domingo, 16 de setembro de 2012

Drops de domingo


Um filme pode ter força suficiente para causar um incidente internacional, fazer o povo pegar em armas, invadir uma embaixada e matar o embaixador? Responsável pelo ainda inédito (mas já polêmico) “A Inocência dos Muçulmanos”, o misterioso diretor Sam Bacile encontra-se escondido por estar sendo procurado por isso...
O telefone que a agência Associated Press usou para contatar o cineasta levou ao cristão copta (egípcio) Nakoula Basseley Nakoula, gerente da empresa produtora do filme, que afirma não ter sido o diretor. A realização está sendo promovida pelo --tambem cristão copta Morris Sadek-- e pelo fundamentalista cristão Terry Jones, que ficou conhecido por queimar um exemplar do Corão em 2011.
A atriz Cindy Lee Davis relatou que Bacile se declarava egípcio. Ela também disse que foi enganada disseram que a produção seria sobre o Egito Antigo, sem elementos religiosos, e que o diretor redublou várias falas na pós-produção. Davis já declarou que irá processar Bacile.
Mas há fortes rumores que o Tea Party e os “Falcões” republicanos possam estar por trás da realização com vistas às eleições presidenciais nos EUA. Alguem duvida disso?


Minha campanha pelo VOTO NULO está indo bem, mas fico a pensar o quanto seria importante o chamado VOTO ÚTIL no PSOL, leia-se Marcelo Freixo, que vem subindo nas pesquisas e precisa de votos para derrotar a Máfia Paes/Cabral.
O difícil é admitir uma volta ao passado num momento em que defendo o VOTO NULO como um posicionamento político ideológico contra o sistema capitalista e a própria obrigatoriedade do voto, comportamento anti-democrático, que notoriamente é admitido como manobra eleitoral em prol da manipulação dos eleitores, principalmente no interior, onde o “cabresto” e a compra de votos é um hábito secular. Ademais o fato de ter-me desligado do PSOL por certas “manobras escusas” por parte desta organização em outros estados, força-me a admitir que não é um momento adequado para recuar. Portanto, VOTO NULO com grande convicção.

 
  
   
Volto à infância quando estou assistindo serials dos anos 1930/40/50, não somente da Republic, como da Columbia e da Universal. E confesso que o fato de tê-los assistido nos cinemas “poeiras” me proporcionam um inusitado prazer de volta aos inocentes e ingênuos anos da vida, quando a criançada –inclusive eu– gritava em coro: “Aí Mocinho” no momento em que o “bom da fita” dava umas porradinhas nos “bandidos”.
O que mais incomoda é o forte racismo e a  completa desinformação histórica natural da cultura estadunidense quanto ao mundo alem de suas fronteiras, claro, muito claras nestes filmetes “B”. No entanto, consigo vê-los pelo fato de me recordar daquelas sessões memoráveis...

Revi recentemente “Tambores de Fu Manchu” (Drums of Fu Manchu), “O Fantasma” (Phantom), “Jim das Selvas” (Jungle Jim), “Os Cavaleiros da Morte” (Riders of Death Valey) e “Mandrake” (Mandrake). Sendo que já havia assistido há mais tempo “A Deusa de Joba” (Darkness Africa), e “A Filha das Selvas” (Jungle Girl).

O mais curioso é que a reprodução dos capítulos com suas apresentações seguidas tornam a exibição, por vezes meio maçante. Mas temos que nos lembrar que as séries eram feitas para serem exibidas uma vez por semana, e, claro que era necessária a repetição dos finais de cada capítulo para que o espectador se lembrasse do que havia ocorrido na quinta ou no sábado passados.

O ideal é assistir no máximo três capítulos por vez e continuar no dia seguinte com mais três e por aí adiante. E é o que tenho feito.



 

Vejam quanto custa uma campanha para um candidato a cargo eletivo se eleger no Brasil:

Presidente de República: 40 milhões de Reais
Governador de Estado: 20 milhões de Reais
Deputado Federal: 6 milhões de Reais
Deputado Estadual: 2 millhões de Reais
Vereador: 600 mil Reais
 
Sem contar os rios de dinheiro gastos nos cargos mais altos, é impossível admitir-se que a grande maioria dos vereadores tenham R$ 600.000,00 de reservas para gastar numa eleição, ficando claro o financiamento de suas campanhas por grupos econômicos, traficantes e outros setores que comprometam uma eleição honesta.

 
  
Voltando a falar sobre cinema, ou melhor, DVDs, está cada vez mais fácil e barato adquirir filmes importantes por preços muito reduzidos. Há algumas bancas na Cidade que vendem clássicos na base de quatorze pilas. Recentemente incorporei à minha coleção “Cinzas e Diamantes” (Popiól Diament) de Andrzej Wajda, “Solaris” (Solaris) de Tarkovsky, “Tempo de Guerra” (Les Carabiniers) de Godard, “Amarcord” (Amarcord) de Fellini e outros. E já vi nas bancas outras tentações como “Marnie” de Hitchcock ou “Nascimento de uma Nação” (The Birth of a Nation) de Griffith e filmes de Woody Allen e outros realizadores de primeiro time.
 




