domingo, 6 de outubro de 2013

Pensatas de domingo. Os planos sinistros de Obama contra os palestinos


Às vésperas de completar os 20 anos dos Acordos de Oslo, celebrados em setembro de 1993 entre Arafat, Clinton e Rabin, quando foi criada a ANP, uma espécie de projeto do que seria o futuro Estado palestino, a farsa volta à mesa de negociação, agora com Obama. Os Acordos de Oslo, fruto do “processo de paz” ditado pelo imperialismo estadunidense, consistiam em um artifício para paralisar e amortecer o levante revolucionário que eclodiu com a primeira Intifada das massas palestinas, em 1987 e que já se mantinha por sete anos. Esses acordos buscavam frear a onda revolucionária aberta na região, que colocava em xeque não só o domínio imperialista e a existência de Israel, como também questionava os próprios regimes nacionalistas das corruptas burguesias árabes.


A grande questão a decifrar no cenário atual é o que de fato está por trás das aparências, já que os atores são praticamente os mesmos e as “negociações” giram em torno do tema do estancamento das colônias sionistas, já rejeitado por Israel. Sem dúvida, estamos vendo uma ação planejada por Obama no marco do esforço para estrangular a retomada da luta revolucionária do povo palestino.  Enquanto teatralizam negociações monitoradas pelos EUA, o imperialismo ianque ataca em todos os terrenos o povo palestino, como o cerco à Síria e ao Hezbollah como parte da guerra que preparam contra o Irã. O que realmente se passa é a tentativa de Obama costurar um acordo mínimo para continuar apresentando a desacreditada ANP como interlocutora legítima do povo palestino, enquanto o Pentágono caça junto com o enclave sionista os grupos da resistência que se opõem a participar da farsa montada pelo Departamento de Estado.


Pelos acordos patrocinados pelos Estados Unidos, criou-se a ANP, uma estrutura que serve de polícia política contra o próprio povo palestino com o objetivo de reprimir a revolta das massas frente às investidas de Israel. Valendo-se do prestígio junto às massas gerado pela expectativa ilusória de conquistar o “Estado palestino”, Arafat subordinou a heroica luta palestina pela sua verdadeira pátria aos interesses comuns do imperialismo e das burguesias árabes, todos ávidos por estabilizarem a tensa conjuntura da região para garantir os investimentos e lucros capitalistas.


No entanto, os efeitos da orientação contrarrevolucionária da OLP foram aos poucos ficando mais claros. A cada rodada de intermináveis negociações para a declaração de criação do fictício Estado palestino, Israel e os estadunidenses e seus asseclas exigiam mais concessões, como a negativa de retorno dos refugiados e o controle político e militar total de Jerusalém, enquanto avançavam com a edificação de novas colônias nas próprias áreas pretensamente autônomas controladas pela ANP e respondiam frente à revolta palestina com novos genocídios. Até hoje é o que assistimos, num quadro que só pode ser alterado com a volta da Intifada, ação que Obama quer impedir via o reinício das novas conversações de paz!


A justa aspiração do povo palestino pela sua nação, a retomada de seu território histórico e a edificação de seu Estado apenas podem ser alcançados ligando as tarefas democráticas pendentes com a luta pela revolução social. Essa imposição decorre do controle que o imperialismo exerce sobre a região e devido ao caráter de enclave militar de Israel, um Estado artificial montado pelos EUA para controlar o Oriente Médio. A utopia reacionária da existência de "dois estados" convivendo lado a lado, um sendo uma máquina de guerra instalada no território palestino e outro um "Estado-fantoche", revela os planos sinistros de Obama.



5 comentários:

Nun'Alvares disse...

É uma situação aflictiva para o povo Palestiniano.
Os Acordos de Oslo, de Setembro de 1993 (note bem: 1993) não estão a caducar; mas já caducaram completamente.
Novos Acordos? Com a hipocrisia de Barack Obama? Nem pensar.
Vai ser uma aldrabada só. E mais uma vez os Palestinianos vão "raspar o cu às ostras".

Misael disse...

Obama é um CANALHA. A ilustração é do CARALHO!

André Setaro disse...

O Oriente Médio é um barril de pólvora, sabe mais do que eu, Hulot!

Joelma disse...

O povo palestino não tem saída. É dono da terra, mas está sendo marginalizado desde o final da II Guerra Mundial, quando os sionistas, apoiados pelos EUA e as potências ocidentais criaram o Estado de Israel.

Mário disse...

Excelente esta imagem de Herr Barak Von Obama. kkkkkkkkkkkkkkk