quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Uma guerra se ganha com pequenas vitórias


Por maioria, a Assembleia-Geral da ONU reconheceu nesta 5ª feira a Palestina como um Estado “observador não membro”. A decisão eleva o status do Estado Palestino perante a organização e significa uma importante vitória política para os palestinos.
A resolução foi aprovada com 138 votos dos 193 da Assembleia-Geral. Houve nove votos contrários (1) e 41 abstenções.
O status de Estado observador, semelhante ao do Vaticano, não garante direito a voto e fica aquém do reconhecimento pleno, que transformaria a Palestina no 194º membro da organização. Desde a entrada na ONU, em 1974, os palestinos eram representados pela OLP (Organização para Libertação da Palestina), que tinha o status de entidade observadora.
Perante as delegações, o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, afirmou que a mudança solicitada pelos palestinos nesta quinta é a "única chance de salvar a solução dos dois Estados". Para Abbas, a operação realizada pelo Exército de Israel contra a faixa de Gaza, há duas semanas, que matou quase 170 palestinos, é um "doloroso lembrete" de que a solução de dois Estados é "uma escolha muito difícil, se não impossível".
Muito aplaudido, ele disse ainda que não aceitará "nada além de uma Palestina independente", que viva ao lado de um Estado judeu. "Não acho que isso seja terrorismo." 
  
O importante é que esta batalha foi ganha.

1. Entre eles o dos Estados Unidos...


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Há algo de podre no reino...




No mais recente escândalo envolvendo atividades ilícitas do governo d’El Rei Dom Lula I, a ex chefe de gabinete em São Paulo Rosemary Noronha, exonerada do cargo na 2ª feira após ter seu nome envolvida em um escândalo de tráfico de influência - que originou a operação “Porto Seguro”, realizou ao menos 23 viagens internacionais durante o seu governo. Por esses deslocamentos, ela recebeu mais de R$ 49 mil, sem contar seu salário, que era de R$ 11 mil mensais.
Veja o cronograma das viagens:
    
    
Deflagrada no dia 23, na semana passada, a operação ”Porto Seguro”, investiga um esquema de favorecimento de interesses privados em processos públicos. Entre os órgãos envolvidos neste grande escândalo (que estão tentando “blindar” de todas as maneiras possíveis), estão: as agências nacionais de Águas (ANA), de Aviação Civil (Anac), e de Transportes Aquaviários (Antaq), alem da Advocacia Geral da União (AGU), da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), do Tribunal de Contas da União (TCU), da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e do Ministério da Educação (MEC).

A prova final de que o PT é mesmo, como diria Leonel Brizola, a UDN de tamancos e macacão!


terça-feira, 27 de novembro de 2012

Susto!

Estava ontem na internet, e de repente “Novas Pensatas” saiu do ar. Ao tentar conectar surgia um aviso (imagem abaixo) que me deixou prontamente temeroso de ter novamente perdido um blogue, pois já acontecera anteriormente com o primeiro “Pensatas” em 2008, um estranho –e até hoje– inexplicável sumiço de tudo o que havia publicado durante dois anos de trabalho; que felizmente não perdi totalmente porque faço backups de tudo o que escrevo.

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Naquela ocasião, alguns comentaristas de extrema direita mandavam mensagens ofensivas e ameaçadoras referentes a uma série de postagens que havia feito sobre as forças armadas privadas, como a Blackwater que agiam à vontade, principalmente no Iraque com ações criminosas que matavam civis indiscriminadamente sob os auspícios do governo estadunidense.
Ainda ontem, logo em seguida, começaram a acontecer problemas semelhantes e o mesmo erro (502) em outras páginas do Google, inclusive no meu e-mail, e conclui que deveria ser um problema específico com este provedor. Reiniciei o computador e o problema persistiu... Somente após desliga-lo e religar, uns cinco minutos depois, tudo voltou ao normal.
Respirei aliviado. Mas havia passado por um grande susto!


 

Tempo de cinemas



O cine Palácio sobreviveu até uns cinco anos atrás...

Meu primo, o Professor André Setaro (1), para além de ser um dos maiores conhecedores de cinema deste país, tem opiniões e comentários interessantes sobre o tema. Ou melhor dizendo, sobre os temas... Pode parecer confuso, mas refiro-me a cinema como expressão da chamada 7ª Arte, como tambem cinema: a sala de exibição.
André tem por hábito comentar o quanto os cinemarks da vida são parecidos. No que ele tem toda razão. Os cinemas do Shopping Leblon são iguaizinhos aos seus similares na Tijuca. Apesar de serem de redes diferentes, mas a verdade é que são muito semelhantes. Daí fica difícil memorizar onde se viu um determinado filme.
  
Porem, houve um tempo em que os cinemas eram muito diferentes um do outro. Não se confundia o Roxy com o São Luis, apesar de serem ambos de Luis Severiano Ribeiro. Ou os Brunis... Por exemplo, o Bruni Flamengo era totalmente diferente do Bruni Ipanema, que por seu lado não tinha nada a ver com o Bruni Copacabana.
Daí, ficava mais fácil lembrar onde se viu um determinado filme. E isto, em nossas memórias, perdura através dos tempos. Lembro que assisti “Os 10 Mandamentos” no Ópera. E isso quando eu tinha uns 13 pra 14 anos. E “A Volta ao Mundo em 80 Dias”? Vi no Vitória; “Cinzas e Diamantes” no Paissandú... “2001, Uma Odisséia no Espaço”, claro que no Roxy. Todos os filmes do Elvis Presley e Tarzan no Metro Copacabana, ou “A Doce Vida” no Art-Palácio, tambem Copacabana.
  
Se fosse continuar enumerando aqui encheria duas laudas com essas recordações. Todas de minha infância (“Pinóquio” no Astória), préadolescência, adolescência ou início da fase adulta, admito, já bem longínquas.
De alguns anos pra cá, já ficou meio difícil lembrar onde vi este ou aquele filme. Pelo simples fato que as salas de exibição são clones umas da outras. E o pior, dos cinemas de rua, sobram apenas o Odeon, o Roxy e o Leblon. Bom, pode até haver algum em local mais distante, mas esse eu nem conheço...
  
Concluindo: houve um “tempo de cinemas” marcantes e diferenciados. Salas gigantescas como o São Luis, no Largo do Machado e o Olinda na Tijuca. Ou muito pequenas, como o Alvorada, no Posto Seis. Elas faziam a diferença.

1. André é professor de cinema na UFBa, crítico da Tribuna da Bahia e escreve semanalmente sobre cinema no Terra Magazine e em outras publicações na web, tendo tambem um blogue, o "Setaro's Blog" (link ao lado).