segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Tremendão

De todo aquele “povo” da Jovem Guarda, o único que se salva é o Erasmo. Sério! Roberto Carlos, se for rei de alguma coisa, está mais próximo da esdrúxula e aleijada (1) criatura conhecida como Clopin Trouillefou o “rei dos mendigos” em “Notre-Dame de Paris” de Victor Hugo.
O resto é o rebutalho do que foi o movimento... Por si só um rebutalho social, alienado, instrumento da reação e dos militares no combate a ideias que a MPB difundia através das músicas de protesto, na tentativa de conscientizar seus ouvintes.
Ora, Erasmo – o Tremendão – constitui-se numa exceção. Pelo menos, com o correr do tempo a mostrar uma maior transparência comportamental, bem como uma qualidade musical mais apurada.

(1) Não sou e nem quero ser “politicamente correto”... Roberto Carlos é perneta mesmo!

... da Tribuna da Imprensa

"O insensato Marco Aurélio Garcia, o irresponsável Ministro Celso Amorim, o inacreditável presidente Lula, os golpistas dos dois lados, colocaram Honduras à beira do tumulto, conseguirão escapar da guerra Civil?"

Este título do Helio Fernandes nesta segunda feira é uma das maiores conclusões que já li sobre o caso Zelaya...
Leia em http://www.tribunadaimprensa.com.br/?p=3708

domingo, 27 de setembro de 2009

Oficina de Cinema


Quem morar ou estiver em Salvador durante o período acima (para aumentar, clique na imagem), não pode perder a Oficina de Cinema, cuja programação completa encontra-se em link no final desta postagem.
Mas sobre o Professor André Setaro, pode-se acrescentar – além de seu excelente blogue de cinema –, que após ser graduado em Direito pela Universidade Federal da Bahia (1974 fez mestrado em História e Teoria da Arte pela Escola de Belas Artes, também na mesma Universidade (1998).
Atualmente é professor de Cinema na Universidade Federal da Bahia.
Crítico cinematográfico do jornal Tribuna da Bahia com uma coluna diária de crítica cinematográfica entre 1974 e 1994, ano em que passou a escrever semanalmente para o jornal baiano.
Colaborador do Suplemento Cultural do jornal A Tarde, onde publica ensaios e críticas sobra a 7ª Arte, é também colunista cinematográfico no portal Terra, publicando todas as terças feiras críticas e comentários no Terra Magazine.

http://setarosblog.blogspot.com/2009/09/nova-oficina-elementos-de-apreciacao.html

