à impunidade de criminosos que não sejam de uma classe muito baixa (1).
No entanto, espantou-me certas manifestações públicas, semelhantes às de alguma final de Copa do Mundo (com a vitória da Seleção Brasileira por goleada), com direito a espetáculo pirotécnico. Esta é a outra face da moeda em que se confunde justiça com vingança; vontade com manipulação dos sentimentos. E nos remete ao passado sangrento de pessoas a serem enforcadas em praça pública sob o aplauso e o prazer das multidões.
Por isto mesmo, ainda acho necessária uma análise mais profunda de como a mídia transformou este caso numa feroz disputa meramente comercial em busca do furo de reportagem e da corrida atrás da maior audiência.

(1) Esses, na maioria das vezes, culpados ou inocentes nem chegam a ser julgados.

segunda-feira, 29 de março de 2010

“Grândola” de abril


Domingo às 23 horas assisti na (cada vez melhor) TV Brasil, no programa "Cine Ibermídia", o filme português “Capitães de abril” (2000) de Maria de Medeiros, que tambem é roteirista e interpreta um papel relevante no mesmo que tem em seu elenco o fora de série ator português Joaquim de Almeida. O filme é excelente e já o havia assistido quando passou no cinema. Por isto reproduzo acima a música e abaixo a letra que foi utilizada como senha pelo movimento militar que derrubou em 25 de abril de 1974 o regime instalado por Salazar 41 anos antes.


"Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade

Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena

Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade

Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade

Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade"


Zeca Afonso (1)

(1) Zeca Afonso, foi um cantor e compositor português com origens no fado de Coimbra, e uma figura central do movimento de renovação da música portuguesa que se desenvolveu na década de 1960, que ficou indelevelmente associado à derrubada da ditadura vigente em Portugal entre 1933 e 1974, com a sua composição “Grândola, Vila Morena”.

domingo, 28 de março de 2010

Pensatinhas de domingo

Cinema “Mauricinho”. Ouvi este termo no programa do Roberto Dávila, em entrevista concedida pelo sempre polemico Neville de Almeida referindo-se à safra atual dos filmes nacionais. Achei simplesmente fora de série.

A Rede Globo e a Federação Paulista de Futebol pressionaram os vereadores paulistanos pela alteração da proposta que obriga jogos de futebol a começarem no máximo às 21h15 (1) na capital paulista. E a novela, como fica?

O total de soldados invasores mortos no Afeganistão subiu dos 70 em meados de fevereiro para 136 em fins de março. Só os estadunidense passaram de 42 para 83 no mesmo período de apenas um mês e meio, segundo o site http://www.icasualties.org/

Tanques israelenses avançaram sobre a Faixa de Gaza nesta sexta-feira, 26, após o pior confronto com combatentes palestinos em 14 meses ter deixado dois mortos de cada lado.

O Estado de São Paulo pode deixar de ganhar quase R$ 2 bilhões por ano se o Senado mantiver a nova divisão de royalties do petróleo aprovada pela Câmara. O Estado pode vir a possuir aproximadamente 25% das reservas na área do pré sal.

A atriz Claudia Jimenez contou esta semana a um semanário que foi abusada sexualmente por um vizinho, aos sete anos. “Sofri abuso quando era menina e morava na Tijuca. Um senhor me bolinava. Ele comprava chocolates e me convidava para entrar na casa dele”.

O governo da Suíça bloqueou conta 13 milhões de dólares controlada por Fernando Sarney, filho mais velho de José Sarney. Os depósitos foram rastreados a pedido da Justiça brasileira e o dinheiro não está declarado à Receita.

Enquanto isso... A censura (2) ao “Estadão” chega hoje aos 240 dias.

“Após trair Sandra Bullock Jesse James torce por reconciliação com atriz”. Não é notícia do faroeste, mas sim a manchete de um jornal na quarta feira.

“(...) Contrariando a máxima de que homem algum é uma ilha, o BBB termina sendo a própria ilha a ter como mar suas paredes e o tempo todo é desperdiçado com conversa, namoro, intriga, ginástica, bebedeira...“ Trecho extraído de matéria do Observatório da Imprensa (3).

George W. Bush acompanhava Bill Clinton na viagem destinada a avaliar as necessidades para a reconstrução do Haiti. Depois de cumprimentar um haitiano, Bush disfarçou e limpou a mão na camisa de Clinton.

Centenas de locais mundialmente famosos ficaram às escuras ontem durante a “Hora do Planeta”, uma ação destinada a promover a luta contra o aquecimento global durante o qual houve a participação de milhões de pessoas. Organizada pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF), a operação adquiriu uma dimensão mundial a partir de 2008.

Alguem aí sabe da Preta Gil depois que o pai dela deixou de ser ministro? Estranha coincidência...

(1) O horário tenta beneficiar torcedores nos estádios, principalmente em suas locomoções de retorno a casa, pois os jogos terminam quase meia noite.

