Lembro das Atualidades Francesas, um telejornal de cinema –na época em que estes eram exibidos nos telões das salas de projeção—que começava com uma música, a qual tornou-se marcante com a imagem do mundo (claro que uma bola) a ilustrar a famosa trilha musical.
Nestes tempos a TV ainda não exercia o poder que tem hoje, então dominado pela mídia impressa. Mas nos cinemas assistiam-se jornais nacionais e estrangeiros. Assim, as grandes distribuidoras, como a Metro, a Fox e outras tinham os seus. Não cheguei a conhecer muitos deles, porque na época já existiam os nacionais, como o da Atlântida ou o famoso Canal 100, que ficou marcado por bolas de futebol (1).
Mas de bola o Brasil entende. Que o diga o futebol. No rádio eram comuns programas como No Mundo da Bola. Outrossim, a expressão “este mundo é uma bola” era muito comum. Tambem se costumava exclamar “você é uma bola” quando alguem dizia coisas engraçadas.
Bolas à parte nos surpreendemos nesta última semana com uma bolinha de papel quicando na cabeça de um candidato à presidência. Viu-se nitidamente a tal bolinha bater na careca do dito cujo. Ninguem quase notou, mas minutos depois, após um telefonema em seu celular, viu-se tambem o mesmo candidato em cortes fotográficos sucessivos levar a mão à cabeça e, em seguida entrar numa van e correr a um hospital para fazer exames. E o mais engraçado é que, mesmo sendo careca, não ficou nenhuma marca. Apesar de correligionários do candidato afirmarem que outro objeto mais pesado o atingiu na ocasião.
Enquanto isto, sua adversária, segundo relatos de presentes ao local em que se encontrava, supõe-se, era “quase atingida” por sacos plásticos repletos de água. Mais bolas na jogada, às vésperas dos 70 anos de nascimento do Rei do Futebol (leia-se da bola), o senhor Edson Arantes do Nascimento.
Donde se pode concluir que, voltando à antiga expressão popular, esta eleição, alem de ser indubitavelmente a mais nojenta de todos os tempos, é mesmo uma bola... Murcha, ora bolas!
(1) O Canal 100 ficou muito conhecido por exibir sempre em seu grande final um jogo de futebol.
Nestes tempos a TV ainda não exercia o poder que tem hoje, então dominado pela mídia impressa. Mas nos cinemas assistiam-se jornais nacionais e estrangeiros. Assim, as grandes distribuidoras, como a Metro, a Fox e outras tinham os seus. Não cheguei a conhecer muitos deles, porque na época já existiam os nacionais, como o da Atlântida ou o famoso Canal 100, que ficou marcado por bolas de futebol (1).
Mas de bola o Brasil entende. Que o diga o futebol. No rádio eram comuns programas como No Mundo da Bola. Outrossim, a expressão “este mundo é uma bola” era muito comum. Tambem se costumava exclamar “você é uma bola” quando alguem dizia coisas engraçadas.
Bolas à parte nos surpreendemos nesta última semana com uma bolinha de papel quicando na cabeça de um candidato à presidência. Viu-se nitidamente a tal bolinha bater na careca do dito cujo. Ninguem quase notou, mas minutos depois, após um telefonema em seu celular, viu-se tambem o mesmo candidato em cortes fotográficos sucessivos levar a mão à cabeça e, em seguida entrar numa van e correr a um hospital para fazer exames. E o mais engraçado é que, mesmo sendo careca, não ficou nenhuma marca. Apesar de correligionários do candidato afirmarem que outro objeto mais pesado o atingiu na ocasião.
Enquanto isto, sua adversária, segundo relatos de presentes ao local em que se encontrava, supõe-se, era “quase atingida” por sacos plásticos repletos de água. Mais bolas na jogada, às vésperas dos 70 anos de nascimento do Rei do Futebol (leia-se da bola), o senhor Edson Arantes do Nascimento.
Donde se pode concluir que, voltando à antiga expressão popular, esta eleição, alem de ser indubitavelmente a mais nojenta de todos os tempos, é mesmo uma bola... Murcha, ora bolas!
(1) O Canal 100 ficou muito conhecido por exibir sempre em seu grande final um jogo de futebol.
8 comentários:
Gosto quando a tua verve humorísitca está acentuada como hoje.
É mesmo a eleição da bola murcha!
As piores que temos assistido nos últimos anos.
Não sou petista, mas fica claro que a campanha do PSDB, tem um comportamento terrorista que culminou com a farsa da montagem pela Globo (só podia ser!) que inclusive omitiu o depoimento do médico dizendo que não houve nada por uma narração duvidosa...
Os marqueteiros são aqueles que dirigem a representação hipócrita dos candidatos, tirando, deles, a veracidade, a espontaneidade, e a naturalidade. A sujeira é tanta que dá até saudades dos antigos comícios, quando o poder da palavra, sua habilidade na articulação, no improviso, é que ofereciam a oportunidade de aclamação ou não. Tudo no dizer, creio de Jacques Derida, é representação e simulação nesses tempos chamados de pós-modernos.
Estava há dois dias na paradisíaca Praia do Forte convidado para o lançamento de um filme.
Infelizmente, a humanidade perdeu a sua inocência e transformou-se num intrumento de atividades "científicas" seja lá em que área seja.
O negócio é aproveitar boas prais e bons momentos que proporcionam um lançamento de filme.
Será que uma campanha presidencial para um país da dimensão continental como o Brasil precisa se resumir às arengas sobre uma bolinha de papel (higiênico)?
O que é mesmo uma merda!
Dizem que política, futebol e religião cada um escolhe seu time e ninguém se atreve a falar mal do outro porque não dá certo, ou melhor, cria intolerância. Não vou me pronunciar sobre as bolas de domingo, vim aqui para lhe convidar a um chá de rosas que postei faz um tempo e você sequer apareceu para brindar com seu humor e sofisticado paladar. Estou me lembrando das cachimbadas do domingo, ou seja, postagens que me fizeram entender mais deste peculiar hábito que começa a ser extinto. Sob protestos. E vamuquivamu!
Oi Stela. Não sei o que houve com este seu comentário, que, por um lado veio direto no blogue (sem passar pela triagem), e, opostamente foi parar no Spam no meu g-mail. Estranhíssimo!
Quanto aos Papos de Cachimbeiro, juro que vou continuar. Outro dia mesmo estava lembrando disso porque recebi de presente um tabaco inglês (Dunhill) que não se encontra mais no mercado brasileiro.
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