Pensatas de domingo. Resquícios da guerra fria?

O que está acontecendo de fato na Coréia do Norte? Melhor dizendo ainda: entre este país e os EUA?

Realisticamente falando a Coréia do Norte não tem como atacar o território estadunidense conforme se anuncia (via imprensa ocidental). Como é tão real que os estadunidenses querem destruir um dos componentes do que chamam de “eixo do mal”.

Mas o que é verdade em tudo isto que se ouve por intermédio da mídia internacional, tendo por trás a potência imperial absoluta do mundo?

De fato a Coréia do Norte possui (não se sabem quantas) bombas atômicas. Paralelamente teem feito experiências com mísseis que possam conduzi-las. Mas, segundo experts, eles terem realizado recentemente uma explosão subterrânea supõe que não devem dominar ainda a tecnologia de colocar armamentos nucleares em sua ogivas. Há poucas evidências de que a Coreia do Norte tenha desenvolvido um sistema eficiente para ataques balísticos, com alvos acurados.

Por outro lado não se sabe o que de fato acontece naquele fechado país, o último dos regimes nitidamente stalinistas do mundo. Quero dizer com isto que toda esta presopopéia anunciada pelos Estados Unidos pode ser um simples blefe para ataca-los em massa, antes que eles possam de fato se transformar numa ameaça evidente.

Segundo tambem alguns especialistas, a Coreia do Norte está causando todo este reboliço por causa das manobras militares conjuntas entre os EUA e a Coréia do Sul, e com a finalidade de chegarem a um acordo com a grande potência imperialista mundial sobre essas pesadas operações que anualmente os incomoda.

Em suma: a Coreia do Norte não tem mesmo como atacar o território estadunidense. Esta é uma verdade bastante clara. O resto fica registrado pela imprensa ocidental e suas pretensas suposições, tendo à frente a Casa Branca e seus objetivos mascarados pelas posições dissimuladas de Obama. Trata-se certamente de uma clara provocação dos EUA e seus asseclas para que Pyongyang morda sua isca.

Esta semana mesmo assisti na GloboNews a declaração de que “... os Estados Unidos estão se ‘protegendo’ ao criar um escudo anti-mísseis em Guam...” Os EUA tambem estavam se ‘defendendo’ quando destruíram Hiroshima e Nagazaki nas únicas vezes em que foram lançadas bombas atômicas sobre populações civis ao longo da história mundial. E essa carnificina nunca foi julgada como crime hediondo contra a humanidade.

Há muita coisa oculta por trás deste joguinho! A política da chantagem atômica determina que os EUA e seus aliados podem possuir quantas bombas nucleares desejem ou precisarem, incluindo o racista, belicoso e perigoso estado sionista de Israel; enquanto seus prováveis inimigos, nenhuma.

Outra prova evidente de que os norte coreanos é que estão esperando um ataque imperialista (1) foi o pedido para que os corpos diplomáticos de países que manteem embaixadas ali retirem-se do país, pois eles não podem garantir a sua segurança.

No momento precisamos prestar atenção porque a fechadíssima Coreia do Norte pouco vai nos indicar sobre algo de esclarecedor quanto a esta questão, até porque não nos chegam informações de fato sobre o que eles dizem, ou na realidade fazem. As notícias que chegam, infelizmente estão apenas do lado ocidental da mídia. Mas cercadas de “manchetes” dúbias, intrigantes e contraditórias. E, por isso mesmo teem que ser vistas e ouvidas com extremo cuidado às sutilezas e maldades nas entrelinhas neste quente resquício da “guerra fria”...

1. "Acreditamos que eles deram esse passo como parte de sua contínua retórica de que os EUA representam uma ameaça para eles", disse o Ministério das Relações Exteriores britânico, em comunicado. O integrante do governo coreano ponderou que o momento atual é o pior na região desde o fim da Guerra da Coréia (1950-1953) e responsabilizou os Estados Unidos por colocar a península à beira da guerra. "Os norteamericanos trouxeram para a região submarinos nucleares e bombardeiros estratégicos, fazendo uma exibição dos mais modernos armamentos do mundo", declarou o norte coreano, de acordo com relatos de pessoas que participaram do encontro.