domingo, 26 de maio de 2013

Pensatas... Uma cronologia da agressão


Procurei por muito tempo e finalmente encontrei uma relação bastante completa das invasões estadunidenses em todo o mundo... Segue:

1891 - Chile - Fuzileiros Navais esmagam forças rebeldes nacionalistas;
1891 - Haiti - Tropas debelam a revolta de operários negros na ilha de Navassa, reclamada pelos EUA;
1893 - Hawai - Marinha enviada para suprimir o reinado independente e anexar o Hawaí aos EUA;
1894 - Nicarágua - Tropas ocupam Bluefields, cidade do mar do Caribe, durante um mês;
1894/1895 - China - Marinha, Exército e Fuzileiros desembarcam no país durante a guerra sino-japonesa;
1894/1896 - Coréia - Tropas permanecem em Seul durante a guerra;
1895 - Panamá - Tropas desembarcam no porto de Corinto, província Colombiana;
1898/1900 - China - Tropas ocupam a China durante a Rebelião Boxer;
1898/1910 - Filipinas - Luta pela independência do país, dominado pelos EUA (Massacres realizados por tropas estadunidensas em Balangica, Samar, 27/09/1901, e Bud Bagsak, Sulu, 11/15/1913; 600.000 filipinos mortos;
1898/1902 - Cuba - Tropas sitiaram Cuba durante a guerra hispanoamericana;
1898 - Porto Rico - Tropas sitiaram Porto Rico, hoje 'Estado Livre Associado' dos Estados Unidos, na guerra hispanoamericana;
1898 - Ilha de Guam - Marinha desembarca na ilha e a mantêm como base naval até hoje;
1898 - Espanha - Guerra hispanoamericana - Desencadeada pela misteriosa explosão do encouraçado Maine, em 15 de fevereiro, na Baía de Havana. Esta guerra marca o surgimento dos EUA como potência capitalista e militar mundial;
1898 - Nicarágua - Fuzileiros Navais invadem o porto de San Juan del Sur;
1899 - Ilha de Samoa - Tropas desembarcam e invadem a Ilha em consequência de conflito pela sucessão do trono de Samoa;
1899 - Nicarágua - Tropas desembarcam no porto de Bluefields e invadem a Nicarágua (pela 2ª vez);
1901/1914 - Panamá - Marinha apoia a revolução quando o Panamá reclamou independência da Colômbia; tropas dos EUA ocupam o canal em 1901, quando teve início sua construção;
1903 - Honduras - Fuzileiros Navais desembarcam em Honduras e intervêm na revolução do povo hondurenho;
1903/1904 - República Dominicana - Tropas atacaram e invadiram o território dominicano para proteger interesses do capital estadunidense durante a revolução;
1904/1905 - Coréia - Fuzileiros Navais dos Estados Unidos desembarcaram no território coreano durante a guerra russo-japonesa;
1906/1909 - Cuba -Tropas dos Estados Unidos invadem Cuba e lutam contra o povo cubano durante período de eleições;
1907 - Nicarágua - Tropas invadem e impõem a criação de um protetorado, sobre o território livre da Nicarágua;
1907 - Honduras - Fuzileiros Navais desembarcam e ocupam Honduras durante a guerra de Honduras com a Nicarágua;
1908 - Panamá - Fuzileiros invadem o Panamá durante período de eleições;
1910 - Nicarágua - Fuzileiros navais desembarcam e invadem pela 3ª vez Bluefields e Corinto, na Nicarágua;
1911 - Honduras - Tropas enviadas para proteger interesses estadunidenses durante a guerra civil invadem Honduras;
1911/1941 - China - Forças do exército e marinha dos Estados Unidos invadem mais uma vez a China durante período de lutas internas;
1912 - Cuba - Tropas invadem Cuba com a desculpa de proteger interesses dos EUA em Havana;
1912 - Panamá - Fuzileiros navais invadem novamente o Panamá e ocupam o país durante eleições presidenciais;
1912 - Honduras - Tropas estadunidenses mais uma vez invadem Honduras para proteger interesses do capital americano;
1912/1933 - Nicarágua - Tropas dos Estados Unidos com a desculpa de combaterem guerrilheiros invadem e ocupam o país durante 20 anos;
1913 - México - Fuzileiros da Marinha invadem o México com a desculpa de evacuar cidadãos americanos durante a revolução; os Estados Unidos bloqueiam as fronteiras mexicanas;
1914/1918 - Primeira Guerra Mundial - EUA entram no conflito em 6/3/1917 declarando guerra à Alemanha. As perdas estadunidenses chegaram a 114 mil homens;
1914 - República Dominicana - Fuzileiros navais da Marinha dos Estados invadem o solo dominicano e interferem na revolução em Santo Domingo;
