domingo, 31 de agosto de 2014

Pensatas de domingo. A verdadeira face de Marina




Segundo matéria publicada na Folha de São Paulo nesta sexta feira (29), o programa de governo da candidata à Presidência pelo PSB, Marina Silva, prevê uma menor presença do Estado na economia, criando condições para elevar a participação do capital privado nos investimentos.
"A situação das finanças públicas e a rigidez do orçamento tornam imprescindível que deixemos de lado a prepotência e o dirigismo para criar as condições necessárias à atração de capital privado", diz trecho do documento de 124 páginas.
Ainda na questão do crédito, o programa de Marina aponta que um governo seu buscaria reduzir o domínio das estatais Banco do Brasil na oferta de empréstimos ao setor agrícola e Caixa Econômica Federal no crédito imobiliário. "Os subsídios ao crédito agropecuário e aos programas de habitação popular deverão continuar, mas com maior participação dos bancos privados."
Fica claro o manifesto apoio do imperialismo e da burguesia nacional à candidata nitidamente a favor das privatizações e da internacionalização das riquezas brasileiras pelos grandes grupos econômicos multinacionais. Na verdade mostra em Marina mais uma pseudoesquerdista a enganar o povo brasileiro na busca pelo poder.
Outro exemplo é a torcida por parte considerável da grande mídia burguesa em prol de Marina é a divulgação da pesquisa Datafolha, tambem do dia 29 de agosto que indica um empate entre a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, e a ex-senadora, candidata do PSB. Cada uma aparece com 34% das intenções de voto. A seguir, vem o senador Aécio Neves (PSDB), que caiu para 15%. Na pesquisa anterior, do dia 18, Dilma tinha 36%, Marina, 21% e Aécio, 20%.
Segundo essa imprensa, a “onda Marina” é um verdadeiro tsunami que subiu 13% em cerca de uma semana...

domingo, 24 de agosto de 2014

Pensatas de domingo



Manuel Sacristán Luzón e Francisco Fernández Buey, dois imprescindíveis comunistas democráticos que amaram Jenny Marx, Antônio Gramsci, Ernesto Guevara e Bartolomé  de Las Casas (1)


Salvador López Arnal (2)


                                   Para Jorge Moreira, intelectual admirável e comprometido, grande
                                   conhecedor da obra de Manuel Sacristán



¡Arden las pérdidas!, escreveu o poeta castelhano Antônio Gamoneda. Ele estava certo, muito certo. Agosto, já faz muitos anos, é um mês doloroso para a tradição marxista hispânica. No dia 27 de agosto de 1985 morreu em Barcelona, ​​na cidade de Teresa Pàmies e Giulia Adinolfi, Manuel Sacristán Luzón pouco antes de seu aniversário de 60 anos. Vinte e sete anos depois, em 25 de agosto de 2012, faleceu seu discípulo, amigo, companheiro e camarada Francisco Fernández Buey, aos 69 anos. Não foram só. Há poucos dias, também em agosto, nos deixou outra companheira essencial, outra lutadora inquebrantável que os amou, os estudou e  os admirou: Carme Conill Vall.

A marca de ambos no marxismo ibérico e latinoamericano (sem cegueira) tem sido extremamente importante. Sua influência política e cultural tem sido decisiva para várias gerações de cidadãos universitários e não universitários. Os escritos mais importantes de Manuel Sacristán estão reunidos em cinco volumes de "Panfletos y materiales" (e em sete obras póstumas). Francisco Fernández Buey é o autor de um imprescindivel Marx (sin ismos), de La gran perturbación, de La ilusión del método y Para la tercera cultura, su libro póstumo. O conjunto de seus prefácios, introduções, notas, artigos, entrevistas e magníficos panfletos  é quase inabarcável.

Seu marxismo, aberto a outras tradições emancipatórias (especialmente libertária) e outras escolas de pensamento, nunca foi uma filosofia fechada, dogmática, escura, difícil de entender, cheio até a fadiga e a exaustão de citações e nomes de autores. A clareza, profundidade, o pensamento crítico, que não se senta em assentos confortáveis, a documentação de teses defendidas foram características permanentes em ambos os casos.poucas obras de epistemologia marxista tão brilhantes como a que dedicou Sacristán a "O trabalho científico de Marx e sua noção de ciência" (inicialmente uma palestra proferida na Fundação Miró, em Barcelona, em 1978). Há poucos trabalhos calmos, argumentados e corajosos culturalmente como o dedicado por Francisco Fernández Buey "As virtudes do marxismo" (publicado na revista que mais fez sua durante muitos anos: Mientras Tanto), numa época em que quase todo o mundo, especialmente os intelectuais bem remunerados, considerava a Marx um cachorro morto que havia que enterrar com urgência e de noite ... e sem restos.