(2) A censura ao jornal foi movida pela denúncia daquele jornal a operações suspeitas, justamente de Fernando Sarney.

(3) http://www.observatoriodaimprensa.com.br/index.asp é o endereço eletrônico deste excelente veículo jornalístico.

sábado, 27 de março de 2010

Intimidades da santa madre igreja

O papa Bento XVI denunciou ontem, em uma carta aos fiéis irlandeses, "graves erros" de julgamento cometidos pelo episcopado da Irlanda, acusado de ter encoberto, durante décadas, casos de abusos sexuais cometidos por padres contra crianças.
Estranhamente, ele não se referiu às denúncias em outros países da Europa – e até mesmo no Brasil –, e anunciou a abertura de uma investigação em várias dioceses da Irlanda.
A seguir, resumo de alguns escândalos de pedofilia por parte de membros da Igreja “Universal” (1) Apostólica Romana na Europa e nos Estados Unidos.

Alemanha
Desde o início deste ano, em torno de 300 pessoas acusaram padres católicos alemães de abuso sexual. Entre as acusações, o abuso de mais de 170 crianças dentro de um coral de meninos dirigido pelo irmão do papa, monsenhor Georg Ratzinger.
No dia 22 de março, foram confirmadas novas acusações contra quatro padres e duas freiras, em casos que teriam ocorrido nos anos 1970.
O governo alemão anunciou que vai formar uma comissão especial para investigar todas as acusações.

Áustria
Acusações de abuso sexual infantil por padres surgiram em vários pontos do país. Em Salzburgo, o chefe de um mosteiro local renunciou ao cargo após confessar ter abusado de um menino há 40 anos.

Estados Unidos
Foi recentemente divulgado que em 1996, o cardeal Joseph Ratzinger (hoje papa Bento XVI) não respondeu a cartas vindas de clérigos estadunidenses, em 2005, acusando um padre de Wisconsin do abuso sexual de 200 menores surdos.
Um relatório (encomendado pela igreja em 2004) concluiu que mais de quatro mil padres ianques enfrentaram acusações de abuso sexual envolvendo mais de 10 mil crianças.

Holanda
Tambem no mês de março deste ano, bispos da Holanda pediram uma investigação diante de mais de 200 acusações de abuso sexual de crianças por padres.

Itália
No fim do ano passado, uma agência de notícias internacional divulgou uma declaração por escrito de 67 ex-alunos de uma escola em que 24 padres a quem acusavam de abuso sexual, pedofilia e castigos físicos. A diocese de Verona disse que pretendia entrevistar as vítimas.

Irlanda
No ano passado, dois documentos que examinaram acusações de pedofilia entre sacerdotes irlandeses relevaram a extensão da questão no país, em casos de abuso, acobertados pela igreja.
Outro escândalo surgiu com a informação de que o cardeal Sean Brady (chefe da igreja naquele país), estava presente em reuniões, em que crianças fizeram um voto de silêncio sobre reclamações contra Brendan Smyth, um padre pedófilo.

Suíça
Uma comissão formada pela Conferência dos Bispos da Suíça vem investigando acusações de abuso envolvendo religiosos desde 2002.
Agora, um membro da comissão, o abade Martin Werlen, declarou que cerca de 60 pessoas fizeram acusações sobre casos ocorridos nos últimos 15 anos.

(1) Católica em latim significa Universal.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Where’s the beef?

Desde que assumiu a presidência, Obama fez da reforma do sistema de saúde sua principal meta no campo doméstico. Na última semana, o presidente adiou uma viagem internacional para poder ajudar nos últimos esforços em busca de apoio de parlamentares e acompanhar a votação de perto.
Já existiam alguns programas financiados pelo governo, como o Medicare, destinado a pessoas com mais de 65 anos, ou o Medicaid, para os de baixa renda.
A maioria dos estadunidenses, no entanto, precisa adquirir seu próprio plano de saúde, seja por meio de seus empregadores ou por conta própria. Nos planos de saúde, há variações nas regras e nos valores a serem pagos. Em alguns casos o segurado tem de pagar parte do tratamento médico para depois ser ressarcido pela seguradora. Aqueles que não teem cobertura de saúde só são atendidos em casos de emergências.
O sistema de saúde atual é bastante criticado por ser alem de caro e ineficaz. Apesar de as versões da reforma aprovadas anteriormente pela Câmara e pelo Senado contemplarem essas medidas, ainda há pontos de conflito. Como sobre o financiamento do restante da reforma.
Um ítem importante está relacionado com a proposta de criação de um plano de saúde público, que poderia competir com o setor privado e era, sem dúvida nenhuma a meta mais significativa. Este plano de saúde forçaria os planos privados a cederem às suas inovações e preços. No entanto, o forte lobby (1) dos planos privados, forçou em grande ofensiva a sua reprovação. Resta perguntar where’s the beef?
Where’s the beef?, foi a frase e o gimmick de uma campanha publicitária (2) veiculada pela rede de hambúrgueres Wendys que pegou os principais concorrentes (McDonalds e Burger King) de surpresa. Os comerciais simplesmente perguntavam where’s th beef? (cadê o bife?), a comparar os hambúrgueres magrinhos dos concorrentes com os suculentos hambúrgueres do Wendy's. A pergunta “pegou” e virou moda nos Estados Unidos.
Penso que no caso da retirada do plano público de saúde a famosa pergunta cabe perfeitamente, porque ficou com menos conteúdo e consistência.