1914/1918 - México - Marinha e exército invadem o território mexicano e interferem na luta contra nacionalistas;
1915/1934 - Haiti - Tropas americanas desembarcam no Haiti, em 28 de julho, e transformam o país numa colônia estadunidenses, permanecendo durante 19 anos;
1916/1924 - República Dominicana - Os EUA invadem e estabelecem governo militar na República Dominicana, em 29 de novembro, ocupando o país durante oito anos;
1917/1933 - Cuba - Tropas desembarcam em Cuba e transformam o país num protetorado econômico americano, permanecendo essa ocupação por 16 anos;
1918/1922 - Rússia - Marinha e tropas enviadas para combater a revolução bolchevista. O Exército realizou cinco desembarques, sendo derrotado pelos russos em todos eles;
1919 - Honduras - Fuzileiros desembarcam e invadem mais uma vez o país durante eleições, colocando no poder um governo a seu serviço;
1918 - Iugoslávia - Tropas dos Estados Unidos invadem a Iugoslávia e intervêm ao lado da Itália contra os sérvios na Dalmácia;
1920 - Guatemala - Tropas invadem e ocupam o país durante greve operária do povo da Guatemala;
1922 - Turquia - Tropas invadem e combatem nacionalistas turcos em Smirna;
1922/1927 - China - Marinha e Exército mais uma vez invadem a China durante revolta nacionalista;
1924/1925 - Honduras - Tropas dos Estados Unidos desembarcam e invadem Honduras duas vezes durante eleição nacional;
1925 - Panamá - Tropas invadem o Panamá para debelar greve geral dos trabalhadores panamenhos;
1927/1934 - China - Mil fuzileiros desembarcam na China durante a guerra civil local e permanecem durante sete anos ocupando o território;
1932 - El Salvador - Navios de Guerra dos Estados Unidos são deslocados durante a revolução das Forças do Movimento de Libertação Nacional - FMLN - comandadas por Marti;
1939/1945 - II Guerra Mundial - Os EUA declaram guerra ao Japão em 8 de dezembro de 1941 e depois a Alemanha e Itália, invadindo o Norte da África, a Ásia e a Europa, culminando com o lançamento das bombas atômicas sobre as cidades desmilitarizadas de Hiroshima e Nagasaki;
1946 - Irã - Marinha estadunidense ameaça usar artefatos nucleares contra tropas soviéticas caso as mesmas não abandonem a fronteira norte do Irã;
1946 - Iugoslávia - Presença da marinha ameaçando invadir a zona costeira da Iugoslávia em resposta a um avião espião dos Estados Unidos abatido pelos soviéticos;
1947/1949 - Grécia - Operação de invasão de Comandos dos EUA garantem vitória da extrema direita nas "eleições" do povo grego;
1947 - Venezuela - Em um acordo feito com militares locais, os EUA invadem e derrubam o presidente eleito Rómulo Gallegos, como castigo por ter aumentado o preço do petróleo exportado, colocando um ditador em seu lugae;
1948/1949 - China - Fuzileiros invadem pela ultima vez o território chinês para evacuar cidadãos estadunidenses antes da vitória comunista;
1950 - Porto Rico - Comandos militares dos Estados Unidos ajudam a esmagar a revolução pela independência de Porto Rico, em Ponce;
1951/1953 - Coréia - Início do conflito entre a República Democrática da Coréia (Norte) e República da Coréia (Sul), na qual cerca de 3 milhões de pessoas morreram. Estados Unidos são um dos principais protagonistas da invasão usando como pano de fundo a recem criada Nações Unidas, ao lado dos sul-coreanos. A guerra termina em julho de 1953 sem vencedores e com dois estados polarizados: comunistas ao norte e um governo proamericano no sul. Os EUA perderam 33 mil homens e mantém até hoje base militar e aero-naval na Coréia do Sul;
1954 - Guatemala - Comandos americanos, sob controle da CIA, derrubam o presidente Arbenz, democraticamente eleito, e impõem uma ditadura militar no país. Jacobo Arbenz havia nacionalizado a empresa United Fruit e impulsionado a reforma agrária;
1956 - Egito - O presidente Nasser nacionaliza o canal de Suez. Tropas americanas se envolvem durante os combates no Canal de Suez sustentados pela Sexta Frota dos EUA. As forças egípcias obrigam a coalizão franco-israelense-britânica, a retirar-se do canal;