Dominicais

O mais novo membro da família, a encantadora Dalila (4 meses) que amanhã completa seu primeiro mês conosco.
......
Vivi uma Salvador, ou melhor dizendo, uma Bahia (1) barroca. Numa época em que Pituba era um lugar longe demais. Basta dizer que tinha uma tia que ia àquela praia para fazer topless. De uma Nazaré, símbolo da urbanidade latina, um lugar habitável, gostoso, um tanto quanto provinciano, mas como é bom o ar da província! Dali, descíamos a pé em direção da Baixa do Sapateiro, atravessando-a, subindo ladeiras tortuosas até alcançar a Praça da Sé. Reparem bem, da Sé, não da Catedral, ponto central de um Centro Velho que se dividia entre Cidade e Comércio, em outras palavras: Cidade Alta e Cidade Baixa.
Isto, há cerca de 45 anos atrás, quando a primeira capital do Brasil tinha pouco mais de 500.000 habitantes. Quer dizer, uma cidade populosa, mas ainda habitável, suportável, com resquícios de um convívio humano e “civilizado”. E uma latinidade evidente, mesclada pela negritude dos abarás, candomblés e capoeiras, numa fase pré-axé.
Tenho saudades daquilo tudo. De meus primos a caminhar comigo pelas tardes em busca de cinemas e noite adentro a caça de novas emoções. Duros, estudantes com o dinheiro contado, mas tantas vezes frequentando as casas noturnas de danças e meretrizes, as boates, os cabarés. Muitas vezes tendo que sair às pressas sob pressão de algum gerente mais exigente que não permitia menores no recinto.
Na primeira vez que lá voltei, depois que mudei – ainda criança – para o Rio de Janeiro, encantei-me tanto com tudo aquilo que pedi a meus pais que me transferisse para um colégio local e ficasse por lá. Visto concedido, fui estudar no Severino Vieira, no próprio bairro de Nazaré (aliás, na entrada da praça do mesmo nome) onde estudei por seis meses. Obriguei-me a sair de lá por encontrar uma professora de matemática que era um terror, logo na matéria que eu mais tinha horror.
A segunda, mais traumática, mas nem por isso menos gostosa. Perseguido pelos militares após quase dois anos de militância política, fui me esconder em fazendas de parentes amigos onde fiquei por um bom período. Mas, depois de algum tempo, lá estava eu, no aconchego da casa de minha avó... Em Nazaré. Pertinho de meus primos e primas, de minhas tias, das velhas tias-avós no final de seu curso vital, mas ali... No útero de minha existência.
O barulhinho do entroncamento do bonde, no 191 da Avenida Joana Angélica, onde moravam algumas de minhas tias, era algo que me levava a um passado distante, pois ali, quando meus pais se casaram, vivi meus primeiros momentos. Talvez viesse naquele ruído, uma recordação das mais antigas que poderia ter.E o “Jogo do Carneiro”? Por incrível que pareça era o nome de uma rua. Ali perto, os papos entre meu primo André, eu e um conhecido, num bar em que bebíamos uma cervejinha e comíamos uns sandubas como tira-gosto, trocando idéias sobre Bergman, Brecht e Marx.
Na esquina da Júlio Barbuda, a rua em que minha avó morava, bem no topo da ladeira, uma baiana preparava acarajés no mesmo local em que também se deliciavam milhos torradinhos na brasa, amendoins cozidos e deliciosos saquinhos de umbu, aquela fruta que só provando sabe-se o quanto é saborosa.
Fora as festas de carnaval. O lendário carnaval baiano dos tempos em que trio elétrico era exatamente isso. Um caminhãozinho com três sujeitos tocando músicas seguido pela multidão na Avenida Sete, cheia de cadeiras que as famílias colocavam para sentar-se e assistir ao espetáculo. O mesmo carnaval dos bailes à noite nos melhores clubes da cidade. O mesmo carnaval em que saíamos de “careta” (mascarados) a brincar com os conhecidos, voz de falsete para não sermos reconhecidos. Ou amanhecíamos, sol na cara, estendidos na praia do Porto da Barra, fantasiados de qualquer coisa que nos embalara nas festas da noite anterior. No Bahiano de Tênis, no Iate ou na Associação Atlética.
E as idas ao ICBA (Instituto Cultural Brasil Alemanha) no Corredor da Vitória, onde assisti grande parte dos filmes do Expressionismo Alemão, quando era difícil se conseguir isto, pois não existia vídeo, muito menos DVD e outras facilidades de hoje em dia. Era uma época em que se tinha que correr atrás dos clássicos em exibições especiais, que geralmente eram únicas.
Tudo isto fez parte de uma velha Bahia barroca, única, inesquecível, na qual havia uma boa atividade cultural, no momento em que surgiam Glauber, Gal, Caetano e outros talentos. E que eu tive a feliz oportunidade de conhecer e da qual jamais me esquecerei.

(1) o bahiano, não se refere à cidade como Salvador, mas como Bahia mesmo.

sábado, 26 de setembro de 2009

Se correr o bicho pega... Se ficar...

As Organizações Globo (seu pasquim incluído) são responsáveis pela maior máquina de alienação jamais montada neste país. Roberto (que o diabo o tenha) Marinho foi aliado dos militares, representante do imperialismo ianque e implantou o que hoje é a Rede Globo com o apoio ostensivo do grupo Time-Life.
Hoje, os Marinho estão finalmente ameaçados em sua hegemonia absoluta do monopólio televisivo. Mas por quem? Pelo bispo Macedo, o poderoso chefão da Igreja “Católica” (1) do Reino de Deus. Uma situação difícil. Torcer pra quem? Não se sabe o que é pior.
Poucas coisas me fariam mais feliz do que assistir à derrocada final do império de comunicação que mais fez (e ainda faz) mal a este país, apoiando e acobertando governos totalitários que assassinaram milhares de brasileiros da forma mais cruel. Ou, passados aqueles anos de chumbo, sempre a apoiar os políticos mais nocivos ao Brasil, chegando ao ponto de ser um veredicto do tipo “se a Globo apoiou, pode saber que não presta”.
A questão é a grande incógnita que representa o seu oponente principal. Nada é perfeito.

(1) Católica significa “Universal” em latim...

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Doença do capitalismo não tem cura (2)

No dia 14 do corrente publiquei neste blogue uma matéria com o mesmo título desta. Pois bem, cinco dias depois li (1) que “a crise financeira e econômica global está longe de ser superada e os riscos permanecem apesar de sinais positivos.”
A afirmação é de Yves Mersch – membro do Conselho do Banco Central Europeu e presidente do Banco Central de Luxemburgo –, sobre os riscos de manutenção da política de juros baixos, pois o BCE manteve a taxa de juros nos 16 países da zona do euro em um recorde de baixa (um por cento no mês de setembro).
"A crise não acabou. Problemas ainda são possíveis", declarou Mersch a uma estação de rádio de Luxemburgo.
E continuou: "Se as coisas estão melhores no momento, isso é por conta das intervenções fiscais e monetárias e também das medidas de liquidez, e ainda é preciso se saber como os bancos vão passar sem essas medidas".

(1) em reportagem assinada por Michele Sinner da Agência Reuters

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Uessan

É interessante lançar o termo "Uessan" em inglês pra que, algum dia, eles se deem conta de que não são exclusivamente os Americanos...