E continuando no tema, a importante e politizada obra de Leon Hirszman (1937/1987) vem sendo restaurada digitalmente e relançada em DVD pela Videofilmes. Já foram restaurados os seguintes títulos:

DVDs 1 e 2 (2007) - Eles não usam black-tie; ABC da greve; Pedreira de São Diogo (1962) – roteiro e direção; Megalópolis (1972); Ecologia (1972); Deixa que eu falo (documentário de Eduardo Escorel sobre Hirszman).

falo (documentário de Eduardo Escorel sobre Hirszman).
DVD 3 (2008) - São Bernardo (1972) – roteiro e direção; Maioria absoluta (1964) – roteiro e direção; Cantos do trabalho: Cacau (1976) – direção; Cantos do trabalho: Cana-de-açúcar (1976) – direção; Cantos do trabalho: Mutirão (1975) – direção.
Foi no CPC (1) que Hirszman realizou sua primeira produção, o curta “Pedreira de São Diogo”, um dos cinco episódios do filme “Cinco Vezes Favela”, lançado em 1962. Seu primeiro longa de ficção foi uma adaptação de Nelson Rodrigues, “A Falecida”, estrelado por Fernanda Montenegro e que já versava sobre um dos temas caros a Leon: a alienação das classes populares.


1. CPC – Centro Popular de Cultura era um movimento cultural da UNE (União Nacional dos Estudantes) extinto após o golpe militar de 1964, o qual, aliás, Leon foi um dos fundadores.
  

7 comentários:

André Setaro disse...

A revolução do digital é extraordinária, impressionante. Nunca pensaríamos que pudéssemos ter, em casa, um 'Cinzas e diamantes', um 'Amarcord', um 'Cidadão Kane', entre tantos outros. Quando me contaram, por volta de 1980, que existia, nos EUA, um aparelho vídeocassete não acreditei. Anos depois, vejo o VHS de 'Kane' vendido numa barraca de frutas.

Mário disse...

Tambem acho que os radicais de direita, não só do Partido Republicano, mas como organizações do tipo Tea Party ou WallBuilders podem estar envolvidas com a produção deste filme.
Aliás, como o Tea Party e os WallBuilders, existem centenas de grupos radicais que são compostos de brancos que reivindicam a herança do que eles classificam como "valores tradicionais perdidos pela América" e culpam o elemento “diferente”, como os negros, judeus, gays, imigrantes, e outras religiões (não cristãs) por todos os problemas que o país enfrenta.

Joelma disse...

Tanta coisa para comentar! Acho melhor mesmo dizer que A-DO-RO deste estilo de Pensatas de Domingo do tipo "drops".
Delicio-me com elas enroladinhas em separado que nem os deliciosos Dulcora!

Joelma disse...

Mas por que sumiram as outras postagens?
A gente tem que clicar em anteriores para aparecerem!

Jonga Olivieri disse...

Não sei Joelma... Juro que não sei! Tentei vertficar nas configurações e não detectei o "porque" da coisa; até porque mudou tudo no Blogger!
Mas, pelo jeito deu pra entender, né?
É só clicar em "postagens mais antigas" que logo aparecem!

Jonga Olivieri disse...

André, conheci um pouco antes de 1980... Deve ter sido em 976 ou 77. Mas porque eu trabalhava em publicidade e a gente produzia comerciais.
Um belo dia conheci um vídeo K7 na Power, produtora ali na Rua Alice em Laranjeiras. Estávamos finalizando uma montagem (ainda em moviola) um filminho das “Casas Tavares” quando o Carlos Alberto Viseu colocou uma fita ali e eu fiquei embasbacado olhando aquilo...
Em 1982 a coisa começou a popularizar-se com a criação de Vídeo Clubes, antes das Locadoras.

Anônimo disse...

O filme pode mesmo ter sido produzido pela escrota ultra direita republicana e o Tea Party.
Tem tudo a ver com o preocesso eleitoral e a fragilidade de Obama. o negro de alma branca!

Sua campanha do VOTO NULO deve continuar. Vá em frente! que atrás vai gente!

E seriados. Bom eu só peguei os da TV de uns tempos para cá. Tudo muito ruim Vou ver se consigo algum desses. Quem sabe?

De resto, campanhas são caras pra caralho. Mas custam mais caro pra nós!

Tambem já vi excelentes clássicos em dvd bem baratos, e já comprei alguns.

E preciso conhecer melhor o trabalho do Leons Hirzsman.

L.P.