domingo, 3 de novembro de 2013

Pensatas de domingo e as abelhas




Albert Einstein, teria dito que “se as abelhas desparecessem da face da Terra, a humanidade teria apenas quatro anos de vida”.
Quem assim conta é o escritor uruguaio Eduardo Galeano, em Los hijos de los dias, ao dedicar ao Dia da Terra (22 de abril), um dos seus comentários, com a observação: “Os amigos riram. Ele não. E agora acontece que no mundo há cada vez menos abelhas… e hoje vale a pena advertir que isso não ocorre por vontade divina nem maldição diabólica, e sim pelo assassinato dos montes nativos e a proliferação dos bosques industriais, pelas culturas de exportação, que proíbem a diversidade da flora, pelos venenos que matam as pragas e ao mesmo tempo a vida natural, pelos fertilizantes químicos, que fertilizam o dinheiro e esterilizam o solo, e pelas radiações de algumas máquinas que a publicidade impõe à sociedade de consumo”.
Em termos ambientais, as abelhas são importantes polinizadores naturais. Ao levar o pólen de uma flor a outra, elas induzem a formação de frutos e sementes. Mas abelhas estão desaparecendo em grande escala. Elas saem em busca de néctar e pólen e não retornam mais às suas colmeias, como se tivessem perdido o rumo.
No último outono do Hemisfério Norte, em poucos meses, o problema dizimou abelhas em metade dos estados dos EUA e em três províncias canadenses. Números alarmantes que afirmam ter dizimado 90% das colmeias nestes locais.
As razões da alta mortalidade, porém, continuam desconhecidas. Os cientistas estão correndo atrás de uma resposta, mas ainda não conseguiram passar de hipóteses. Talvez seja a intoxicação por inseticidas – cada vez mais usados na agricultura -, talvez a infecção por vírus e ácaros. Colocam-se tambem suspeitas em radiações emitidas por celulares.
Nos EUA, o mundo dos insetos foi alçado a assunto de política pública. Em abril, o FDA (a agência responsável pelo controle de remédios e alimentos) realizou um congresso em Washington para discutir o tema.
É apavorante pensar nisto, mas teria razão Albert Einstein?

Fontes: Estado de São Paulo e Correio Braziliense

3 comentários:

Joelma disse...

Ontem tambem li e vi na TV matérias sobre o assunto, muito preocupante, por sinal.

JR disse...

Parece porem que alguns questionam se Eintein teria dito isto. Mas que de fato põe uma pulga (ou abelha) atrás da orelha, lá isso põe!

Mário disse...

O autor da Teoria da Relatividade merece algum crédito, não?