Em ambos os casos, é mais do que notável o interesse de Manuel Sacristán e Francisco Fernández Buey no trabalho do revolucionário da Sardenha, Antônio Gramsci, um autor que eles leram, estudaram, traduziram, comentaram e amaram. Sacristán dedicou-lhe um livro interrompido El orden y el tiempo. Fernández Buey publicou em meados da primeira década do século XXI um dos seus ensaios mais fundamentais: Leyendo a Gramsci.

Seu interesse permanente pela mortífera, criminosa colonização espanhola e anglo-saxã das terras e populações americanas se plasmou, no caso de Sacristán, na tradução e aproximação à vida de Gerônimo (sua apresentação e notas foram recentemente reeditadas pela editora El Viejo Topo). No caso de Fernández Buey, em uma de suas obras-primas: La gran perturbación. A homenagem à coragem política e filosófica de Bartolomé de Las Casas percorre todas as páginas do livro, um clássico do pensamento hispânico que cresce com o tempo.

Mas eles não eram apenas grandes teóricos, professores inesquecíveis, conferencistas admirados por todos os conhecedores de questões epistemológicas e da história da ciência, amantes da poesia, da arte e da boa literatura. Eles também foram, naturalmente, dois lutadores anti-Franco que arriscaram suas vidas mil vezes, dois comunistas democráticos que pagaram com a perseguição, a repressão, a fiscalização, várias punições, detenções, prisão, multas e expulsão da Universidade na sua luta contra a ditadura fascista  espanhola,  o seu compromisso com um socialismo democrático e libertário que realmente merecera este nome.

E isso até o final de seus dias. Sacristán deu sua última conferencia em julho de 1985, o ano da sua morte. Ele falou sobre os novos movimentos sociais de então (feminismo, ambientalismo, anti-militarismo). Alguns meses antes tinha dado outra conferencia sobre um dos seus grandes clássicos: Georg Lukács. Naquela que foi a sua última carta, Sacristán escreveu: "Se você [Felix Novales, que estava prisioneiro na cadeia de Soria] é um produto estranho dos anos 70, outros somos dos anos 40 e posso assegurar-lhe que não éramos muito mais realistas. Mas, sem querer justificar a falta de sentido da realidade, eu acho que das duas coisas tristes que você começa a sua carta - a falta de realismo de alguns e a sujeira de outros - é mais triste a segunda que a primeira. E tem menos concerto: porque você pode obter a compreensão da realidade, sem muito esforço ou mudança de pensamento; pois me parece difícil que aquele que aprende a desfrutar metendo-se no lodo tenha um possível renascimento. Uma coisa é a realidade e outra a merda que é apenas uma parte da realidade, feita precisamente por aqueles que aceitam a realidade moralmente, não apenas intelectualmente."

Eles nunca se meteram nesta imundície. Nunca.

Muito doente, Francisco Fernández Buey participou em 14 de abril de 2012 de um ato público (foi seu último ato)  para lembrar e comemorar a proclamação da Segunda República Espanhola, em 1931. Ele estava acompanhado por sua irmã Charo Fernández Buey. Júlio Anguita, um de seus grandes amigos, lhe havia dedicado naquela manhã uma entrevista sobre a tradição republicana e a necessidade de uma Terceira República de todos os povos da Espanha que pusera fim às tentativas de uma nova restauração borbôsnica. Estamos nisso agora.

Depois do assassinato do revolucionário argentino internacionalista, Manuel Sacristán escreveu um obituário (que emocionou a seu amigo e discípulo) que apareceu sem assinatura na revista teórica
Nous Horitzons, então clandestina, do Partido Socialista Unificado de Cataluña (PSUC) o partido dos comunistas catalães. Ele dizia no obtuario:

"Não deve importar muito, o covarde e satisfeito sadismo com que a reação de todo o mundo absorveu os detalhes sombrios de dissimulação, talvez voluntariamente tosco, do assassinato de Ernesto Guevara ... é importante saber que o nome de Guevara não poderá ser excluído das histórias, porque a história futura será daquilo pelo qual ele morreu. Isto é importante para os que continuam vivendo e lutando ... Na montanha, na rua ou na fábrica, buscando o mesmo objetivo em diferentes condições, os homens que neste momento reconhecem a Guevara entre seus mortos pisam toda a terra, igualmente nas palavras de Maiakovski, ‘na Rússia, entre as neves’, ou nos delírios da Patagônia’. Esses homens também chamarão de Guevara’, a partir de agora, ao fantasma de tantos nomes que viajam pelo mundo e que o nosso poeta, em nome de todos, chamou: Camarada".
Alguns anos mais tarde,  nestes nossos dias, nas montanhas, nas ruas, nas fábricas, nas nossas cidades, nas nossas lutas, servindo "a mesma finalidade em diferentes condições", as mulheres e os homens que ao redor do mundo estão ainda de pé pela paz, dignidade, luta e rebelião, reconhecem a Manuel Sacristán e Francisco Fernández Buey entre seus mortos, entre os mortos que pisam e continuarão pisando em toda a terra, uma terra que queremos justa, em paz, em equilíbrio, dando sus frutos para todas e todos como queria e escrevia o poeta gaditano (da cidade de Cádiz) assassinado Federico García Lorca em "Poeta em Nova York".

1)Este texto, escrito originalmente em espanhol, foi traduzido pela professora Catherine M. Bryan da Universidade de Wisconsin- Oshkosh.


2) Salvador López Arnal tem colaborado com textos (traduzidos do espanhol) sobre os professores Manuel Sacristán Luzón e Francisco Fernández Buey para o blog Novas Pensatas tais como: “Manuel Sacristán, o compromisso do filósofo”, de 8 de março de 2011 http://novaspensatas.blogspot.com/2011/03/manuel-sacristan-o-compromisso-do.html     

“Por que devemos continuar a ler a obra de Manuel Sacristán?” de 26 de agosto de 2013 http://novaspensatas.blogspot.com.br/2013/08/por-que-devemos-continuar-ler-obra-de.html   

Francisco Fernández Buey, um marxista que amava Gramsci e Simone Weil”, de  9 de maio de 2013. http://novaspensatas.blogspot.com/2013/05/francisco-fernandez-buey-um-marxista.html

Salvador Lopez-Arnal (Professor-tutor de Matemáticas na UNED é instrutor de informática dos ciclos formativos no IES Puig Castellar de Santa Coloma de Gramenet, Barcelona) também escreve textos para a revista "El Viejo Topo", rebelion.org e é co-roteirista e co-editor, junto con Joan Benach y Xavier Juncosa, do filme documentário "Integral Sacristán" (El Viejo Topo, Barcelona). Salvador tem sido um dos mais destacados discípulos do filósofo, lógico, tradutor, professor e escritor Manuel Sacristán Luzón e é, atualmente, um dos mais proeminentes e constantes divulgadores da sua obra: sua produção de diversos livros e de mais de três dezenas de artigos sobre Sacristán dão testemunho veemente da importância dos seus textos para o conhecimento da obra do brilhante filósofo marxista espanhol.  Atualmente tem escrito frequentemente sobre a vida e a obra do professor e filósofo Paco Fernández Buey.


domingo, 17 de agosto de 2014

Pensatas de domingo e o genocídio na Palestina






A verdade sobre a politica dos EUA e Israel

Jorge Vital de Brito Moreira

Mais uma vez, o Estado de Israel, (com a cumplicidade, o apoio econômico e militar dos EUA), ensina ao mundo que sua política externa não passa de terrorismo de Estado.
Atualmente um número crescente -milhões de seres humanos- teem tomado consciência que o governo dos EUA, sob a administração de Barak Obama tem sido o principal cumplice (1) da sistemática política terrorista do estado de Israel, sendo assim também cumplice do genocídio do povo palestino na faixa de Gaza.
Como esperávamos, o governo de Barack Obama não foi nem será capaz de condenar o governo de Benjamin Netanyahu, nem punirá os líderes sionistas por seus crimes de guerra em Gaza. Pelo contrário, durante quase 6 anos, temos observado que a política imperial do governo de Obama está profundamente associada e subordinada aos interesses sub-imperialistas do estado de Israel. Tão pouco devemos esperar nada de positivo do Congresso e do Senado dos EUA. Os congressistas e senadores estadunidenses estão comprados e financiados pelos poderosos lobbies judeus como American Israel Public Affairs Committee (AIPAC) e por isso, sempre brindam seu apoio e seus votos em beneficio do governo de Israel indicando que tudo que lhes interessa (com seu apoio incondicional a Netanyahu), é justificar e legitimar a completa impunidade para os crimes do governo de Israel.
Assim, tanto a política da administração de Obama, como a política do Congresso e Senado dos EUA, estão articuladas para beneficiar o governo de Netanyahu, sem lhes importar o custo das vidas humanas (de civis, mulheres e crianças) que estão sendo destruídas pelas bombas de fabricação estadunidense e israelense.
Dada a abominável  política económica e militar do imperialismo  dos EUA para os países do Oriente Médio, África e Europa oriental (2) somos forçados a concluir que a atual destruição das cidades e os assassinatos dos habitantes da Palestina, do Iraque, do Afeganistão, da Somália, é uma estratégia cabalmente planejada e calculada para cumprir os objetivos fundamentais dos EUA e de Israel: conquistar e se apropriar ilegalmente das reservas  de petróleo e gás dos países invadidos. (3)