(1) O mesmo lobby provocou a ação de catorze Estados que entraram com processos na Justiça já na terça-feira (23) questionando a constitucionalidade da reforma no sistema de saúde dos Estados Unidos logo após Obama ter assinado o projeto de lei.

(2) A primeira exibição de um comercial da campanha foi em janeiro de 1984. O filme de lançamento apresentava três senhoras a analisar um pão exageradamente grande com um hambúrguer minúsculo em seu interior. A primeira a comer o sanduíche olhando estranhamente para este. As outras duas comentando estupefatas dizem: "É certamente um bolo grande”, afirma uma. "É um grande bolo fofo", responde a outra.

quarta-feira, 24 de março de 2010

A mosca da cabeça azul *








O sr. da Silva estaria considerando a possibilidade de suceder Ban Ki-moon no cargo de secretário-geral da ONU, segundo reportagem publicada no sábado (20) o diário britânico The Times.
Segundo o diário, diplomatas dizem que Mr. da Silva, que deixa o cargo em janeiro de 2011, pode buscar o posto mais alto da diplomacia mundial quando o primeiro mandato de Ban Ki-moon expirar, no fim do mesmo ano.
Isto após uma série de outras atitudes em que fica evidente a sua visão de que o mundo gira em torno dele. Como no caso de Israel, em que afirmou que tem o papel de ser o “mediador” entre sionistas e palestinos.
É, o presidente foi picado pela mosca azul. Ou será que exagerou nas doses de Arak.
.....
(*) O título acima é uma alusão ao filme "A mosca da cabeça branca" (The Fly-EUA-1958) direção de Kurt Neumann com Vincent Price, David Hedison e Patricia Owens nos principais papeis.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Phrases memoráveis

Para começar a segunda feira um pouco mais leve, estou a postar duas senhoras “phrases” de um conhecido meu em Beagá chamado Roberto Quintas, mais conhecido como “Boca”.
A primeira é:
“Se não me engano… Eu não tenho certeza.
(pausa)
Mas eu acho… Que não sei não.”
E a outra:
“Ih, não esquenta o cu em rola fina!”
Mas o “Boca” tem outras expressões interessantes como quando ele não vê uma pessoa há muito tempo, olha pro sujeito e com seu “jeitinho” muito mineiro, a voz mansa exclama: “Ôôôô Fulano, ocê tá mais sumido do que cabeça de bacalhau!!!”

domingo, 21 de março de 2010

Absurdos de domingo

Absurdo I
Quando, no ano de 2000 registrei meus “casos de propaganda”, fui à Biblioteca Nacional e de forma fácil o fiz em um calhamaço de mais de 150 páginas.
Acontece que outro dia, imaginei uma frase para alguma emissora de rádio ou televisão que vá transmitir a Copa do Mundo de 2010. Daí lembrei que o saudoso tio Luiz, quando criou “Méxicoração” entrou pelo cano por não ter tomado os devidos cuidados. A Rede Globo chupou a ideia dele, e compôs inclusive um jingle. Fora lojas que imprimiram camisetas e faixinhas com a danada da frase.
Quatro anos depois, meu tio criou “Papa essa Brasil” para a Copa da Itália.
Desta vez cercou-se de todas as precauções e registrou tudinho. Resultado: vendeu para a Rede Globo, que novamente criou um jingle, e todos os que quiseram usar a frase tiveram que pagar os seus direitos autorais. Por bem ou por mal.
Outro dia, seguindo a tradição, criei a tal frase, que não revelo aqui, porque a “novela” não chegou ao fim. Daí fui me informar na internet e apareceu um órgão do Ministério da Cultura. Fui lá. Informaram-me que só registram textos com mais páginas. No mínimo um conto.
Começou a minha peregrinação. Foram mais de sete lugares em uma manhã inteira e parte da tarde. E, embora todas no centro, uma longe da outra. Quando o último dos sete me indicou para voltar ao primeiro eu lembrei de “Um dia de fúria” (direção de Joel Schumacher-1993), em que o personagem do Michael Douglas sai quebrando tudo numa lanchonete... Pôrra! Foi a vontade que deu!
Seguinte: este país é uma merda mesmo. Não adianta esta “pataquada” xenófoba pela qual passaram a dizer que o Brasil alcançou um nível de primeiro mundo. Você registrar uma frasezinha pequenininha não ter um lugar para isso. Numa das indicações fui parar num local para registro de “peças teatrais”.
Acabei entrando num cartório, autenticando uma cópia e registrando a firma, pois muita gente já havia visto a ideia e comecei a ficar com medo. Mas, sinceramente, eu tive vontade de virar espírita, entrar num centro desses e evocar meu finado e querido tio para que me mostrasse o caminho da pedras...