1958 - Líbano - Forças da Marinha invadem e apoiam o exército de ocupação do Líbano durante sua guerra civil;
1958 - Panamá - Tropas dos Estados Unidos invadem e combatem manifestantes nacionalistas panamenhos;
1961/1975 - Vietnã - Aliados ao sul-vietnamitas, o governo dos EUA invade o Vietnã e tenta impedir, sem sucesso, a formação de um estado comunista, unindo o sul e o norte do país. Inicialmente a participação estadunidense se restringe a ajuda econômica e militar (conselheiros e material bélico). Em agosto de 1964, o congresso autoriza o presidente a lançar os EUA em guerra. Os Estados Unidos deixam de ser simples consultores do exército do Vietnã do Sul e entram num conflito traumático, que afetaria toda a política militar dali para frente. A morte de quase 60 mil jovens estadunidenses e a humilhação imposta pela derrota do Sul em 1975, dois anos depois da retirada dos Estados Unidos, moldou a estratégia futura de evitar guerras que impusessem um custo muito alto de vidas estadunidenses e nas quais houvesse inimigos difíceis de derrotar de forma convencional, como os vietcongues e suas táticas de guerrilhas;
1962 - Laos - Militares estadunidenses invadem e ocupam o Laos durante guerra civil contra guerrilhas do Pathet Lao;
1964 - Panamá - Militares estadunidenses invadiram mais uma vez o Panamá e mataram 20 estudantes, ao reprimirem a manifestação em que os jovens queriam trocar, na zona do canal, a bandeira americana pela bandeira de seu país;
1965/1966 - República Dominicana - Trinta mil fuzileiros e para-quedistas desembarcaram na capital do país, São Domingo, para impedir a nacionalistas panamenhos de chegarem ao poder. A CIA conduz Joaquín Balaguer à presidência, consumando um golpe de estado que depôs o presidente eleito Juan Bosch. O país já fora ocupado pelos americanos de 1916 a 1924;
1966/1967 - Guatemala - Boinas Verdes e marines invadem o país para combater movimento revolucionário contrário aos interesses econômicos do capital estadunidense;
1969/1975 - Camboja - Militares enviados depois da Guerra do Vietnã invadem e ocupam o Camboja;
1971/1975 - Laos - EUA dirigem a invasão sul-vietnamita bombardeando o território do vizinho Laos, justificando que o país apoiava o povo vietnamita em sua luta contra a invasão estadunidense;
1975 - Camboja - 28 marines são mortos na tentativa de resgatar a tripulação do petroleiro estadunidense Mayaquez;
1980 - Irã - Na inauguração do estado islâmico formado pelo Aiatolá Khomeini, estudantes que haviam participado da Revolução Islâmica do Irã ocuparam a embaixada dos EUA em Teerã e fizeram 60 reféns. O governo estadunidense preparou uma operação militar surpresa para executar o resgate, frustrada por tempestades de areia e falhas em equipamentos. Em meio à frustrada operação, oito militares estadunidenses morreram no choque entre um helicóptero e um avião. Os reféns só seriam libertados um ano depois do sequestro, o que enfraqueceu o então presidente Jimmy Carter e elegeu Ronald Reagan, que conseguiu aprovar o maior orçamento militar em “época de paz” até então;
1982/1984 - Líbano - Estados Unidos invadiram o Líbano e se envolveram nos conflitos no país logo após a invasão por Israel - e acabaram envolvidos na guerra civil que dividiu o país. Em 1980, os americanos supervisionaram a retirada da Organização pela Libertação da Palestina de Beirute. Na segunda intervenção, 1.800 soldados integraram uma força conjunta de vários países, que deveriam restaurar a ordem após o massacre de refugiados palestinos por libaneses aliados a Israel. O custo para os americanos foi a morte de 241 fuzileiros navais, quando os libaneses explodiram um carro bomba perto de um quartel das forças estadunidenses;
1983/1984 - Ilha de Granada - Após um bloqueio econômico de quatro anos a CIA coordena esforços que resultam no assassinato do 1º Ministro Maurice Bishop. Seguindo a política de intervenção externa de Ronald Reagan, os Estados Unidos invadiram a ilha caribenha de Granada alegando prestar proteção a 600 estudantes estadunidenses que estavam no país, as tropas eliminaram a influência de Cuba e da União Soviética sobre a política da ilha;