A mentira da mídia corporativa sobre o genocídio na Palestina

Ficamos horrorizados quando vemos as imagens da guerra genocida na qual Israel assassina milhares de palestinos indefesos, destrói os hospitais (inclusive os organizados pela Organização das Nações Unidas - ONU - para refugiados) e as escolas, mas também ficamos revoltados quando lemos e vemos que os principais jornais dos EUA (New York Times e Washington Post), a media corporativa (canais de televisão como CBS, CNN, Fox, ABC) e a indústria de entretenimento (liderada por Hollywood) também são cumplices da política israelita, quando utilizam palavras como “Israeli-Palestinian Conflict” (Conflito Israel-Palestina) para esconder da opinião publica, o genocídio que Israel tem cometido contra o povo palestino durante todos esses anos de colonização e apartheid nos territórios ocupados militarmente por Israel.
Chamar de “Conflito” a uma guerra genocida, onde Israel dispõe de todas as armas  de guerra que incluem até as nucleares (4) (além de contar  com a eterna ajuda militar e econômica incondicional dos EUA), é completamente desonesto e inaceitável. O termo “Conflito” faz parte da ideologia imperial que manipula a nossa linguagem comum para mentir, tergiversar, mistificar e inverter a verdade. Buscam, deste modo, destruir a consciência ética e moral dos seres humanos que respeitam a vida de outros seres humanos. Afinal, a hipocrisia e a mentira são práticas permanentes das autoridades políticas estadunidenses. 
Nunca deveríamos esquecer que o ex-presidente George W. Bush e o ex-vice presidente  Dick Cheney  justificaram a invasão ilegal contra o Iraque produzindo uma serie de horrorosas mentiras (tais como “Sadam Hussein possui armas de destruição massiva que lançará contra a população dos EUA”) para legitimar sua guerra fascista para se apropriar do petróleo do Iraque.
Atualmente, a mentira sionista mais repetida (tanto pelo governo de Obama e Natanyahu como pela mídia coorporativa, pelos lobbies judeus e por Hollywood (5) para enganar o publico dentro e fora dos EUA é a seguinte: “Israel tem direito a se defender”.  
Esta frase mitológica, “Israel tem direito a se defender”, que a mídia coorporativa propaga insistentemente entre a opinião publica mundial, tem funcionado para escamotear e negar a verdade gritante dos fatos observados: Israel não está se defendendo. Israel está atacando a Palestina; o governo de Israel tem sido desde 1947, o agressor, o invasor, o colonizador que declara guerra contra o povo palestino.  E os governos de Israel e dos EUA teem utilizado e manipulado o nome do grupo Hamas, um grupo de resistência palestina que o governo ocidental e a grande imprensa denominam de “terroristas” (6) como pretexto e justificativa para prosseguir com uma guerra permanente que tem tido uma dupla função para os EUA e Israel: a) conquistar e se apropriar dos territórios palestinos ocupados (território garantido pelo decreto internacional da Organização das Nações Unidas (7); b) fazer uma limpeza étnica nos territórios ocupados.
Estas são as razões fundamentais do porque Israel tem sido o pais que, contando com o apoio dos EUA, vem atacando e destruindo completamente o presente e o futuro do estado da Palestina. Esta é a verdade indiscutível que fundamenta as invasões de Israel: o governo sionista de Netanyahu e seus aliados sabem muito bem que existe uma grande reserva de energia nas jazidas de gás do território de Gaza; e tratam de se apropriar gratuitamente do território para explorar as jazidas e garantir o abastecimento e lucros da classe dominante de Israel e dos EUA. Assim, o maior interesse geopolítico de Israel é expulsar os palestinos ou manter a Palestina como um imenso campo de concentração.
Para bom entendedor, poucas palavras bastam: a política do estado de Israel é uma politica terrorista: uma declaração de guerra com o objetivo de converter os  palestinos (os legítimos moradores e proprietários das terras do território) em refugiados nos campos de concentração da região. São estas as razões, do porque Israel continua bombardeando e destruindo incessantemente a maior parte da vida urbana (hospitais, escolas, abastecimento de agua, etc.) de Gaza para forçar os palestinos a fugir e desocupar um território rico em jazidas de gás. Desse modo, Israel e EUA ficarão de “mãos livres” para se apropriar da reserva energética da região. (Vejam a nota 3 deste texto)
Além da cumplicidade do governo de Barack Obama (8), dos senadores e congressistas dos EUA, da mídia corporativa e de Hollywood, esta política belicista de Israel tem encontrado seus defensores entre a rica elite branca estadunidense que proporcionam financiamento (milhões e milhões de dólares) para os poderosos lobbies judeus comprarem os votos dos políticos estadunidenses (deputados e senadores estadunidenses).
Esperar imparcialidade, isenção ou cooperação do poder imperialista dos EUA é uma ingenuidade, é o mesmo que chover no molhado. Se queremos parar com o genocídio do povo palestino, a sociedade civil (estudantes, trabalhadores, sindicatos, movimentos de resistência) de cada país antiimperialista, deve exigir que seus governos, seus setores industriais, comerciais e de serviços dos seus respectivos países decretem um boicote comercial: devem parar de comprar e importar as mercadorias produzidas e exportadas pelo estado de Israel. Somente através do permanente boicote comercial nossas sociedades civis podem sabotar os bolsos e lucros dos capitalistas sionistas e mudar a política daqueles que apoiam o regime terrorista e o genocídio do estado de Israel.