Absurdo II
Assisti na televisão outro dia o caso de um garoto acorrentado pela mãe por causa do crack. Triste história. Mas como culpar uma mãe tentar de toda maneira impedir que seu filho vá à rua cometer pequenos furtos para comprar a droga?
Está bem, é cárcere privado, mas, antes de mais nada e sem sombra de dúvida uma sinuca de bico para a justiça.

Absurdo III
Li na Tribuna da Imprensa: “Se os royalties fossem suspensos, cidades como Macaé, que tiveram crescimento extraordinário, não teriam dinheiro nem para tirar o lixo das ruas”.
É o mínimo que se pode dizer sobre esta “lei” absurda que não leva em conta o alto preço pago por cidades como Macaé (um bom exemplo), que eram agradáveis balneários e se transformaram em pouco tempo em grandes centros urbanos, cercadas de todos os problemas que as afligem.
E o pior de tudo, a perda de arrecadação, em torno de R$ 7 bilhões está a ameaçar inclusive a realização dos Jogos Olímpicos de 2016.
Mas a manifestação no centro do Rio na quarta feira, 17, reuniu cerca de 150.000 pessoas, apesar de, e tambem contra Cabral – que, aliás, é o único que ainda acredita que o sr. da Silva vai vetar a emenda. Foi uma mobilização expressiva. A maior desde a “Fora Collor”. E no mesmo dia em que São Paulo entrou na luta contra esta famigerada “emenda Ibsen”. Afinal, tambem há reservas de pré-sal naquele Estado.

Absurdo IV
Ontem a guerra do Iraque completou sete anos, alcançando um total de 4.703 soldados invasores mortos (fora os de empresas privadas) e dezenas de milhares de iraquianos, sendo grande parte deles civis...

sábado, 20 de março de 2010

Novo blogue

Ludmila Olivieri é minha sobrinha, atriz e produtora. O seu blogue está marcado aí ao lado nos links. E tem alguns momentos de seu desempenho de atriz, como no curta “A espera” que vale a pena conferir, para alem de reflexões e textos variados.
Começou sua carreira em teatro ainda estudante no Colégio São Vicente e lá a vi crescer em peças como “O diário de Anne Frank” e tantas outras, pois todo ano eles montavam uma nova. Posteriormente trabalhou profissionalmente em peças teatrais, tanto infantis como tambem destinadas ao público adulto.
http://www.youtube.com/watch?v=UJEpAbi7uMQ Neste link você pode assistir um excelente desempenho dela em reprodução de cena da “Rainha da sucata”.
No momento dedica-se à produção de um filme cujo título é “Todo dia” e que terá em seu elenco a atriz Elizabeth Savala.

É preciso dizer mais alguma coisa?


sexta-feira, 19 de março de 2010

O sr. da Silva lava as mãos

Acima um flagrante do momento em que o presidente
lavava os seus nove dedos...

O sr. da Silva, mais uma vez em cima do muro, tira o corpo fora e lava suas mãos (no melhor estilo Pilatos) ao afirmar que o Congresso é quem deve decidir a pendenga dos royalties do pré-sal.
Claro que em ano eleitoral ele não vai querer mexer em casa de marimbondos.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Dogmas e mentiras

Um complemento importante à minha postagem de ontem.
Tornou-se um dogma o questionamento sobre o holocausto. Aproveitando-se da imagem que o nazismo deixou sobre toda a humanidade, os “nazisionistas” que nos dias de hoje exterminam os palestinos em um verdadeiro “novo holocausto” querem fazer pensar que quem se opõe àquilo que divulgaram tambem são nazistas. O que não é verdade...
Quando me refiro aos números, claramente, quero apenas questionar este total. Quero tambem ressaltar que eles (sionistas) podem estar a exagerar esta totalidade. Quero enfatizar que eles (sionistas) fazem questão de esquecer que outras minorias, tanto raciais quanto ideológicas ou mesmo sexuais, foram brutalmente assassinadas aos milhares.
Não me considero anti-semita. Primeiro porque os árabes tambem o são. Segundo porque em minhas veias corre sangue hebraico, posto que meu sobrenome (1) prova que meus antepassados foram cristãos novos na Itália. Sou, sim, um anti-sionista convicto de que a proposta do Estado de Israel, da forma em que foi realizada pelos judeus e pelo capitalismo mundial é fascista mesmo.
E sempre fui anti-fascista. Que fique bem clara esta minha posição.