1983/1989 - Honduras - Tropas enviadas para construir bases em regiões próximas à fronteira invadem o Honduras;
1986 - Bolívia - Exército invade o território boliviano na justificativa de auxiliar tropas bolivianas em incursões nas áreas de cocaína;
1989 - Ilhas Virgens - Tropas americanas desembarcam e invadem as ilhas durante revolta do povo do país contra o governo pró-americano;
1989 - Panamá - Batizada de Operação Causa Justa, a intervenção estadunidense no Panamá foi provavelmente a maior batida policial de todos os tempos: 27 mil soldados ocuparam a ilha para prender o presidente panamenho, Manuel Noriega, antigo ditador aliado do governo dos EUA, que justificaram a operação como sendo fundamental para proteger o Canal do Panamá, defender 35 mil estadunidenses que viviam no país, promover a democracia e interromper o tráfico de drogas, que teria em Noriega seu líder na América Central. O ex-presidente cumpre prisão perpétua nos Estados Unidos.
1990 - Libéria - Tropas invadem a Libéria justificando a evacuação de estrangeiros durante guerra civil;
1990/1991 - Iraque - Após a invasão do Iraque ao Kuwait, em 2 de agosto de 1990, os Estados Unidos, com o apoio de seus aliados da Otan, decidem impor um embargo econômico ao país, seguido de uma coalizão antiIraque (reunindo além dos países europeus membros da Otan, o Egito e outros países árabes) que ganhou o título de "Operação Tempestade no Deserto". As hostilidades começaram em 16 de janeiro de 1991, um dia depois do fim do prazo dado ao Iraque para retirar tropas do Kuwait. Para expulsar as forças iraquianas do Kuwait, o então presidente George Bush destacou mais de 500 mil soldados para a Guerra do Golfo;
1990/1991 - Arábia Saudita - Tropas são destacadas para ocupar a Arábia Saudita que era base militar na guerra contra Iraque;
1992/1994 - Somália - Tropas estadunidenses, num total de 25 mil soldados, invadem a Somália como parte de uma missão da ONU para distribuir mantimentos para a população esfomeada. Em dezembro, forças militares estadunidenses (comando Delta e Rangers) chegam à Somália para intervir numa guerra entre as facções do então presidente Ali Mahdi Muhammad e tropas do general rebelde Farah Aidib, e sofrem uma fragorosa derrota militar nas ruas da capital do país;
1993 - Iraque - No início do governo Clinton é lançado um ataque contra instalações militares iraquianas em retaliação a um suposto atentado, não concretizado, contra o ex-presidente Bush, em visita ao Kuwait;
1994/1999 - Haiti - Enviadas pelo presidente Bill Clinton, tropas ocuparam o Haiti na justificativa de devolver o poder ao presidente eleito Jean-Betrand Aristide, derrubado por um golpe, mas o que a operação visava era evitar que o conflito interno provocasse uma onda de refugiados haitianos nos Estados Unidos;
1996/1997 - Zaire (ex-República do Congo) - Fuzileiros Navais americanos são enviados para invadir a área dos campos de refugiados Hutus;
1997 - Libéria - Tropas dos Estados Unidos invadem a Libéria justificando a necessidade de evacuar estrangeiros durante guerra civil sob fogo dos rebeldes;
1997 - Albânia - Tropas invadem a Albânia para evacuar estrangeiros;
2000 - Colômbia - Marines e "assessores especiais" dos EUA iniciam o Plano Colômbia, que inclui o bombardeamento da floresta com um fungo transgênico fusarium axyporum (o "gás verde");
2001 - Afeganistão - Os EUA bombardeiam várias cidades afegãs, em resposta ao ataque terrorista ao World Trade Center em 11 de setembro de 2001. Invadem depois o Afeganistão, onde estão até hoje;
2003 - Iraque - Sob a alegação de Saddam Hussein esconder armas de destruição e financiar terroristas, os EUA iniciam intensos ataques ao Iraque. É batizada pelos EUA de "Operação Liberdade do Iraque" e por Saddam de "A Última Batalha", a guerra começa com o apoio apenas da Grã-Bretanha, sem o endosso da ONU e sob protestos de manifestantes e de governos no mundo inteiro. As forças invasoras americanas até hoje estão no território iraquiano, onde a violência aumentou mais do que nunca.