De gafes, avanços e recuos

Romário filiou-se ao PSB e declarou publicamente estar satisfeito em entrar para um partido sério... Como o PSDB. Apesar de prontamente corrigir o “ato falho”, esta ficou para a história. E com algumas agravantes: primeiro, o quê que o “Baixinho” quer com a política? Segundo: será que o PSB ainda se considera um partido político? Bom, depois que o Garotinho passou por lá, só faltava mesmo essa! Ééécaaa!

Enquanto isso em São Paulo, estudantes da USP e da PUC-SP fizeram um protesto contra Sarney. Após desfilarem por praças e avenidas no centro da cidade, vestiram estátua numa praça, com camiseta e a inscrição “Fora Sarney”. Pelo menos alguém ainda tem vergonha neste país de memória curta. Acho até que deveria haver um novo verbo “sarneizar”, cujo significado não necessita muito esforço para saber o real significado.

E por falar nessa coisa repugnante, seu filho, o empresário Fernando Sarney foi flagrado em escuta telefônica dizendo textualmente que põe e tira quem quiser do Senado, referindo-se a uma vaga no gabinete do senador Epitácio Cafeteira. Quem sai aos seus não degenera. Não foi encontrado pelos jornalistas. Simplesmente sumiu do mapa e deve estar em algum lugar da província mais atrasada do país. Pobre Maranhão...

E o “Dia Mundial sem Carro”? Alguém viu por aí?

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Mais um que não sabia de nada!

Li a matéria, cujos trechos transcrevo adiante, no Jornal do Brasil de 5ª feira, 17 (assinada por Camilla Lopes), com o título: “Cesar Maia não sabia que Cidade da Música tinha irregularidades”:
“Aparentando tranquilidade, o ex-prefeito Cesar Maia disse nesta quinta-feira, após depor na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, que cabia ao Inea (Instituto Estadual do Ambiente) o trabalho de fiscalizar a parte ambiental na construção da Cidade da Música, chamada por ele de ‘Taj Mahal’ carioca...
... O ex-prefeito foi convocado para depor no inquérito aberto pela DPMA que será encaminhado ao Ministério Público Estadual. A delegada Juliana Amorim já ouviu duas empreiteiras, o engenheiro chefe da obra, Luiz Severino Machado, e o arquiteto francês Christian Portzamparc.
O inquérito da DPMA aponta a falta de dois relatórios fundamentais para uma obra do porte da Cidade da Música: os de impacto viário e urbano. Os dois relatórios apontariam as possíveis modificações que o empreendimento traria ao trânsito e à comunidade do entorno.
Segundo o agente responsável pelo inquérito, que pediu para não ser identificado, caso o Ministério Público aceite a acusação, Maia será o principal responsável, já que foi ele o idealizador do projeto.
Mas o ex-prefeito, que exaltou o trabalho da delegacia, garantiu que tudo o que acontece é ‘muito bom’ para ele mesmo...”

Não é nem “se a moda pega”. Pelo jeito “não saber de nada” é um surto entre as “autoridades” brasileiras, lançada pelo Sr. “Mula” (1) da Silva.
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(1) Mula é um copyright de André Setaro.

domingo, 20 de setembro de 2009

Domingueiras

Detalhe de um chopinho bem tirado na Adega Pérola. Fiz esta foto para o Professor André Setaro publicar no seu blogue, mas não resisti e coloquei aqui nesta “pensata” para que comecemos o domingo apreciando as boas coisas da vida.

Novelas... O moto contínuo...
Acabou “Caminho das Índias”, começou outra qualquer, nem sei o nome. A questão é que novelas são substituídas de imediato e empurradas goela adentro do telespectador, que a princípio rejeita a nova, mas depois, a pouco e pouco, as pesquisas e o marketing vão transformando em sucesso.
E a história se repete, num moto-contínuo...

Dia 22 de setembro. O Dia Mundial sem Carro
Domingo passado estava a falar de carros e poluição (1) numa dessas “pensatas” da vida. Pois bem, 3ª feira desta semana é o Dia Mundial sem Carro. Um apelo à preservação da espécie humana neste planeta.
Entretanto, pensei o quanto será um fracasso nesta terra de ninguém chamada Brasil, onde os oportunistas e sarneys da vida proliferam, onde poucas coisas além do futebol e do carnaval são levadas a sério, onde a meta das pessoas é adquirir um carrinho último tipo. E, principalmente, onde as consciências política e coletiva não existem. At last, onde os movimentos de massa são manipulados pela grande imprensa e pelas classes dominantes somente em prol de seus interesses.
Vamos ver... Faltam apenas dois dias para conferirmos.

De Goethe a Oscar Wilde
Fausto vendeu a sua alma a Mefistófilis em troca da imortalidade. Dorian Gray, a Lúcifer pela eternidade de sua beleza.
Quando olho ao meu redor, vejo quantos Faustos e Dorian Grays existem neste mundo de hoje. Os primeiros esses velhos que querem se perpetuar à base de remédios, e os segundos as dondocas de 80 anos que querem parecer ter 40. No máximo.
Por isso mesmo sou a favor do chope (foto acima), da pinga, do jabá com jerimum, do torresmim e concluo que cada um de nós tem a sua hora... Seja lá quando será, e enquanto isso a gente vai levando da melhor maneira possível.
Porque segundo Fausto, “Temos necessidade justamente daquilo que não sabemos e sabemos aquilo que não temos necessidade de utilizar.” (2)

(1) Fiquei de mandar um e-mail para organizações nacionais e internacionais com um texto sobre o fato, inclusive em inglês. Enviei para várias, como “Green Peace” e o” Movimento Respira São Paulo”, num total de mais de 15, uma delas na China.
(2) p.38 da obra de Goethe.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Andando para trás

Está sendo bastante discutido e até taxado como retrógrado o acordo Brasil-Vaticano assinado em novembro de 2008. Principalmente no tocante à educação, pode-se considerar a inserção do ensino religioso em escolas públicas um retrocesso à independência adquirida pelos Estados laicos. O documento pode ser a garantia uma espécie de reserva de mercado aos católicos, que teriam preferência no ensino religioso das escolas públicas.
Isto tudo no Brasil, país multirracial e que tem cidadãos das mais variadas formações religiosas, que devem ser respeitadas em suas particularidades.
É um absurdo que em pleno século XXI possa estar acontecendo isto entre lideranças que dizem querer se modernizar, dirigidas por um presidente que diz querer estar atualizado com o mundo de hoje e pertence a um partido que se diz de esquerda, porque na verdade um acordo deste com uma das instituições mais totalitárias da humanidade é estar dando passos largos para trás.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Pobreza aumenta nos EUA

A taxa de pobreza nos Estados Unidos atingiu em 2008 o maior nível, uma vez que a pior recessão desde a Grande Depressão tirou milhões de norte-americanos do mercado de trabalho, mostrou um relatório do governo no dia 10 de setembro.
O Census Bureau informou que a taxa de pobreza (percentual de pessoas vivendo nessa condição) saltou de 12,5% em 2007 para 13,2%. Isto significa que 39,8 milhões de norte-americanos estão vivendo na pobreza. O relatório também mostra que o número de pessoas sem seguro médico nos EUA aumentou para 46,3 milhões em 2008.
Segundo o estudo, o aumento no número de pessoas sem cobertura de saúde em 2008 – o primeiro ano completo de recessão após seu início em dezembro de 2007 – se deve à contínua perda de empregos nos EUA, onde a maioria dos trabalhadores recebe o plano de saúde embutido em seus salários.
É previsto também que a taxa de pobreza crescerá novamente neste ano e em 2010, à medida que o desemprego permanecer elevado, alertam analistas.
Quanto à falta de cobertura médica, o número de 46,3 milhões de pessoas em 2008 apontado pelo governo dos EUA não inclui quem perdeu o plano de saúde ao ficar sem emprego no final do mesmo ano. A cifra comumente usada na imprensa local fala em mais de 47 milhões.
A presidente do Comitê Econômico Conjunto do Congresso, a democrata Carolyn Maloney, disse que o relatório é resultado da "década perdida” por culpa das fracassadas políticas econômicas da administração do ex-presidente Bush.
As consequências de não fazer nada "são graves e, no que se refere a nossa economia, há muita coisa em jogo", advertiu a congressista.

domingo, 13 de setembro de 2009

Pensatas de domingo

Toda vez que um sujeito qualquer, em qualquer lugar do planeta, liga o motor de um automóvel, moto ou qualquer outro tipo de veículo movido a energia fóssil, ele está transformando muitos que são alcançados pelos gases tóxicos emitidos nesta simples ação em um “aspirante passivo” de monóxido de carbono e óxido de nitrogênio, responsáveis pela formação de partículas tóxicas e compostos fotoquímicos na atmosfera.
É necessário iniciar uma campanha no sentido de convencer o cidadão comum que ele está sendo um assassino em massa sem saber.
Nota: Assim como estou a publicar esta matéria no blogue, enviarei uma carta para organizações anti-poluição no Brasil e em outros países.