(1) Olivieri em italiano significa “oliveiras”.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Verdades e/ou mentiras

O maniqueísmo faz parte do pensamento judaico cristão ocidental (1). Através dos séculos a história e os massacres são contados pelas divisões entre o bem e o mal, entre o bom e o mau. Sempre o bom a perseguir o mau. Sempre comportamentos absolutos. O mau é sempre mal intencionado, o bom faz somente o bem .
Gente, não dá pra acreditar sempre nessa mesma história. Está certo que há casos doentios, paranóicos, esquizóides em que um sujeito tem a maldade dentro de si. Um serial-killer, por exemplo. Mas será que até este não terá momentos de compaixão? De um mínimo de piedade?
Os estadunidenses e seus coligados acham-se defensores do bem e da “verdade”. Mas o que acontece em Israel? Os palestinos são diariamente esmagados pelos “nazisionistas”. Que, inclusive podem perfeitamente possuir “a bomba”... Por que? Será que vão fazer o bem com uma arma tão destrutiva?
Enquanto isso o Irã (a bola da vez entre os maus) nem sequer pode fazer pesquisas com energia atômica, e que ninguem ainda conseguiu provar que vão ser empregadas para construir engenhos destrutivos.
Os EUA podem invadir o Afeganistão... Por que a China não pode invadir o Tibé? É o torto falando do aleijado. Ou é o “bem” falando do “mal”?
Os presos políticos cubanos (muitos são apenas gigolôs ou contrabandistas) estão recitados por aí em prosa e verso como “mártires da democracia”. E do outro lado da ilha, em Guantánamo, os presos são o que? Alegam os “bonzinhos” que eles são os “mauzinhos” da fita e a grande mídia nem os considera presos.
Falar nisso, outro dia Mahmoud Ahmadinejad acusou os ianques de terem permitido o ataque de 11 de setembro. Essa história já correu muitas vezes por aí e eu sempre acreditei nela. Desde 2011, aliás, conta-se que Bush sabia que ia haver um ataque pois queria combater as forças do Taleban e da Al Qaeda, invadindo o Afeganistão.
O que Bush não previa era a extensão do ato, por isso permitiu que a trama fosse adiante. Aliás, como costumo referir, nem mesmo os atacantes sabiam que este ia ser tão “grandioso” como acabou sendo. Não acredito que tenham calculado tão bem para que as duas torres desmoronassem. No ataque ao Iraque, nunca se conseguiu provar que Saddam tivesse armas de destruição em massa como foi divulgado.
Os alemães são acusados de terem matado oito milhões de judeus. Mas a Igreja romana matou mais de 60 milhões durante a Inquisição. Se os católicos tentam negar estes números, por que não se podem questionar os do chamado “holocausto”? Os nazistas mataram muitos judeus, mas tambem muitos ciganos e comunistas. Mas será que, quanto as judeus, os números divulgados são reais? Nesta eu tambem fecho com Ahmadinejad.
Desde as Cruzadas presenciamos uma mesma “guerra santa”, uma briga interna de uma grande religião monoteísta, e portanto totalitária em seus princípios, dotadas de um ser “abstrato” com tendências violentas e vingativas a que chamam de “deus”, este sim, a imagem de toda a nossa maldade... Tudo farinha do mesmo saco. Tudo levando esta “civilização” a se autodestruir por intermédio de guerras e atentados, para provar que o seu “deus”, que é exatamente o mesmo de seu adversário é o verdadeiro e o absoluto.
Fazendo minha as palavras sábias de Luis Buñuel, “graças a deus eu não acredito em deus!”...

(1) E por extensão alcança os mulçumanos pois a origem religiosa (o deus) é a mesma.

terça-feira, 16 de março de 2010

Mais sobre a crise do metrô

A privatização do metrô do Rio de Janeiro em 1998 foi um crime inafiançável. Ora, desde que aconteceu tem sido evidente a sua decadência.
Não me refiro à ampliação das obras, pois estas são feitas pelo governo, o que aliás torna a Opportrans (1) uma simples geradora de lucros e “manutenção”. Manutenção esta, que, aliás, tornou-se visivelmente questionável.
O metrô é limpo, embora já tenha sido mais. Mas à custa do lucro gerado pela propaganda estampada nas estações e nos trens, que cresceu bastante. De resto decaiu ao ponto de na Linha 1 terem reduzido um vagão em suas composições. Outro dia levei um susto, mas tive que correr porque o último estava desfalcado. Justo no lugar em que eu esperava. Pelo menos no carro em que entrei o ar estava a funcionar.
Quando o serviço foi inaugurado, em 1979, era pequeno porem decente. Os vagões eram modernos, o ar condicionado era perfeito em todos eles. Transportava pouca gente pelo fato de ter uma extensão mínima. Mas, poucos anos depois a Linha 1 já era quase o que é a atual, que hoje soma 38 km. Só não chegava a Copacabana (1998) e Ipanema (2009). Obras realizadas com o dinheiro de nossos impostos.
O advento da Linha 2 em 1983 (hoje com 24 km) aconteceu tambem na fase pré-privatização. Mas não gerou tumulto algum. Apenas encheu mais as plataformas da estação Estácio que servia de transposição de uma linha para a outra. Mas isto acontece em qualquer metrô do mundo. Até para evitar a conexão em Y, que eu só conhecera no metrô de Lisboa (2).
Carros velhos (30 anos de uso) circulam entre as duas linhas com defeitos no ar condicionado, goteiras em muitas das unidades e outras “coisinhas” mais. E o pior, o tal do novo traçado da Linha 2 gerou esta redução de composições. Era sabido que havia necessidade de novos trens para realizar a mudança operacional. Mas os novos trens só chegam em finais do próximo ano.
Até lá, como fica? Do jeito que está tende a piorar.
Ainda bem que o Ministério Público está a acionar a Opportrans. Agora vão exigir uma multa alta da operadora. E talvez voltar à bifurcação no Estácio até que cheguem as tão anunciadas novas composições.
Sou a favor de uma intervenção na empresa; que esta tenha cassada a sua concessão e que o metrô volte a ser propriedade do estado, seja o estadual, a prefeitura ou ambos, na verdade os responsáveis pela construção de novas linhas. Para que entregar a uma empresa de origem duvidosa que demonstra a cada instante não estar investindo praticamente nada em sua conservação?