Na América Latina, África e Ásia, os Estados Unidos invadem países ou para depor governos democraticamente eleitos pelo povo, ou para dar apoio a ditaduras criadas e montadas pelos EUA, tudo em nome da "democracia" (deles):
Equador (1963): O presidente esquerdista Carlos Julio Arosemena Montoy é deposto e deportado para o Panamá após um golpe militar.
Brasil (1964): o general Humberto Castelo Branco e outros militares articulam um golpe militar com o apoio dos EUA.
Bolívia (1964): Victor Paz Estenssoro é derrubado por um golpe militar liderado pelo vice-presidente René Barrientos e Alfredo Ovando , comandante do exército, com a ajuda de CIA.
Argentina (1966): Arturo Umberto Illia cancelou contratos de extração de petróleo por companhias estrangeiras, reduziu a miséria, o desemprego, iniciou um plano de alfabetização e aprovou a lei do salário mínimo. Foi derrubado por um golpe militar e quem assume à presidência é o general Juan Carlos Ongania.
Bolívia (1971): O governo socialista de Juan José Torres González é derrubado por um violento golpe militar.
Equador (1972): José Maria Velasco Ibarra tentou implantar a reforma agrária, mas foi derrubado por um golpe militar.
Uruguai (1973): golpe militar.
Argentina (1976): Junta militar retira Isabel Perón do poder.
Peru (1992): Alberto Fujimori dá um autogolpe, com o apoio dos militares.
Venezuela (2002): Hugo Chávez é derrubado por um golpe militar, mas graças a militares aliados a Chavez, ocorre um contra-golpe.
Honduras (2009): Zelaya é derrubado por golpe militar.
Paraguai (2012): Fernando Lugo é derrubado por um golpe-branco, com apoio de multinacionais estadunidenses.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Assine um apelo pelo fim de Guantánamo!


