domingo, 17 de junho de 2018

Pensatas de Domingo. Um candidato fascista ameaça o país



Uma série de discursos do pré-candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL-RJ) evidenciam seu pensamento sobre a forma de combater a desigualdade social no pais. Segundo o parlamentar fluminense, a esterilização de pobres e miseráveis é um recurso necessário para o combate à violência, sua principal bandeira na vida pública.
Reportagem publicada recentemente pela Folha de São Paulo reúne as reflexões de Bolsonaro sobre o tema nos últimos 25 anos. Os discursos repetem um padrão de pensamento, evidenciando que é uma opinião convicta do pré-candidato.
Em 2013, Bolsonaro fez um discurso contra os programas sociais como Bolsa Família, definido por ele como “nefasto”.
“Só tem uma utilidade o pobre no nosso país: votar. Título de eleitor na mão e diploma de burro no bolso, para votar no governo que está aí. Só para isso e mais nada serve, então, essa nefasta política de bolsas do governo”, declarou no plenário da Câmara.
Quase 21 anos antes, em 1992, o deputado já fazia referência ao uso do “rígido controle de natalidade” como forma de combater a miséria e a violência. “Devemos adotar uma rígida política de controle da natalidade. Não podemos mais fazer discursos demagógicos, apenas cobrando recursos e meios do governo para atender a esses miseráveis que proliferam cada vez mais por toda esta nação.”
No ano seguinte, voltou ao assunto de uma maneira que explicitou ainda mais o seu pensamento sobre o caso com a frase “Quem não deve ter filhos, não deve tê-los”. Bolsonaro juntou no mesmo discurso sobre pobreza e miséria a defesa da pena de morte.
“Defendo a pena de morte e o rígido controle de natalidade, porque vejo a violência e a miséria cada vez mais se espalhando neste país. Quem não tem condições de ter filhos não deve tê-los. É o que defendo, e não estou preocupado com votos para o futuro”.
Contrariando todos os estudos na área mundo afora, Bolsonaro disse que não seria a Educação o caminho para a redução da desigualdade no Brasil: “Não adianta nem falar em educação porque a maioria do povo não está preparada para receber educação e não vai se educar. Só o controle da natalidade pode nos salvar do caos”, disparou Bolsonaro em julho de 2008. “Só tem uma utilidade o pobre no nosso país: votar. Título de eleitor na mão e diploma de burro no bolso, para votar no governo que está aí. Só para isso e mais nada serve, então, essa nefasta política de bolsas do governo”, declarou em novembro de 2013.

Nenhum comentário: