Tempo para Drummond
“Difícil compreender como no vasto mundo falta espaço para os pequenos”
Carlos Drummond de Andrade (O Avesso das Coisas)
Frases & efeitos
O sr. da Silva, acusou recentemente o presidente Barack Obama de dar muito pouca importância à América Latina, em entrevista ao Financial Times.
Perguntado se já que Chávez preocupa os estadunidenses, que conselho daria a eles, respondeu: “Não sei se os americanos (sic) deveriam estar preocupados com o Chávez ou o Chávez com os americanos. Um discurso justifica o outro".
Em outra entrevista, o presidente brasileiro também se referiu às bases ianques na Colômbia, ressaltando que elas teem que se limitar ao território daquele país, já que o acordo foi estabelecido entre eles.
Será que o “efeito” eleições 2010 o está forçando a tomar posições mais definidas em relação às ações do império do norte?
Um prato típico
Falar em Obama e bases dos Estados Unidos, o massacre em Fort Hood, o maior quartel daquele país, situado no Texas (tinha que ser naquele famigerado Estado) demonstrou a completa falta de visão psicológica das autoridades do país ao programar enviar um militar de origem palestina e religião islâmica para combater num país onde a maioria dos habitantes professa a mesma fé. Será que não tinham outra atividade para o gajo?
A referida tragédia ocasionou a morte de 13 soldados e deixou mais de 30 feridos.
E Zelaya?
Enquanto isso em Honduras... Bom, já se previa que a coisa ia acabar do jeito que está a acabar mesmo. Os estadunidenses, tendo à frente Mrs. Clinton, estavam por trás do golpe, ficaram caladinhos e a força dos que lideraram o movimento cresceu.
Não estou aqui a questionar se a constituição do país permitia ou não a reeleição. A brasileira também não. A argentina, idem. E a colombiana? Claro que não. Mas Uribe está a partir para lutar pelo terceiro mandato. É como comentei outro dia: são dois pesos e duas medidas. Uma para quem apóia os EUA e outra para quem não está do lado deles.
Coisas de bandidos (1)
E no Maranhão? Bem, o lançamento do livro “Honoráveis Bandidos – Um Retrato do Brasil na era Sarney” de Palmério Dória transformou-se num tumulto de grandes proporções, que, segundo o autor partiu de ordens do Palácio dos Leões, sede do governo, e acusou a governadora Roseana Sarney de estar por trás de toda a articulação que causou verdadeiro pânico no auditório do Sindicato dos Bancários. O lugar foi escolhido após as livrarias da cidade se recusarem a abrigar o evento, com medo da “poderosa” família.
Afinal, são honoráveis, mas antes de tudo são bandidos!
Coisas de bandidos (2)
E hoje se completam 100 dias de censura ao jornal O Estado de São Paulo. Lastimável...
“Difícil compreender como no vasto mundo falta espaço para os pequenos”
Carlos Drummond de Andrade (O Avesso das Coisas)
Frases & efeitos
O sr. da Silva, acusou recentemente o presidente Barack Obama de dar muito pouca importância à América Latina, em entrevista ao Financial Times.
Perguntado se já que Chávez preocupa os estadunidenses, que conselho daria a eles, respondeu: “Não sei se os americanos (sic) deveriam estar preocupados com o Chávez ou o Chávez com os americanos. Um discurso justifica o outro".
Em outra entrevista, o presidente brasileiro também se referiu às bases ianques na Colômbia, ressaltando que elas teem que se limitar ao território daquele país, já que o acordo foi estabelecido entre eles.
Será que o “efeito” eleições 2010 o está forçando a tomar posições mais definidas em relação às ações do império do norte?
Um prato típico
Falar em Obama e bases dos Estados Unidos, o massacre em Fort Hood, o maior quartel daquele país, situado no Texas (tinha que ser naquele famigerado Estado) demonstrou a completa falta de visão psicológica das autoridades do país ao programar enviar um militar de origem palestina e religião islâmica para combater num país onde a maioria dos habitantes professa a mesma fé. Será que não tinham outra atividade para o gajo?
A referida tragédia ocasionou a morte de 13 soldados e deixou mais de 30 feridos.
E Zelaya?
Enquanto isso em Honduras... Bom, já se previa que a coisa ia acabar do jeito que está a acabar mesmo. Os estadunidenses, tendo à frente Mrs. Clinton, estavam por trás do golpe, ficaram caladinhos e a força dos que lideraram o movimento cresceu.
Não estou aqui a questionar se a constituição do país permitia ou não a reeleição. A brasileira também não. A argentina, idem. E a colombiana? Claro que não. Mas Uribe está a partir para lutar pelo terceiro mandato. É como comentei outro dia: são dois pesos e duas medidas. Uma para quem apóia os EUA e outra para quem não está do lado deles.
Coisas de bandidos (1)
E no Maranhão? Bem, o lançamento do livro “Honoráveis Bandidos – Um Retrato do Brasil na era Sarney” de Palmério Dória transformou-se num tumulto de grandes proporções, que, segundo o autor partiu de ordens do Palácio dos Leões, sede do governo, e acusou a governadora Roseana Sarney de estar por trás de toda a articulação que causou verdadeiro pânico no auditório do Sindicato dos Bancários. O lugar foi escolhido após as livrarias da cidade se recusarem a abrigar o evento, com medo da “poderosa” família.
Afinal, são honoráveis, mas antes de tudo são bandidos!
Coisas de bandidos (2)
E hoje se completam 100 dias de censura ao jornal O Estado de São Paulo. Lastimável...
6 comentários:
100 dias de censura ao jornal 'O Estado de S.Paulo'. Culpa de quem, cara pálida? Sir Ney. Tumulto no Maranhão no lançamento do livro de Palmério Dória. Culpa de quem, cara pálida? Sir Ney.
Os Estados Unidos estavam, sim, por trás do golpe hondurenho, porque Zelaya, ainda flor que não se cheire, queria se transformar num Chávez e é contra os Irmãos do Norte.
Ainda que possibilitadoras de reflexão, as pensatas deste blog, domingo, a rigor, é dia mesmo para não pensar e se ficar a olhar, como Buñuel, para os bicos de seus sapatos.
Pensatas são variadas e às vezes leves, às vezes mais pesadas. Acho que depende do estado de espírito do autor.
Mas fiz questão de iniciar com um pensamento de Drummond e uma de suas máximas de "O Avesso das Coisas".
Bandidos mesmo. O que aconteceu em São Luiz foi terrível. Assisti na internet as cadeiras sendo arremessadas, uma loucura.
É isso aí, Mary, coisa de bandido da pesada.
Esta pensata deste domingo começa muito bem e acaba muito mal.
Quer bem porque Drummond é Drummond e mal porque tu lembra o pior que há no Brasil: Sarney e sua quadrilha familiar, a volta da censura escanacarada em anos ditos democráticos.
Ainda bem que começa bem, com Drummond e seus pensamentos poéticos. Mas estas do Sir Ney tinham que ser comentadas.
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