1) Apesar do aumento da consciência de um numero crescente de seres humanos, parece que muitos  ainda  não entenderam bem o que está passando.  Ainda acreditam na noção equivocada de que existe gente no governo de EUA que encontrará soluções racionais para terminar a guerra genocida. Pelo contrário, os governos dos EUA e Israel (apesar do discurso) não mostram nem interesse nem  intenção de obter una solução pacífica para a Palestina.  Leiam o artigo de 28-07-2014  do brilhante filosofo, linguista e professor Noam Chomsky onde considera a EEUU “responsável de derramar sangre palestina”. Abaixo coloco o link deste artigo:

2) Se tomarmos o governo do presidente Barack Obama como uma evidencia da política imperial dos EUA, veremos que seu governo imperialista é ainda pior que o de George W. Bush. Do  ponto de vista geopolítico, por exemplo, o presidente Obama envia drones assassinos para o Paquistão, Iêmen e Afeganistão; decreta sanções contra Irã e a Rússia; coloca bases militares ao redor do território russo, cujos mísseis podem chegar em cinco minutos a Moscou;  fornece armas aos mercenários na Síria; está instruindo e capacitando os curdos no Iraque, e, apoia e financia a barbárie sionista em Gaza.
Em resumo, a política imperialista de Barack Obama (junto a OTAN e seus aliados europeus) tem resultado não somente na produção de guerras em diversos países da Asia, África e Europa como podemos observar através das guerras de mercenários na Síria, no Paquistão, no Iraque, no Afeganistão, na Líbia e na Somália e a mais recentemente, através da guerra na Ucrânia.
Esta política da administração de Obama também tem resultado na produção de dezenas de milhões de refugiados que fogem da destruição da suas terras natais, pois nada está isento de ser bombardeado: abrigos, cidades, casas, escolas, hospitais e famílias são alvos a serem destruídos pelos EUA, pela OTAN, Israel e seus aliados europeus.  Sobre esta abominável realidade, leiam a entrevista do notável professor, sociólogo dos EUA, James Petras, analista de política internacional, intitulada “La cólera del Emperador: ¡que el caos envuelva al mundo!” de 09/08/2014 no link abaixo: http://www.lahaine.org/mundo.php/la-colera-del-emperador-ique-el-caos-env