Sexta feira, li em algum sítio na rede que ainda este mês vão inaugurar um grande bar em São Bernardo do Campo. Aliás a notícia se referia ao “maior botequim” da região. Isto me fez lembrar que quando estive lá por três meses em 2004 a fazer campanha política, fiquei surpreendido com a qualidade dos bares e restaurantes daquela cidade do ABC paulista. Como o “Torá”, um japa de primeira que ficava ao lado de nosso hotel. Ou a “Cachaçaria Água Doce”, onde, apesar do nome, não se bebe apenas uma boa pinga.
Na avenida Kennedy, uma das principais da cidade, existem pelo menos uma dúzia de bares, pizzarias e restaurantes de excelente categoria, chope de primeiríssima e tira-gostos idem. Embaixo de nosso QG havia o “Bar Central”, decorado ao estilo dos anos 50. Às vezes tomávamos unszinhos ali, na hora da saída... Ao lado deste a “Bariloche”, uma sorveteria e doceria que não tinha hora certa para se ir, pois a todo instante alguém dava um pulinho por lá. Conheço poucas iguais aqui no Rio de Janeiro.
Fora alguns pontos para além deste miolinho da avenida acima citada e do centro da cidade, onde tem um restaurante especializado em comida paulista (e brasileira), cujo ponto alto é o mocotó, além de caldinhos de babar. Fomos almoçar num bar (a céu aberto), que não anotei o nome nem o bairro onde estava, onde se saboreavam grelhados excelentes dos mais variados tipos de carne. Graças à indicação de nossa colega Sumire (a Su), que sempre morou na região e conhece esses particulares “segredinhos” locais.

Tenho apregoado o voto nulo para cargos majoritários. Nas últimas eleições para prefeito e governador, anulei meu voto com um orgulho do qual não me arrependo só em testemunhar as desastrosas e asquerosas administrações dos vitoriosos.
Por outro lado, quanto mais vejo Cristóvam Buarque, mais gosto de sua coerência em torno da questão educação e de sua dignidade postural num Senado dilapidado por escroques da pior categoria. Justas exceções também a Pedro Simon, Eduardo Suplicy e talvez mais um ou dois de quem não me recordo o nome no momento.
Recentemente, Cristóvam afirmou em entrevista à Agência Estado que seu desejo é encabeçar uma chapa à Presidência da República pelo PDT, como fez em 2006. "Tem me animado bastante a hipótese de ser candidato à sucessão", disse então.
Aproveito para declarar neste blogue, da forma mais aberta possível, que voto em Cristóvam Buarque de olhos fechados, caso o PDT o mantenha candidato, como nas últimas eleições, em que infelizmente votei no Sr. da Silva nos dois turnos.
O nome é Cristóvam, caso contrário é voto nulo!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Remember september eleven

O presidente estadunidense Barack Obama (o afro american de alma “ariana”) disse hoje em discurso no Pentágono, que os EUA "nunca irão ceder na perseguição à Al Qaeda".
É mesmo uma questão de acerto de contas. O império, naquele 11/09/2001 viu que pode ser alcançado e ferido, sentiu-se vulnerável em seu “complexo de intocabilidade”. E quanto mais eu penso nisso, mais eu digo “bem-feito!” e valorizo a ação daqueles que cometeram o ato, sejam lá quem tenham sido, tenham tido os motivos que tiveram... Concorde ou não com as suas ideias.
E não adianta dizer que morreram mais de duas mil pessoas no incidente. Os Estados Unidos matam bem mais do que isto de inocentes criancinhas por hora ao redor do planeta, principalmente neste pobre terceiro mundo, em que vivemos. Foi também um acerto de contas. Às avessas.

Doença do capitalismo não tem cura

Enquanto se alardeia que a crise está no final o ex-presidente do Fed (Federal Reserve) Alan Greenspan (1), em entrevista à BBC, afirmou que o mundo muito em breve sofrerá uma outra muito séria.
"A crise acontecerá novamente, mas será diferente", disse ele ao programa Love of Money, da emissora BBC Two. Segundo Greenspan, a nova crise viria como uma reação a um longo período de prosperidade.
As declarações do ex-presidente do Fed coincidem com o aniversário da quebra do banco de investimentos americano Lehman Brothers, que desencadeou a atual crise financeira global.
Greenspan afirmou ainda que a crise atual foi desencadeada pelas negociações das hipotecas subprime nos EUA, quando empréstimos foram liberados a pessoas com histórico de crédito não muito bons, mas ele afirmou que qualquer outro fator poderia ser o causador do problema.
Greespan alertou também que as instituições financeiras deveriam ter observado que uma crise estava a caminho. "Os banqueiros sabiam que estavam envolvidos em um risco de subavaliação e que em algum ponto uma correção seria necessária", disse.

(1) Alan Greenspan foi o presidente do Fed por 18 anos.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Foi feriado de quê mesmo?

