quinta-feira, 4 de abril de 2013

Relatório aponta riscos de bioterrorismo em laboratórios dos EUA


Um grupo de especialistas do Congresso dos EUA apontou as falhas de segurança dos laboratórios especializados em riscos vinculados ao bioterrorismo, advertindo para o perigo de possíveis acidentes.
O trabalho dos especialistas detectou uma falta de controle que persiste desde o alerta de 2009, divulgou o GAO (Governamental Accountability, organismo do Congresso que audita, avalia e investiga), mencionando seu relatório anterior sobre o tema.
"Estas falhas são ainda mais evidentes hoje do que há três anos devido às restrições orçamentárias atuais que obrigam a estabelecer prioridades", destacou o GAO.
Estes laboratórios encarregados de proteger a população dos riscos de ataques bioterroristas e surtos de doenças se multiplicaram nos Estados Unidos desde os ataques de 11 de setembro de 2001. As instalações correm um risco maior de acidentes porque não têm edifícios e operações padronizadas.
"O GAO encontrou uma contínua falta de padrões nacionais para o desenho, a construção, a colocação em serviço e as operações dos laboratórios de alta contenção", destacou o atual informe do órgão. "Na falta de critérios fundamentais, cada laboratório pode ser desenhado, construído e mantido segundo as restrições locais. Isto complica a avaliação e a garantia de segurança, como apontamos em nosso relatório de 2009."
O GAO afirma que a falta de vigilância persiste, apesar do relatório de 2009, sem que nenhum outro organismo ficasse a cargo da segurança ou dos objetivos de investigação nos laboratórios de bioterrorismo.
Trata-se de instalações caras para serem construídas e mantidas, mas que não contam com padrões de segurança que englobam a todos, apesar das preocupações que surgiram, em 2001, os ataques com cartas com esporos de antraz que mataram cinco pessoas. Um cientista do governo estadunidense teve seu nome envolvido no caso, mas ele se matou antes que o caso fosse a julgamento, razão pela qual ainda há interrogações sobre os verdadeiros culpados.
Além disso, por não ter um organismo no controle das prioridades de pesquisa, inclusive os projetos importantes - como o proposto laboratório bio, de US$ 1,14 bilhão (cerca de R$ 2,3 bilhões), e outro de defensivos agrícolas para fabricar vacinas contra doenças animais de alto risco que podem afetar humanos - que estão em risco, já que os Estados Unidos sofrem com dramáticos cortes de orçamento.
"Confrontados com os cortes orçamentários nacionais atuais, conseguir esta prioridade na pesquisa será duvidoso", ressaltou o GAO.
O órgão do Congresso apela à Casa Branca para "garantir que sejam realizadas avaliações regulares da investigação nacional sobre biossegurança e que suas necessidades de desenvolvimento" sejam cumpridas.

2 comentários:

Joelma disse...

Mais um crime de Obama, contra o seu próprio povo.

Mário disse...

Parabens.Esta matéria torna clara a fragilidade da economia norte-americana.