quinta-feira, 8 de novembro de 2012

A Chanchada é uma festa!


 Manga e eu ao receber de suas mãos o o Livro sorteado  “Oscarito” de Flávio Marinho

“Noites de Chanchada” tem sido uma surpresa agradável; uma sucessão de bons acontecimentos ligados a um gênero execrado no passado, mas que virou Cult em nossos dias.
Para mim, as chanchadas já venceram o estigma perpretado pela critica retrógrada e reacionária, que, como o execrável ex-general presidente, o chulo e grosso Figueiredo não gostavam do cheiro do povo. Sim, porque em suas infindáveis filas imperavam o povão, seu Zé, o Severino e a Sislene.

Eu e Norma no final da exibição de “O homem do Sputnik”
No dia 5, a presença de Norma Bengel em sua cadeira de rodas foi emocionante, até porque relembrando o seu papel na sexy BB de O homem do Sputinik, Carlos Manga, 1959, exibido no dia da abertura... aplaudidíssimo, ovacionado mesmo, diria.


E ontem, o inesquecível depoimento e debate de Carlos Manga, o maior dos diretores de chanchadas pode se dizer que passou para os anais da história do cinema deste país e colocou a chanchada no seu lugar como grande escola da comédia brasileira,


Entre casos memoráveis, como ele é um habilidoso orador e contador de histórias, o diretor não somente brilhou, como foi reconhecido em seu justo valor de um autor (1) cinematográfico de primeira linha.
 

Entrada para o Homem do Sput
O Festival continuará até o dia 18 deste mês, tendo em sua programação (2) a exibição de outros inúmeros filmes do gênero, como: Os Dois Ladrões (1960), Matar ou Correr (1953), Nem Sansão nem Dalila (1955), De Vento em Popa (1957), Batedor de Carteiras (1958) ou Assim Era A Atlântida (1974), entre muito outros expoentes da comédia brasileira, inclindo para alem de Carlos Manga, diretores como Watson Macedo, Aloisio T. de Carvalho ou Milton Rodrigues.
Quem ainda não foi, programe-se. Vale a pena.



1. Durante muito tempo atribuiu-se a Carlos Manga o fato de ser um “artesão”, mas hoje está claro que ele tinha um estilo próprio como diretor, sendo portanto um autor.

2. Vejam a programação completa em http://www.chanchada.com.br/programacao/



Nota:
“Noites de Chanchada” é uma produção de LAFFILMES e está em exibição na “Caixa Cultural”, na Avenida Almirante Barroso (prédio da CEF). 





5 comentários:

André Setaro disse...

As chanchadas são documentos preciosos da vida do carioca nos anos 50. Algumas delas possuem um sentido de artesanato competente e espirituosidade ('O homem do sputnick', 'De vento em popa','Matar ou correr'....Manga foi o diretor mais imaginativo nesse sentido, apesar de precursores respeitáveis com José Carlos Burle e Watson Macedo. J. B. Tanko também era um 'carpinteiro' eficiente

Joelma disse...

Boa a sua foto com o Manga. Só ficou meio escura!

Anônimo disse...

Tudo lobby, tudo tendo por tráz o cinema americano que temia perder mercado (um dos maiores do mundo) para o cinema nacional.
No caso as chanchadas.
L.P.

Misael de Silva Costa disse...

Como você deve estar curtindo este Festival! Um cinéfilo velho de guerra.
E conecido do Carlos Manga. Gostei muito da sua foto com ele.

Anônimo disse...

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