Dentro de 24 horas, o presidente Obama pode, de uma vez por todas, dar o passo final para fechar Guantánamo -- a prisão mais polêmica do planeta.

Obama tem sido pressionado a responder sobre a prisão em um discurso público: mais de 100 detentos estão em greve de fome e a ONU denunciou a alimentação forçada como uma prática de tortura. Se um número significativo de nós exigir um plano de ação, Obama poderia libertar os prisioneiros que já têm autorização para ser soltos ou transferidos e nomear um oficial da Casa Branca com uma missão: fechar Guantánamo!

Estamos em um momento decisivo. Assine para exigir que Obama feche essa versão americana dos porões da ditadura e compartilhe os fatos chocantes abaixo, trazendo mais pessoas para esse apelo mundial:

http://www.avaaz.org/po/obama_shut_down_gitmo_4/?bAoacbb&v=25083

Os fatos falam por si próprios:
  • Número atual de presos em Guantánamo: 166
  • Presos com acusações pendentes: 6
  • Presos cuja liberdade imediata foi garantida, mas que continuam sob custódia: 86
  • Detentos de Guantánamo em greve de fome: 103
  • Detentos em greve de fome que foram forçados a comer: 30
  • Prisioneiros que morreram em custódia: 9
  • Crianças detidas pelos EUA em Guantánamo: 21
  • Presos julgados em um tribunal civil: 1
  • Presos sem direito à liberdade pois não podem ser julgados devido a falta de provas ou tortura: 50
  • Prisioneiros libertados pelo governo Bush: 500+
  • Prisioneiros libertados pelo governo Obama: 72
  • Custo anual da prisão aos cidadãos dos EUA: US$150 milhões
  • Dias passados desde que Obama prometeu fechar Guantánamo: 1580
  • Dias passados desde que os prisioneiros chegaram em Guantánamo: 11 anos, 4 meses, 12 dias
Durante anos, Obama culpou o Congresso dos EUA pelo fracasso de não fechar Guantánamo. Mas desde que o Congresso concedeu ao Departamento de Defesa dos EUA autoridade para permitir prisioneiros autorizados a serem transferidos para fora da prisão, o próprio Obama tem agora a chance de libertar 86 prisioneiros. E mesmo que ele precise da cooperação do Congresso para fechar a prisão definitivamente, se for essa a sua vontade, ele pode designar alguém na Casa Branca agora para mostrar ao mundo que isso é uma prioridade e que pode ser feito.

Assine agora para exigir que Obama anuncie um plano para fechar Guantánamo, e compartilhe essa campanha com todos. Vamos construir um protesto global urgente para dar um fim a essa vergonha.

http://www.avaaz.org/po/obama_shut_down_gitmo_4/?bAoacbb&v=25083

Durante a sua primeira campanha presidencial, Obama prometeu fechar Guantánamo. Essa prisão, ilegal e repulsiva, já causou sofrimento demais e alimentou a divisão e o ódio por todo o mundo. Basta. Vamos fazer com que Obama tome medidas e feche essa cicatriz que ficou na humanidade.

Com esperança e determinação,

Dalia, Joseph, Allison, Bissan, Nick, Alice, Ricken e toda a equipe da Avaaz

PS - Muitas campanhas da Avaaz foram começadas por membros da nossa comunidade! Comece a sua própria campanha agora e obtenha a vitória sobre qualquer questão, seja ela local, nacional ou global: http://www.avaaz.org/po/petition/start_a_petition/?bgMYedb&v=25040


Mais informações:

Obama abordará Al-Qaeda, drones e Guantánamo em discurso na quinta (G1)
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/05/obama-fala-sobre-al-qaeda-drones-e-guantanamo-em-discurso-de-quinta-feira-1.html

Presos de Guantánamo chegam aos 100 dias de greve de fome (Brasil de Fato)
http://www.brasildefato.com.br/node/12944

Imagem de Obama sofre com fracasso em Guantánamo (Estadão)
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,imagem-de-obama-sofre-com-fracasso-em-guantanamo,1033428,0.htm

Editorial: Ainda Guantánamo (Folha de S. Paulo)
http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2013/05/1272522-editorial-ainda-guantanamo.shtml

Manifestantes fazem protesto contra a prisão de Guantánamo na Inglaterra (G1)
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/05/manifestantes-fazem-protesto-contra-prisao-de-guantanamo-na-inglaterra.html