(1) Leia-se Grupo Opportunity do corrupto Daniel Dantas.
(2) Com o novo traçado e a grande ampliação por que passou, o metrô de Lisboa suprimiu o famoso Y. Hoje o metrô de Lisboa possui mais de 40 km de extensão, sendo maior do que o carioca.

domingo, 14 de março de 2010

Pensatas de domingo

Há poucas décadas atrás as notícias que chegavam aos jornais e até aos telejornais eram acompanhadas de “radiofotos”. E isto durou muito tempo. Na TV, o correspondente em outros países (ou mesmo Estados) falava por telefone e sua imagem permanecia fixa na tela.
Dos anos 1990 para cá este cenário foi se modificando, fruto de uma evolução tecnológica acelerada e que transformou o dantes “vasto mundo” numa “aldeiazinha”. Tudo começou a se tornar mais fácil com a internet, o celular e outros recursos.
Hoje, as notícias que antes chegavam – na maioria das vezes – dias depois, são divulgadas em simultâneo com o fato. Mas o que aconteceu? Simplesmente o volume de informações chega em grande quantidade. E, como boa parte da imprensa vive (e gosta) de desgraças, qualquer coisinha que aconteça na Somália, quase no mesmo instante chega ao nosso conhecimento.
Em outros tempos grande parte das vezes nem sabíamos que um pequeno abalo sísmico havia acontecido no Pacífico. Ou, quando sabíamos era notícia sem importância na massa de um jornal. Claro que não me refiro a grandes terremotos, golpes de estado ou outros tipos de notícias relevantes. Mas...
Consequentemente nosso imaginário é invadido por centenas de manchetes ao vivo e a cores.
Refiro-me a isto porque os abalos no Haiti, no Chile e na Turquia, acontecidos recentemente geraram uma série de versões de que “o mundo está acabando” e coisas do gênero, quando na verdade as placas continentais estão sempre a se mover. E vão continuar a fazê-lo. Por vezes com mais e outras com menos intensidade.
Gente, tenho certeza que a ação da humanidade agrava (e acelera) problemas na natureza. Mas, podem ficar certos de que muito do que acontece por aí, é perfeitamente natural. Por isto eu disse “agrava”. O resto é ação de ciclos por que passamos. O terremoto de Lisboa aconteceu em 1755. Os dinossauros desapareceram da Terra em consequência de algum grande abalo que nem precisamos como foi. Apenas temos hipóteses sobre o fato.
Estamos a sofrer da “síndrome de 2012”, gerada por uma “previsão” um tanto quanto abstrata e esotérica dos Maias que virou um filme catástrofe que teve sucesso de bilheteria. Os “apocalípticos” sabem aproveitar ocasiões como esta.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Está provado, deus é chileno

No dia da posse do novo presidente do Chile, o señor Piñera, candidato de direita eleito presidente do Chile, houve a maior réplica até o momento registrada após o grande terremoto que aconteceu naquele país há mais de 10 dias atrás.
Mais precisamente, o sinistro aconteceu no exato momento da cerimônia. Será que deus é chileno?
Não acredito que um deus possa ser de direita. Estaria tudo às avessas. Ou será que o “poder das trevas” vai predominar sobre a igualdade entre os homens, feitos à imagem de um deus tão justo?