Segunda feira foi o dia da independência. Foi? E daí? Dizendo assim, de forma tão clara parece anti-nacionalista e desdenhoso. Mas o pior é que é a pura verdade. Só que ninguém o diz... Apenas pratica. Será que alguém que esteja a passar o feriado na praia ou na montanha vai se lembrar de brindar a D. Pedro a sua atitude que gerou o nosso desligamento da coroa portuguesa?
Não quero entrar no mérito de como foi o fato em si, quero dizer, os momentos que sucederam ao que recebeu a carta, a leu e limpou-se com ela – segundo as más línguas. Quero apenas lembrar que a independência do Brasil é uma presopopéia montada passo a passo e definitivamente romantizada pelo quadro de Pedro Américo; que substituiu um jumento qualquer por um refinado cavalo de raça.
Nossa independência não tem muito a ver com o povo. Houve poucos focos de resistência portuguesa, a maior delas na Bahia que comemora a sua independência no dia 2 de julho com muito mais emoção e participação popular. Porque naquele dia, em 1823 os baianos viram os seus ex-colonizadores e suas tropas, baterem em retirada. Da mesma forma, na América inteira houve luta, contra espanhóis, ingleses ou franceses...
No Brasil aconteceu praticamente uma sucessão ao trono. Do tipo “o rei foi embora! Viva o imperador!” Imperador este que denominou-se Pedro I e depois de alguns anos voltou à sua terra natal (Portugal), onde coroado Pedro IV foi garantir o poder à sua filha Maria (1) o poder ameaçado pelo seu primo Miguel.
Esta a razão da falta de uma memória de nossa independência, somente festejada burocraticamente com alguns desfiles pelas autoridades. A nós, o povo, resta assisti-los. Quando o fazemos, claro... Até porque este ano apenas a TV Brasil transmitiu o evento.

(1) Esta a única rainha portuguesa nascida no Brasil.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Filmes polêmicos em Veneza

No domingo toquei no assunto Hugo Chávez x EUA. O documentário "South of the Border", de Oliver Stone (1), dedicado ao presidente venezuelano, foi aplaudido por vários minutos ao ser exibido (fora de concurso) no Festival de Cinema de Veneza.
Para questionar o pensamento anti-Chávez, difundido pelo governo estadunidense e pela imprensa daquele país, Stone foi à Venezuela, ao Equador, à Bolívia, Cuba, Brasil, Paraguai e Argentina, onde conversou com os respectivos presidentes. O filme mostra que este grupo de governantes tenta seguir os passos do venezuelano.
Também a exibição do documentário "Capitalism: A Love Story", de Michael Moore repercutiu o que se poderia esperar do diretor de "Tiros em Columbine" e "Fahrenheit 11 de Setembro".
O foco do filme é a crise econômica que abalou o capitalismo em 2008, provocando a quebra de instituições financeiras e a falência não só de empresas, como de pessoas físicas que perderam suas casas, nos EUA, impossiilitados de poder pagar as suas hipotecas.
O cineasta propõe que cada uma das pessoas que assistir ao filme também se rebele, seguindo os exemplos de trabalhadores que ocuparam indústrias desativadas ou alguns moradores que reocuparam suas casas, desobedecendo às ordens de despejo. Moore diz claramente que os EUA hoje "não são" o país que Franklin Roosevelt propunha.

(1) Oliver Stone, ganhador de dois Oscar’s como melhor diretor, realizou, entre outros, “Platoon” (1986),” Nascido em 4 de julho” (1989),” JFK” (1991) e” Alexandre” (2004).

domingo, 6 de setembro de 2009

Pensatas de domingo

Estava eu na semana passada a andar pela Domingos Ferreira, quase esquina de Barão de Ipanema, em Copacabana, quando dou de cara com o Braseiro, um galeto antigo. Fui lá pelos idos dos 1960, numa noite, quando zanzava pela cidade com meu primo Alberto, de Salvador. Ali, saboreamos um galetinho bem passado regado a bem tirados chopes.
Deu-me nostalgia, mas era um pouco cedo para almoçar (cerca das 10h30m) e o estabelecimento nem abrira as portas ao público. Mesmo assim, olhei o seu cardápio exposto na entrada e anotei seu telefone. Passei um e-mail pro meu primo e vou voltar lá uma hora dessas.
E, por acaso, aquele pedaço de Copa tem umas coisas antigas e de qualidade. Um boteco, mas boteco mesmo (decentíssimo) de galegos, a pizzaria Caravelle, um restaurante árabe de boa qualidade e o primeiro Bob’s da cidade. O Bob’s daquele tempo em que só empregava portugueses que gritavam o seu pedido: “Salta aiê um quechooorrooo queeente!”. Tempinho bão!

Zelaya continua deposto, à margem do poder legalmente conquistado. Se os ianques, como apregoam, são tão a favor dele, por que os “marines” – como de costume – não vão defender a “democracia” e garantir a sua volta à presidência?
São as duas caras do goveno Obama, que está a transformar o Afeganistão em um novo Vietnã. Ou ainda mais grave no que foi o Afeganistão para os macedônios de Alexandre na antiguidade, para os britânicos no século XIX ou os soviéticos no XX.
Tudo porque o Estado terrorista estadunidense comandado pelo “negro de alma branca” quer exterminar seu inimigo público nº 1, o quase xará Osama. Obama é um “Bush em pele de Martin Luther King”.

