Existe coisa mais saborosa do que uma noite de Natal? Uma data quase impossível de não se engordar uns quilinhos. Tornou-se mesmo, em nossos tempos, uma festa pagã sob a benção de Baco. Mas tambem, fiel aos seus princípios, de reunir pessoas queridas, se divertir, amar a vida.
Publico hoje trechos de dois artigos desta semana.
Como a excelente entrevista de Julian Assange, hoje no Estadão.
Ao ser indagado sobre a afirmação do vice-presidente estadunidense, Joe Biden, que o qualificou de terrorista high tech, e de como essa pressão afeta sua vida...
“Talvez o que mais se aproxime desse tipo de comportamento seja o período macarthista. Vemos declarações de que eu sou um terrorista high tech, de que toda nossa organização deve ser perseguida, como Osama bin Laden. Leis propostas no Senado nos qualificam de ameaça transnacional para que ações possam ser tomadas contra nós. Todo esse comportamento contra uma organização que apenas publicou o material a que teve acesso é alarmante. Isso revela algo que não víamos antes e o quanto a retórica dos EUA sobre a liberdade de imprensa na China ou outros países é falsa. Quando começamos a publicar algo sério, que poderia levar a reformas, e de fato eram informações embaraçosas, vimos as leis e os valores dos EUA serem jogados no lixo, de forma preocupante.”
Ou o artigo do sempre genial Veríssimo a divagar sobre o Natal e cujo trecho a seguir mostra sutilezas de seu pensamento sobre a data...
“(...) Minha mãe era religiosa mas o nosso Natal nunca foi religioso. Às vezes há mais amigos judeus do que cristãos no jantar da véspera, em nossa casa. E aqui entra a ilação, já que se está discutindo tanto crença e descrença em Deus. O Natal nos fornece símbolos de muito mais coisas, e coisas mais importantes, do que questões de fé. Estamos juntos, nos gostamos muito, isso é o que celebramos todos os anos. E nada mais distante de especulações teológicas do que a Lucinda rondando a árvore, tentando adivinhar quais dos presentes são seus.”
(*) É a expressão usada pelos portugueses para o que chamamos de véspera de Natal. Como quase tudo que os nossos irmãos de além mar falam, acho muito curiosa e peculiar.
Publico hoje trechos de dois artigos desta semana.
Como a excelente entrevista de Julian Assange, hoje no Estadão.
Ao ser indagado sobre a afirmação do vice-presidente estadunidense, Joe Biden, que o qualificou de terrorista high tech, e de como essa pressão afeta sua vida...
“Talvez o que mais se aproxime desse tipo de comportamento seja o período macarthista. Vemos declarações de que eu sou um terrorista high tech, de que toda nossa organização deve ser perseguida, como Osama bin Laden. Leis propostas no Senado nos qualificam de ameaça transnacional para que ações possam ser tomadas contra nós. Todo esse comportamento contra uma organização que apenas publicou o material a que teve acesso é alarmante. Isso revela algo que não víamos antes e o quanto a retórica dos EUA sobre a liberdade de imprensa na China ou outros países é falsa. Quando começamos a publicar algo sério, que poderia levar a reformas, e de fato eram informações embaraçosas, vimos as leis e os valores dos EUA serem jogados no lixo, de forma preocupante.”
Ou o artigo do sempre genial Veríssimo a divagar sobre o Natal e cujo trecho a seguir mostra sutilezas de seu pensamento sobre a data...
“(...) Minha mãe era religiosa mas o nosso Natal nunca foi religioso. Às vezes há mais amigos judeus do que cristãos no jantar da véspera, em nossa casa. E aqui entra a ilação, já que se está discutindo tanto crença e descrença em Deus. O Natal nos fornece símbolos de muito mais coisas, e coisas mais importantes, do que questões de fé. Estamos juntos, nos gostamos muito, isso é o que celebramos todos os anos. E nada mais distante de especulações teológicas do que a Lucinda rondando a árvore, tentando adivinhar quais dos presentes são seus.”
(*) É a expressão usada pelos portugueses para o que chamamos de véspera de Natal. Como quase tudo que os nossos irmãos de além mar falam, acho muito curiosa e peculiar.
2 comentários:
Estou a me lembrar que faz exatamente um ano quando aí estive, perto de Natal, já que você está a falar de 'consoada'. Na véspera, fomos à casa de seu pai, onde tomei bastante vinho. Foi um passeio rápido, mas agradável. E, constato estupefato, como o tempo voa!
Realmente, professor Setaro. Outro dia mesmo estavamos, eu a Vi a lembrar o fato de que se aproximava o aniversário de sua visita.
Mas valeu! A época poderia ser menos confusa, mas fica para a próxima...
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