domingo, 12 de fevereiro de 2012

Pensatas de domingo, cachimbadas e outros papos


Fico pensando como o cachimbo foi desaparecendo da mídia! Até porque o anti tabagismo tornou-se uma verdadeira obsessão.
Antigamente, era comum assistir filmes e encontrar um Gary Cooper, ou um Cary Grant com um belo e charmoso cachimbo pendurado na boca. Naquela época era charme. Hoje em dia... Só em filmes de Sherlock Holmes. Ou do Inspetor Maigret. Mas até estes heróis estão meio fora de moda. E o Sherlock de Downey Jr., eu nem lembro se fuma!
Outro dia estava assistindo um documentário no History Channel sobre Fórmula 1 dos tempos de Fangio, quer dizer, das décadas de 1950 e 1960. E lá estavam eles. Técnicos, donos de escuderias, até mecânicos, às dezenas fumando uma “pipa”. Era rara a cena em que não aparecesse um cachimbeiro. Nem que fosse como pano de fundo.
Tinha anúncio de cachimbos Dr. Plumb em revistas estadunidenses. E, aqui no Brasil vi muitos anúncios da Souza Cruz anunciando os seus fumos “Royal Club”, “Timoneiro”, “Tilbury” e Buldog”. O Jacinto de Thormes, que era o colunista social mais “chic” da época, aparecia em propagandas de cachimbos.
O negócio é que, de repente começou a ficar meio fora de moda mesmo.
E isso se reflete em várias vertentes. A começar pelas tabacarias. Houve um tempo em que cada esquina do centro do Rio tinha uma “biboca” expondo cachimbos e cheias de tabacos importados. Pode parecer exagero, mas era isso mesmo. Eram dezenas de pequenas lojinhas espalhadas da Cinelândia à Praça Mauá.
Sobraram algumas. Mas somente as grandes, como a Tabacaria Africana na Praça XV, aberta ao público desde os tempos do império. E algumas outras tradicionais, como uma na Senhor dos Passos, claro que de “turcos”, ou aquela da galeria na rua 13 de Maio. E finalmente a do subsolo do Edifício Avenida Central.
Resquícios.
Daí, concluo que sou um animal em vias de extinção. Pelo cachimbo, e, claro, também pelos meus “36” quase “37” aninhos .

Recordando a história, Bashar al-Assad herdou o poder de seu pai, Hafez al Assad, que por sua vez, era um dos herdeiros da principal corrente política árabe dos anos 1940/50, o nacionalismo panarabista. O nome de seu partido, que até hoje governa o país, é Baath.
Coincidentemente na queda de Saddam Hussein ficou-se a saber que o partido que até então governava o Iraque tambem chamava-se Baath.
Pois havia um Baath iraquiano e um Baath sírio – melhor dizendo, ainda há um Baath sírio.
Considerados partidos irmãos, sua ideologia comum se baseava no conceito do panarabismo, segundo o qual todos os árabes constituem um só povo, divididos aleatoriamente, primeiro pelo Império Otomano e depois pelos britânicos e franceses.
Hoje, Bashar al-Assad continua no poder, apesar da carnificina que já dizimou milhares de sírios porque os EUA apenas o ameaçam na retórica... Por que? O que realmente determina a invasão e/ou deposição de governantes na região é a postura frente ao estado nazi sionista de Israel. Quem não se opor fica, quem se coloca contra... Samba!

Não quero fazer algum juízo de valor quanto à greve dos policiais militares no Rio de Janeiro, muito embora ache que eles têm todas as razões em fazer suas justas reivindicações. Mas aproveito o espaço para dizer que andei pela cidade nesses dois dias e não senti a menor falta das chamadas forças da “ordem pública”.
Só de saltar no ponto de ônibus aqui perto de casa e não ter que passar pela piscativa (parece um OVNI) viatura estacionada pouco adiante da saída do túnel com suas “arminhas” ostensivamente projetadas pra fora das janelas deu-me, pelo contrário, uma enorme sensação de alívio e leveza.
Sim, porque sempre digo que entre os marginais paisanos e os uniformizados, prefiro ver os primeiros... Os segundos são “otoridade” e arvoram-se na condição de forças da repressão para intimidar seja lá quem for, mas principalmente o povo ordeiro e trabalhador, suas principais –até porque fáceis– vítimas... Haja vista o que fazem contra o povo nas comunidades ocupadas.

11 comentários:

André Setaro disse...

O uso do cachimbo faz a boca torta.

Jonga Olivieri disse...

Assim como no Médio Oriente quem se opõe a Israel entorta de vez...

Joelma disse...

Cobclusão óbvia: a polícia não faz falta nenhuma. Muito pelo contrário! Que o digam as Milícias, os acórdãos nojentos nas UPP's e as propinas nas blitz da Lei Sêca!

Jonga Olivieri disse...

E não faz mesmo, Joelma.
Sai ontem, sai anteontem e as ruas do nos Rio de Janeiro estavam uma maravilha. Os turistas encheram o Metrô, as ruas de Copacabana estavam repletas de gente.
Quer dizer: não fazem falta nenhuma... Mesmo.

Ana Paula Duarte disse...

Existem cachimbos para mulher? Uma vez alguém vi me disse que sim, mas nunca vi.
Senão fica parecendo Preta Véia. É que nem charuto. Acho horrível mulheres fumando.......

Jonga Olivieri disse...

Existiam modelos de cachimbos femininos fabricados pela "Carter" uma fábrica brasileira. Eram bonitos e femininos... Longos... Delicados mesmo.
Mas há muito tempo não vejo modelos assim. Talvez na Europa. Aqui no Brasil são raras as mulheres que têm o hábito da "boca torta", como diria o Professor Setaro.

Anselmo disse...

Cachimbar deve ser bom... Nunca fumei!

Jonga Olivieri disse...

Nunca é tarde para se começar!
No meu caso comecei a cachimbar muito jove, Desisti porque achei que era meio esnobe; que deveria ter uns cabelinhos brancos para combinar com a 'pipa'.
E foi o que fiz. Voltei a fumar em 1981, já aos 36. De lá para cá fumo cachimbo direto... São 31 anos...

Anônimo disse...

Fumar cachimbo é muito diferente de fumar cigarro. Tem todo um ritual, toda uma preparação. E sei disso porque o pai fumava cachimbo e via o quanto ele curtia o que ele defendia não ser um vício, mas sim um hábito!
L.P.

Jonga Olivieri disse...

Mas é um vício... Um bom vício, mas é!

Mirna disse...

Eu acho que é muito comum em escritores para fumar cachimbo pode não ser tão rapé ta prejudicial, mas o fato é que hoje em dia é muito difícil conseguir bons tubos ou pelo menos chegar rapé bom para tubos, mas ainda não há boas tabacarias.