O Rio de Janeiro foi eleito pela revista Forbes como a cidade mais feliz do mundo. Na pesquisa, desbancamos cidades como Sydney (Austrália) e Barcelona (Espanha). Novidade? Nenhuma. O povo carioca, com toda a contra-propaganda sobre violência é fruto da inveja de paulistas, cujo índice de infelicidade está exposto no seu trânsito neurótico e na expressão (angustiada) de sua população.
"Belas imagens de jovens dançando e montanhas dão o tom de beleza do Rio. Não podemos esquecer que a cidade é a terra do carnaval", descreve a revista, que estampa uma foto do jogador Adriano, no dia do seu retorno ao Flamengo.
Segue o resultado do ranking da Forbes sobre a felicidade em cidades do mundo: 1º - Rio de Janeiro (Brasil); 2º - Sydney (Austrália); 3º - Barcelona (Espanha); 4º - Amsterdã (Holanda); 5º - Melbourne (Austrália); 6º - Madri (Espanha). 7º - São Francisco (EUA); 8º - Roma (Itália).; 9º - Paris (França); 10º - Buenos Aires (Argentina).

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, afirmou na última sexta-feira que a jornada mundial de protestos contra ele foi um "fracasso" e que a CIA está por trás da mobilização (alguém duvida disso?).
Houve protestos em vários países, a destacar Colômbia, Honduras e Estados Unidos, contra a suposta ingerência do líder venezuelano, em resposta a uma convocação batizada de "Não Mais Chávez", lançada nas redes virtuais Facebook e Twitter, mas a maioria das manifestações, pelo que foi divulgado, reuniu pouca gente. Inclusive em Caracas onde houve duas. Uma contra e outra a favor.
Chávez, por ser o único presidente americano que protesta e desafia abertamente os Estados Unidos, tem sido alvo constante de uma campanha de ridicularização e desgaste por parte da mídia estadunidense, a mais poderosa do mundo. Além do mais, ele não fez nenhum curso na Jonhs Hopkins University. Em outras palavras, não tem o “rabo preso” com a CIA e o império.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Tá tudo errado!

Notícia lida na Folha Online de ontem diz que “Carros novos de passeio e de passageiros terão de sair das fábricas emitindo 33% menos poluentes, em média, a partir de janeiro de 2013 (1), no caso dos veículos movidos a diesel (caso dos utilitários, como Picape S10 e Ford Ranger), ou de janeiro de 2014, no caso dos que são movidos a gasolina e álcool...”

Quando digo que tudo está sendo tratado de forma completamente equivocada, não é à toa. O cigarro está sendo o “bode expiatório” para desviar a atenção do grande agente poluidor e causador de câncer de pulmão e outras doenças que nos assolam. No entanto é o motor a explosão (2) é que teria que ser proibido de circular.
Falando assim parece uma “porralouquice”. Mas a verdade é que, apesar de ser praticamente impossível – pelo fato de toda a sociedade humana ter-se estabelecido em função deste tipo de tração – seria o ideal. Pelo menos, e de imediato, para o transporte individual. A verdade é que toda a frota teria que ser substituída pela tração elétrica o mais rápido possível.
A notícia transcrita nesta postagem mostra apenas a ponta do iceberg. Uma lei branda e prazos de uma elasticidade colossal; como todas as medidas que estão a ser tomadas em outros países. Isto porque, tal e qual o Dr. Frankenstein, criamos o monstro e não sabemos como eliminá-lo. Ou até pior, teem muitos que não querem eliminá-lo.
Enquanto isso, a calota do polo norte se desintegra, a camada de ozônio encolhe assustadoramente e outros tantos fenômenos se sucedem, mostrando que as condições de vida estão diminuindo a cada dia para a humanidade neste planeta, como consequência da "Síndrome de Henry Ford" (3).
Ou será tudo culpa do cigarro?

(1) Medidas do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores).
(2) O motor a explosão é o maior emissor de gases poluentes mortais.
(3) A “Síndrome de Henry Ford” é um comportamento estimulado pelo capitalismo, visando o individualismo e estimulando o consumo exagerado de transportes particulares em detrimento do coletivo, que surgiu a partir de Henry Ford, um criminoso de massas. Suas idéias de produção de veículos em série matou milhões de indivíduos, sendo a única pessoa ou entidade que superou a “santa madre igreja romana” em número de vítimas ao longo da história. E mesmo após a sua morte, aos 83 anos, em 1947.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

O pré-golpe de 1961

Há exatos 48 anos foi aprovada a ementa constitucional que instituiu um regime parlamentar no Brasil. Uma prévia do golpe de Estado que aconteceria três anos após em 1º de abril de 1964. A questão central estava no fato de que, após a renúncia da Jânio Quadros, setores conservadores queriam impedir a posse de seu vice (1) João Goulart.
A ementa constitucional aprovada provocou algumas mudanças na Magna Carta do país. Dentre elas, destacavam-se que o Poder Executivo passava a ser exercido pelo Presidente da República em conjunto com o Conselho de Ministros. O Presidente seria eleito pelo Congresso Nacional por maioria absoluta de votos e exerceria o cargo por cinco anos. Todos os atos do Presidente deveriam ser referendados pelo Primeiro Ministro.
Tancredo Neves seria o primeiro primeiro-ministro do Brasil, assumindo o cargo em 7 de setembro de 1961. No ano seguinte (1962), após um plebiscito o regime presidencialista voltou a vigorar.

