sexta-feira, 25 de outubro de 2013

E as “doações” continuam...




O Campo de Libra foi vendido por R$ 15 bilhões e demandará um investimento inicial de R$ 770 milhões por ano apenas para dar início à montagem de sua estrutura para exploração de petróleo no pré-sal. Esses investimentos durarão alguns anos até que a extração esteja funcionando plenamente. Claro que, em grande parte bancada por nós, pelos nossos impostos.
Quando a Vale do Rio Doce foi privatizada, em 1997, era uma empresa saudável, que não precisava de investimentos e gerava lucros. Na ocasião, ela custou cerca de R$ 3,3 bilhões, o que equivaleria hoje a R$ 12,2 bilhões. Quem a adquiriu obteve retornos magníficos, com o valor do minério saltando de US$ 15 para US$ 120 a tonelada. Seu valor de mercado atualmente é de R$ 183 bilhões.
Contudo, a Vale (privatizada) não seguiu os mesmos trilhos da projeção de seus números, pelo menos no que diz respeito à geração de empregos. Não foram poucas as demissões, chegando a 1.300 em 2008.
Os dirigentes e economistas da época deveriam se envergonhar de, hoje, estarem a falar sobre privatização quando se referem ao leilão de Libra. O país deveria cobrar o fim da vida pública desses homens pelas depredações que fizeram ao patrimônio público, econômico e financeiro brasileiro.
Ao citar o exemplo da Vale é porque não quero chegar ao escabroso caso da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), vendida em 1993 por R$ 1,2 bilhão, valor que hoje equivale a aproximadamente R$ 5 bilhões, e cujo atual valor de mercado é de R$ 17 bilhões.
Ou o da Telebrás, privatizada em 1998, quando foi vendida por cerca de R$ 22 bilhões, valor que hoje equivale a R$ 76 bilhões. Somente a Telefônica, que integrava o grupo da Telebrás, vale hoje no mercado R$ 54 bilhões.
Por outro lado o governo “popular” do PT voltou a aumentar a fatia de capital do Banco do Brasil que pode estar em poder de investidores estrangeiros. Desde a última sexta-feira (25), o limite passou de 20% para até 30%, informou o banco em comunicado.
Esse percentual tinha sido ampliado de 12,5% para 20% em setembro de 2009. Na época, um decreto presidencial de Mr. da Silva, que também abriu caminho para o BB fazer sua listagem na Bolsa de Valores de Nova York, pois autorizou, pela primeira vez, a emissão de American Depositary Receipts (ADRs, recibos lastreados em ações) pela instituição.
Mas o mais relevante em tudo isso é que as vergonhosas “doações” continuam de vento em popa... Em outras palavras, entra governo, sai governo, entra partido, sai partido, continuam “doando” este país ao imperialismo através das multinacionais...


4 comentários:

Joelma disse...

E a UDN de tamancos continua a mesma política entreguista e corrupta de FHC. Ai este PT!

Misael disse...

Esta do Banco do Brasil eu não sabia. Isto é demais!

Mário disse...

Ao contrário dos que se propaga nos jornais, nas rádios e nas televisões, a questão judicial referente ao leilão ainda não está esgotada. Das 23 ações apresentadas, seis delas foram aceitas pela Justiça e estão tramitando. O que os juízes não aceitaram foram os pedidos de liminar para suspender o leilão. Mas nada impede que uma dessas seis ações seja vitoriosa e anule o leilão”.

Tavim disse...

Quer dizer: o discurso de Dilma, hoje é exatamente o mesmo do PSDB e seu líder FHC, se tirar nem pôr! Até quando acusa de "xenófobos" quem a acusa de estar "doando" as riquesas do país