domingo, 19 de maio de 2013

Pensatas de domingo, o ouro e as manobras dos EUA


Para os estadunidenses, a hecatombe financeira e econômica pode estar muito próxima. A evidência maior é o esforço conjunto do Federal Reserve e suas instituições financeiras dependentes para atemorizar as pessoas e afastá-las do ouro e da prata baixando os seus preços.
Quando os preços do ouro atingiram os US$1.917,50 por onça em 23 de agosto de 2011, um ganho de mais de US$500 por onça em menos de oito meses, chegando ao clímax de uma ascensão ao longo de uma década, a partir de US$271 no fim de Dezembro de 2000, o Federal Reserve entrou em pânico. Com o dólar/EUA a perder valor tão rapidamente em comparação com o padrão das moedas do mundo, a política do Federal Reserve de imprimir US$1.000.000,00 (um trilhão) anualmente a fim de suportar os deficientes balanços dos bancos e financiar o deficit federal foi posta em perigo. Quem podia acreditar que a taxa de câmbio do dólar em relação a outras divisas quando o valor do dólar estava a entrar em colapso em relação ao ouro e à prata?
O Federal Reserve percebeu que suas compras maciças de títulos a fim de manter altos os seus preços (e portanto baixas as taxas de juros) estavam ameaçadas pela rápida perda do valor do dólar em termos de ouro e prata. O Federal Reserve estava preocupado que grandes possuidores de dólares estadunidenses, como os bancos centrais da China e do Japão e fundos de investimento soberanos de países da OPEP, pudessem somar-se à fuga dos investidores individuais dos US$ dólares, o que acabaria na queda do valor cambial do dólar e portanto no colapso dos títulos dos EUA e dos preços das ações.
As pessoas inteligentes não podiam deixar de ver que o governo dos EUA não podia permitir-se às longas e numerosas guerras que os neoconservadores estavam a engendrar ou a perda da base fiscal e do rendimento dos consumidores devida à perda de milhões de empregos da classe média estadunidense para o benefício dos bônus de executivos e ganhos de capital de acionistas. Eles podiam ver o que estava nas cartas e começaram a deixar o dólar substituindo-o por ouro e prata.
Os bancos centrais são mais lentos para atuar. A Arábia Saudita e os emirados do petróleo estão dependentes da proteção dos Estados Unidos e não querem enraivecer o seu protetor. O Japão é um estado fantoche que é cuidadoso no relacionamento com o seu mestre. A China queria agarrar-se ao mercado consumidor dos EUA, enquanto esse mercado existisse. Foram individuais as fugas do US$ dólar.
Quando o ouro chegou ao topo dos US$1.900, Washington avançou com a história de que o ouro era uma bolha. A grande mídia caiu na linha da propaganda de Washington, reforçando-a. "O ouro parecia um pouquinho borbulhante", declarou a CNN Money em 23 de Agosto de 2011.
O Federal Reserve utilizou os seus dependentes "bancos demasiado grandes para falir" para provocar um curto circuito nos mercados de metais preciosos. Através da venda a descoberto no mercado em papel de barras de ouro contra a elevação da procura pela posse física, o Federal Reserve foi capaz de rebaixar o preço do ouro para US$1.750 e mantê-lo mais ou menos coberto até recentemente, quando um esforço conjunto em 2/3 de Abril de 2013, reduziu o ouro para US$1.557 e o da prata, a qual havia-se aproximado dos US$50 por onça em 2011, para US$27.
O Federal Reserve começou o seu assalto ao ouro em, 1º de Abril (Dia da Mentira), enviando a conversa a casas corretoras, as quais rapidamente transmitiram aos clientes, de que hedge founds e outros grandes investidores estavam em vias de descarregar suas posições em ouro e que os clientes deveriam sair do mercado de metal precioso antes destas vendas. Como esta informação interna era a própria estratégia do governo, indivíduos não podem atuar de acordo com ela. Com esta operação, o Federal Reserve, uma entidade totalmente corrupta, foi capaz de combinar fuga individual com fuga institucional. Os preços das barras levaram uma grande pancada e a teimosia afastou-se dos mercados de ouro e prata. O fluxo de dólares para as barras, o qual ameaçava tornar-se uma torrente, foi travado.
Por enquanto parece que o Federal Reserve teve êxito em criar receios entre estadunidenses acerca das virtudes do ouro e da prata e, portanto, estendeu o tempo em que pode imprimir dinheiro para manter o castelo de cartas em pé. Este tempo pode ser curto ou pode perdurar uns dois a três anos.
Contudo, para os russos e chineses, cujos bancos centrais teem mais dólares que eles alguma vez quiseram, para os 1,3 mil milhões de indianos na Índia, o preço baixo do ouro que o Federal Reserve engendrou é uma oportunidade. Eles veem como uma prenda a oportunidade que o Federal Reserve lhes deu para comprar ouro a US$350-US$400 por onça a menos de dois anos atrás.
O ataque do Federal Reserve ao ouro em barra é um ato de desespero que, quando for amplamente reconhecido, condenará a sua política.
O movimento orquestrado contra o ouro e a prata é para proteger o valor cambial do US$ dólar. Se o ouro não fosse uma ameaça, o governo não estaria a atacá-lo.
O Federal Reserve está criando US$1 milhão de milhões de novos dólares por ano, mas o mundo está a afastar-se da utilização do dólar para pagamentos internacionais e, portanto, como divisa de reserva. O resultado é um aumento na oferta e uma diminuição na procura. Isto significa uma queda no valor cambial do dólar, inflação interna com o aumento dos preços de importação, uma ascensão na taxa de juro e colapso nos mercados de títulos, ações e imóveis.
A orquestração do Federal Reserve contra o ouro não pode ter êxito no final das contas. Ela é concebida para ganhar tempo para o Federal Reserve poder continuar a financiar o deficit do orçamento federal através da emissão de moeda e também para manter taxas de juro baixas e preços da dívida altos a fim de suportar os balanços dos bancos.
Quando o Federal Reserve já não puder mais emitir devido ao declínio do dólar, o qual a emissão agravaria, depósitos em bancos estadunidenses e pensões poderiam ser sequestrados a fim de financiar o déficit do orçamento federal por mais uns dois anos. Ou seja o que for necessário para protelar a catástrofe final.
A manipulação do mercado de ouro é ilegal, mas o governo dos EUA está fazendo isso de modo a que a lei não seja aplicada.
Pelos seus ataques óbvios e concertados ao ouro e à prata, o governo dos EUA não poderia dar qualquer advertência melhor de que perturbações estão a aproximar-se. Os valores do dólar e de ativos financeiros denominados em dólares estão em dúvida.
Aqueles que acreditam no governo ianque e aqueles que acreditam em desregulamentação irão se demonstrar igualmente errados. Os Estados Unidos passaram do seu limite. Em no máximo 20 anos serão um país do terceiro mundo. Já passamos da metade do caminho.