O colapso de Wall Street segundo Oliver Stone

O cineasta Oliver Stone ficou chocado quando visitou novamente o mundo das altas finanças para criar a sequência de seu filme "Wall Street - Poder e Cobiça" (1987) e descreveu o que está acontecendo ali como "o colapso do capitalismo".
"Fiquei verdadeiramente chocado quando retornei a Wall Street", disse o diretor premiado com o Oscar.
"Por que eu retornei? Porque é importante. É o colapso do capitalismo e o colapso de nossa sociedade. É isso mesmo. Nosso modo de vida vai mudar", disse Stone em entrevista à revista "Vanity Fair."
Declarações como esta nos levam à conclusão de que o sistema encontra-se em crise visível, não somente àqueles que se opõem a ele do ponto de vista ideológico e político, como tambem de todos que tomam um contato mais próximo.
As declarações de um diretor de cinema como Stone mostram o quanto são chocantes as contradições e decadência evidentes. E quando ele diz: “... Nosso modo de vida vai mudar”, constata a impossibilidade de um prolongamento do atual estado de coisas.
Algo terá que suceder isso tudo que presenciamos no auge de sua decomposição.

terça-feira, 9 de março de 2010

Pontes e loucuras

A cidade do Porto tem duas pontes famosas, ambas em estrutura metálica, bem ao estilo da Torre Eiffel.
A ponte Dona Maria Pia, assim chamada em honra de Maria Pia de Saboia, é uma obra de grande beleza arquitetônica, projetada pela empresa Eiffel Constructions Metalliques, foi a primeira ponte ferroviária a unir as duas margens do rio Douro, inaugurada em 1877.
Nesta passei algumas vezes ao ir ou voltar de Lisboa, pois a viagem num excelente “comboio” durava apenas três horas e era muito confortável.
Teófilo Seyrig, co-autor da ponte ferroviária – e sócio de Eiffel – viria a ser o único a assinar o projeto da Ponte Dom Luís, inaugurada em 1886, Esta nem se fala, estavamos sempre em contato com ela por ficar em situação privilegiada, na Ribeira, famoso bairro boêmio e ponto de bons e típicos restaurantes da cidade.
Mas é sobre a primeira ponte que tenho uma história curiosa. Somente curiosa?
Nos anos 90, quando morei lá, a ponte Dona Maria Pia estava em fins de carreira. Muito antiga, os trens trafegavam lentamente na sua estrutura estreita já muito próxima à estação de Campanhã. Naquela década foi inaugurada uma nova muito mais moderna e larga. E a antiga ponte foi desativada, ficando de pé apenas por ser tombada e um dos mais tradicionais cartões postais portuenses.
Mas a historinha curiosa é que anos depois, já aqui no Brasil, meu filho me contou que uma vez com alguns colegas de escola, em plenos 16 anos de idade, atravessou a pé a danada da ponte de 300 metros de extensão e cerca de 60 metros de altura. Uma aventura perigosa. Uma loucura de adolescente, que naturalmente me fez tremer quando soube. Ainda bem que correu tudo bem. Ora pois!

domingo, 7 de março de 2010

Perdas & danos

A primeira vez em que vi um alerta grave quanto à questão ecológica ou a preocupação com a preservação da natureza foi na década de setenta. Eu me lembro que o Carlinhos, um redator com quem eu trabalhava, comprou numa banca em frente ao Edifício Avenida Central um tablóide, cujo título, não me recordo, mas era alguma coisa em torno de “Mundo Verde” (1) ou coisa semelhante. Curioso, tambem comprei um exemplar.
Até então, na minha cabeça, aquele tipo de preocupação existia de forma muito sutil. Mas a publicação levantava uma coisa tão clara quanto dois e dois são quatro; de que à medida que retiramos determinadas fontes de riquezas e energia da terra, ele não contabiliza que diminuem as suas reservas. Era um dado novo para mim. Naquela época, as notícias eram do tipo: “O mundo produziu “trocentas milhões” de toneladas de manganês no ano “tal”. Mas, quantas sobravam? Isso era tão simples quanto aquele história de Colombo colocar o ovo em pé. E por que eu nunca havia pensado nisso antes? Perguntava-me meio desbundado.
Existe predador maior do que o “Sapiens sapiens”? Iniciamos dizimando os Neandertais quando nossas hordas migraram da África e ocuparam a Europa. Não podemos saber quem começou a briga. Pelo menos concluímos que eles estavam a defender o solo que lhes era natural. Nós o invadimos. Mesmo que tenham iniciado essa luta, estavam apenas defendendo o seu habitat daqueles grupos de estranhos que ali chegavam.
Daí em diante foi guerra, guerra e guerra. Mesmo quando nômades, quando a propriedade ainda não nos dividia, já guerreávamos. É a nossa índole. Não sabemos quanto aos nossos primeiros opositores, mas o certo é que os dizimamos usando o nosso cérebro para criar novas armas mortíferas. Como éramos menores do que eles, partimos para o arco e flecha, que nos dava a vantagem de alvejá-los à distância. “Ah, você é grande e mais forte? Dane-se, vamos abatê-los sem precisar chegar perto!”. E foi o que fizemos, até que o continente europeu fosse todo nosso.
Resumo da ópera – porque não cabe aqui estar a dissertar todas as etapas desse processo –, chegamos à Revolução Industrial. Desde o advento da máquina a vapor, em pouco mais de dois séculos poluímos o planeta de tal forma que estamos no limiar de acabar com as condições de vida em todo ele. Pelo menos as condições de vida para nós mesmos. Então, o que fazer? Parar tudo? É meio difícil, vamos admitir. É uma utopia, tão grande quanto as inatingíveis “igualdade entre os homens” e “democracia”.
Henry Ford, que teve a “infeliz” idéia de individualizar o transporte através de “monstrinhos” poluidores. Na época em que surgiu o Modelo T (no Brasil mais conhecido como Ford Bigode ou Fobica) foi ele aclamado e transformado em exemplo de grande empreendedor. O automóvel, como meio de transporte é uma das coisas mais absurdas que foram inventadas até hoje. É inadmissível pensar que uma pessoa vá trabalhar em unidades altamente destrutivas do meio ambiente, quando o transporte de massas do tipo metrô, eletrificadas e, portanto, menos poluidoras poderia ter sido a solução para tudo.
Mas, o pensamento burguês do individualismo, da posse, agravou a tendência ao sucesso do modelo. Em outras palavras, foi uma forma encontrada pelo sistema para acentuar o seu espaço dando ênfase ao status, ao diferencial de um homem sobre o outro. À desigualdade e ao raciocínio de que “eu sou melhor do que o meu vizinho, porque o meu carro é mais bonito, etc”. Coisa mais babaca...
Começamos a despertar para tudo isso muito tarde. Será que dá tempo? Pessoalmente acho que não. Até porque com o fracasso da tentativa de avançar para o socialismo, graças a Stalin e sua camarilha, ficou difícil defender transformações visando mudanças. Quando era mais jovem eu sempre ouvia alguém dizendo que “o mundo marchava para o socialismo”. Hoje, apesar da podridão evidente do capitalismo, infelizmente quando você fala em socialismo é logo taxado como um visionário, ou pior ainda, um “doido de pedra”.
E estamos aí a presenciar o mundo sendo destruindo. Em muitos casos por causas naturais e cíclicas, mas em parte relevante provocado por nós mesmos. E pela indiferença de alguns países (como China e EUA) em apoiar medidas imediatas e necessárias para combater o mal que avança a cada instante... Sem levar em consideração as perdas & danos irreparáveis.