3) Sobre este assunto, leiam a entrevista do analista internacional, Pepe Escobar, o destacado analista brasileiro para os assuntos do Oriente Médio, do dia 08-08-2014,  intitulada:
“En Gaza hay una guerra energética bajo la cobertura de una limpieza étnica”, no link: http://www.rebelion.org/noticia.php?id=188210

4) O ex-presidente dos EUA, Jimmy Carter tem denunciado que Israel tem 150 armas nucleares. Esta noticia também foi publicada pelo jornal Estadão de 26 de maio de 2008 como título  “Israel tem 150 armas nucleares, diz ex-presidente dos EUA”. Podem verificar no link:

5) Pouca gente tem se dado conta de que Hollywood (uma das mais importantes industrias de diversão e entretenimento do sistema capitalista) é uma das maiores defensoras dos interesses e  política do estado de Israel. Historicamente, Hollywood tem estado associada ideológica e financeiramente ao AIPAC, o maior lobby judeu e centro de propaganda sionista  nos EUA. A prepotência e arrogância de Hollywood em defesa do atual genocídio de Israel pode ser comprovada, por exemplo, quando seus produtores colocaram o nome dos atores espanhóis, Penélope Cruz e Javier Bardem numa lista negra (já não podem trabalhar em Hollywood) por terem afirmado uma carta denunciando o genocídio de Israel na Palestina.  A lista negra de Hollywood nos recorda a lista negra do Macarthismo inventada pelo Senador McCarthy. O leitor pode comprovar a posição política, ideológica e propagandística de Hollywood a favor do estado sionista de Israel, lendo as reportagens que foram publicadas em todo o mundo. Esta notícia pode ser lida no  link:
http://flagra.pt/noticias/internacional/javier-bardem-e-penelope-cruz-ficaram-na-lista-negra-de-hollywood-25299

6) O famoso cantor e compositor contemporâneo, Lupe Fiasco, seguindo as declarações de intelectuais estadunidenses, afirma que o presidente Barack Obama é o maior terrorista  da atualidade. Na sua entrevista, Lupe Fiasco declara: «Para mim, o maior terrorista de todos é o Obama nos Estados Unidos da América. Estou tentando lutar contra o terrorismo que causa as outras formas de terrorismo». «Na origem do terrorismo estão as coisas que o governo norte-americano permite que aconteçam e são as políticas externas que temos em vários países que inspiram as pessoas a tornarem-se terroristas» (“my fight against terrorism, to me, the biggest terrorist is Obama in the United States of America. I'm trying to fight the terrorism that's actually causing the other forms of terrorism. You know, the root cause of terrorism is the stuff the U.S. government allows to happen. The foreign policies that we have in place in different countries that inspire people to become terrorists.”) https://www.youtube.com/watch?v=uDncSNmg3RA

7) O leitor pode ler o texto da Resolução 242 do Conselho de Segurança das Nações Unidas (S/RES/242) para se dar conta que Israel tem violado desde 1967, a legalidade internacional: “A Resolução 242 do Conselho de Segurança das Nações Unidas (S/RES/242), uma das resoluções da ONU mais comumente referidas em política do Médio Oriente, foi aprovada por unanimidade pelo Conselho de Segurança da ONU em 22 de Novembro de 1967, após a Guerra dos seis dias. Foi incorporada ao capítulo VI da Carta das Nações Unidas,29 e reafirmada pela resolução nº 338 do Conselho de Segurança da ONU, adotada após a Guerra do Yom Kippur (1973)”. A resolução preconiza a "retirada das Forças Armadas de Israel dos territórios ocupados durante o recente conflito"... Como podemos  observar, desde 1967, a resolução 242 do Conselho de Segurança, aprovada por unanimidade, exigia o «Retiro das forças  armadas israelitas  dos territórios que ocupavam” durante aquele conflito, e a «terminação de todas as situações de beligerância o alegações  de sua existência, o respeito e o reconhecimento da soberania, da integridade territorial e da independência política de todos os Estados daquela zona.”

8) O brilhante professor Cornel West declarou em 05.08.2014  que o presidente Barack Obama é um criminal de Guerra por apoiar o tratamento que Israel dá aos palestinos e que sua política de utilização de drones faz dele cumplice da morte de pessoas inocentes (Obama is a ‘war criminal’ for supporting Israel’s treatment of Palestinians his drone policy make him complicit in the deaths of innocent people). Vejam estßa notícia no link:
http://rt.com/usa/178252-obama-criminal-israel-cornel-west/comments/page-6/