(1) A constituição brasileira previa então o voto descasado para presidente e vice-presidente. O vice eleito era de um partido de oposição (PTB) ao do presidente (UDN) o que provocou toda a celeuma.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Tentando desvendar o mistério



“(...) o Lula deve explicar é porque comandou um grupo de sindicalistas na Marcha com Deus pela Liberdade, que ajudou a derrubar Jango. As marchas eram comandadas pelo padre Paton, que depois soube-se ser agente da CIA. Isso é pura verdade.
Lula também deve dizer que em 1972/73, com licença dos militares, esteve fazendo um Curso de Sindicalismo na Johns Hopkins University, Baltimore – Estados Unidos. Querem saber mais, leiam o livro Jogo Duro de Mario Garnero, Editora Best Seller. Pode ser encontrado em Sebos.
Deputado, eles pensam que todo mundo morreu e ninguém sabe de nada. (Mario Garnero está aí vivo para ser consultado)...
... Só para lembrar: Quem apresentou Lula ao Clube Militar foram o general Leonidas Pires Gonçalves e José Sarney. A mídia publicou, não é segredo. Não devemos torcer contra o governo Lula pois somos patriotas. Mas, devemos saber quem é Lula e seus compromissos passados.”
Carta de Antônio Santos Aquino ao deputado Brizola Neto publicado no blogue “Tijolaço” (1) em 27 de junho de 2009.
Pedro Porfírio diz em sua matéria Lula um aluno bem aplicado do sistema (2) que este “despontou como a grande alternativa para dar envergadura ao ‘novo sindicalismo’, a estrutura ‘pensada’ pelos sindicalistas norte-americanos (ligados à CIA), com leves tinturas de ‘esquerda’. O ‘novo sindicalismo’ tinha como principal papel sepultar tudo o que aconteceu na vida sindical brasileira até os anos setenta. Por um lado, catalogando como ‘peleguismo varguista’ toda a organização sindical anterior ao golpe de 1964. Por outro, relegando ao esquecimento, por ‘aventureiros’ os movimentos que entraram em confronto com a ditadura na segunda metade da década de sessenta.
Centrado originalmente no santuário da ‘aristocracia operária’, o ABC paulista, o novo sindicalismo combinava um discurso de questionamento classista com a abjuração e estigmatização do passado sindical.”
O misterioso curso que o Sr. da Silva foi fazer na Jonhs Hopkins University é sempre encoberto de mistérios. No entanto, a cada dia que passa mais políticos de baixa categoria moral, como Sarney (de acordo com o relato acima, de Antônio Santos Aquino), estão envolvidos na questão. Sem dúvida o livro Jogo Duro de Garnero é importante na análise de todo este processo.
Segundo Garnero: “(...) Além dos fatos que passarei a narrar, sinto-me no direito de externar minha estranheza quanto à facilidade com que se procedeu a ascensão irresistível de Lula, nos anos 70, época em que outros adversários do governo, às vezes muito mais inofensivos, foram tratados com impiedade. Lula, não – foi em frente, progrediu. Longe de mim querer acusá-lo de ser o cabo Anselmo do ABC, mesmo porque, ao contrário do que ocorre com o próprio Lula, eu só acuso com as devidas provas. Só me reservo o direito de achar estranho...”
Em outro trecho, Garnero continua: “... Eu me vi obrigado, no final do ano passado, a enviar um bilhetinho pessoal a um velho conhecido, dos tempos das jornadas sindicais do ABC...
... Sentei e escrevi: Lula... achei que tinha suficiente intimidade para chamá-lo assim, embora, no envelope, dirigido ao Congresso Nacional, em Brasília, eu tenha endereçado, solenemente: A Sua Excelência, Luiz Ignácio Lula da Silva, Espero que o portador o tenha reconhecido por trás daquelas barbas.
No bilhete, tentei recordar ao constituinte mais votado de São Paulo duas ou três coisas do passado, que dizem respeito ao mais ativo líder metalúrgico de São Bernardo: ele próprio, o Lula. Não sei como o nobre parlamentar, investido de novas preocupações, anda de memória. Não custa, portanto, lembrar-lhe. É uma preocupação justificável, pois o grande líder da esquerda brasileira costuma se esquecer, por exemplo, de que esteve recebendo lições de sindicalismo da Johns Hopkins University, nos Estados Unidos, ali por 1972, 1973, como vim a saber lá, um dia. Na universidade americana, até hoje, todos se lembram de um certo Lula com enorme carinho”.
A leitura deste livro, torna-se mais do que necessária...

(1) O endereço do blogue é http://tijolaco.com/
(2) A matéria completa está em