quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Intitula-se um governo de esquerda... Mas que esquerda é essa?

Greve dos professores das universidades federais
Dados das greves em todo o Brasil mostram o quanto o governo brasileiro tem sido austero quanto a seus próprios empregados no setor público. Na realidade o jogo duro com que Dilma Roussef está conduzindo esta relação a torna comparável à de governos conservadores como é o de Angela Merkel ou foi o de Sarkozy. Pontuo abaixo a situação em diversas áreas, cujos índices consegui numa matéria da Folha Online.

A greve dos servidores federais ganhou ontem a adesão de policiais rodoviários e ameaça se tornar a paralisação mais ampla do funcionalismo desde o começo do governo Lula (2003-2010), desafiando a gestão da presidente Dilma Rousseff.
 
Nas contas sindicais, ao menos 27 órgãos federais foram diretamente afetados, entre greves, suspensão temporária de trabalho ou operações-padrão. As paralisações, inclusive já prejudicam o cotidiano da população. Ontem, pelo menos oito estradas ficaram congestionadas por causa de uma fiscalização intensa de veículos. Aeroportos e até a área da saúde, com a retenção de remédios importados em depósitos, estão sendo afetados. Universidades federais estão paradas há quase três meses.
 
Tambem ontem, em Brasília, grevistas tentaram subir a rampa do Palácio do Planalto, mas foram contidos por policiais.
 
Até agora, o governo negocia apenas com funcionários de universidades federais.
   
O ministro responsável por negociar com movimentos sociais, Gilberto Carvalho, foi vaiado e chamado de traidor em um congresso por manifestantes da CUT, tradicional braço sindical do petismo.
 
"Traidor, traidor", ouviu. "A greve continua. Dilma a culpa é sua!". Carvalho discutiu aos gritos com a plateia.
Ao fim, o presidente da CUT, Vagner Freitas, comentou: "Se eu fosse presidente, destituía o ministro."
"Houve greves grandes, mas eram concentradas em um setor. Essa tende a se ampliar", disse Artur Henrique, dirigente da CUT.
 
A decisão do governo de punir grevistas com descontos e não conceder reajustes acirrou os ânimos. Outra medida que desagradou servidores foi um decreto, de julho, facilitando a troca de grevistas por funcionários estaduais e municipais.
 
Para os sindicatos, há mais de 300 mil funcionários parados entre os 573 mil servidores. O governo refuta o status de pior greve dos últimos anos e lembra paralisações nos governos Lula e FHC, mas o governo diz não saber quantos servidores estão parados. O país "enfrentou momentos difíceis" com greves antes, declarou.
 
Também repercutiu mal entre sindicalistas e setores do governo a afirmação do secretário do Tesouro, Arno Agustin, dizendo que a greve acabaria no dia 31, com o envio do Orçamento de 2013 para o Congresso, o que encerraria a possibilidade de negociação salarial.
"Nós entendemos que a crise [internacional] é grave. Mas, diante da crise, tem que flexibilizar o superavit primário [economia para pagar juros da dívida] e recuperar carreiras", disse Artur Henrique.

4 comentários:

Mário disse...

Li instantes atrás que um protesto de servidores de diversos órgãos federais em greve interditou parcialmente a avenida Paulista.
Prova mais cabal da austeridade do governo de dona Dilma não pode haver.

Joelma disse...

Mas é isso mesmo: o PT é a UDN de macacão e tamancos.

Anônimo disse...

E dizer que Dilma foi uma militante de esquerda. Embora eu tenha sido sempre contra o "Foquismo". E acho que ela era uma "foquista".

L.P.

Simey Lopes disse...

Muitos orgãos federais aderiram, e muitos estudantes federais (como eu) em casa ou em manifestações.
Lógicamente sem reeleição pra Dilma, se mesmo assim houver eu desisto do Brasil.