(1) Embora tenha surgido como um partido preocupado com a ecologia, não confundir tudo relacionado a estes movimentos com o Partido Verde, no Brasil uma organização política – hoje alinhada ao PSDB e outros setores da direita.

sexta-feira, 5 de março de 2010

E a educação, como vai?

Foi amplamente divulgado pela imprensa nesta semana um dos levantamentos mais abrangentes já realizados sobre educação na última década, feito sob encomenda para o Ministério da Educação, o qual revela que só 33% (vejam bem: somente 1/3) das metas do Plano Nacional de Educação, criado por lei em 2001, foram cumpridas.
O estudo, que abrange o período de 2001 a 2008, aponta ainda alta repetência, baixa taxa de universitários e acesso à educação infantil muito longe do objetivo delineado.
Criado para implantar políticas educacionais que sobrevivam a trocas de governo, o plano atribui metas à união, estados e municípios. Porem muitas delas não teem indicador que permita acompanhar sua execução. O governo federal disse que o relatório é preliminar, e prometeu dobrar o atendimento de crianças em creches.
Podemos concluir que a educação, um dos pilares para a evolução de um país, continua a andar mal das pernas no Brasil.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Imagem do Brasil

O Departamento de Estado dos EUA divulgou um documento que afirma ver a corrupção no Brasil como "preocupante" (sic).
O diagnóstico é elaborado anualmente por ordem do Congresso daquele país e traça um painel da situação das drogas e da lavagem de dinheiro no mundo, alem de outros crimes considerados graves.
Segundo o Departamento de Estado, no Brasil "processos por crimes de corrupção no governo continuam lentos e poucas condenações na esfera administrativa foram registradas em 2009".
Especificamente sobre Sarney diz: "Num caso sofisticado, o presidente do Senado, que também é ex-presidente do Brasil, foi acusado de uma série de impropriedades, até mesmo de ter uma conta bancária ilegal no exterior".
O governo dos EUA diz que o Brasil é um dos maiores destinos de lavagem de dinheiro, ao lado da França, Alemanha e Canadá. O relatório aponta ainda o aumento do consumo de drogas no Brasil.
E conclui que o país é o segundo maior consumidor de cocaína no mundo, atrás apenas dos EUA. O relatório usa dados da inteligência estadunidense e informações oficiais dos países citados.

Fonte: Folha Online

segunda-feira, 1 de março de 2010

Desastre da miséria

O terremoto no Chile mostrou a diferença entre uma catástrofe em um país miserável e uma similar em um país “em desenvolvimento”.
O desastre no Haiti foi infinitamente maior do que o chileno em suas consequências. Isto, apesar de ter sido cerca de 900 vezes menos intenso na Escala Richter. Simplesmente porque o Chile está mais preparado para o acontecimento, possuindo construções mais adequadas.
Está certo que o ocorrido em Porto Príncipe foi mais próximo e raso, mas o número de mortes foi muito maior chegando a centenas de milhares.
É o desastre da miséria. Ou será a miséria do desastre?