domingo, 17 de agosto de 2014

Pensatas de domingo e o genocídio na Palestina






A verdade sobre a politica dos EUA e Israel

Jorge Vital de Brito Moreira

Mais uma vez, o Estado de Israel, (com a cumplicidade, o apoio econômico e militar dos EUA), ensina ao mundo que sua política externa não passa de terrorismo de Estado.
Atualmente um número crescente -milhões de seres humanos- teem tomado consciência que o governo dos EUA, sob a administração de Barak Obama tem sido o principal cumplice (1) da sistemática política terrorista do estado de Israel, sendo assim também cumplice do genocídio do povo palestino na faixa de Gaza.
Como esperávamos, o governo de Barack Obama não foi nem será capaz de condenar o governo de Benjamin Netanyahu, nem punirá os líderes sionistas por seus crimes de guerra em Gaza. Pelo contrário, durante quase 6 anos, temos observado que a política imperial do governo de Obama está profundamente associada e subordinada aos interesses sub-imperialistas do estado de Israel. Tão pouco devemos esperar nada de positivo do Congresso e do Senado dos EUA. Os congressistas e senadores estadunidenses estão comprados e financiados pelos poderosos lobbies judeus como American Israel Public Affairs Committee (AIPAC) e por isso, sempre brindam seu apoio e seus votos em beneficio do governo de Israel indicando que tudo que lhes interessa (com seu apoio incondicional a Netanyahu), é justificar e legitimar a completa impunidade para os crimes do governo de Israel.
Assim, tanto a política da administração de Obama, como a política do Congresso e Senado dos EUA, estão articuladas para beneficiar o governo de Netanyahu, sem lhes importar o custo das vidas humanas (de civis, mulheres e crianças) que estão sendo destruídas pelas bombas de fabricação estadunidense e israelense.
Dada a abominável  política económica e militar do imperialismo  dos EUA para os países do Oriente Médio, África e Europa oriental (2) somos forçados a concluir que a atual destruição das cidades e os assassinatos dos habitantes da Palestina, do Iraque, do Afeganistão, da Somália, é uma estratégia cabalmente planejada e calculada para cumprir os objetivos fundamentais dos EUA e de Israel: conquistar e se apropriar ilegalmente das reservas  de petróleo e gás dos países invadidos. (3)

A mentira da mídia corporativa sobre o genocídio na Palestina

Ficamos horrorizados quando vemos as imagens da guerra genocida na qual Israel assassina milhares de palestinos indefesos, destrói os hospitais (inclusive os organizados pela Organização das Nações Unidas - ONU - para refugiados) e as escolas, mas também ficamos revoltados quando lemos e vemos que os principais jornais dos EUA (New York Times e Washington Post), a media corporativa (canais de televisão como CBS, CNN, Fox, ABC) e a indústria de entretenimento (liderada por Hollywood) também são cumplices da política israelita, quando utilizam palavras como “Israeli-Palestinian Conflict” (Conflito Israel-Palestina) para esconder da opinião publica, o genocídio que Israel tem cometido contra o povo palestino durante todos esses anos de colonização e apartheid nos territórios ocupados militarmente por Israel.
Chamar de “Conflito” a uma guerra genocida, onde Israel dispõe de todas as armas  de guerra que incluem até as nucleares (4) (além de contar  com a eterna ajuda militar e econômica incondicional dos EUA), é completamente desonesto e inaceitável. O termo “Conflito” faz parte da ideologia imperial que manipula a nossa linguagem comum para mentir, tergiversar, mistificar e inverter a verdade. Buscam, deste modo, destruir a consciência ética e moral dos seres humanos que respeitam a vida de outros seres humanos. Afinal, a hipocrisia e a mentira são práticas permanentes das autoridades políticas estadunidenses. 
Nunca deveríamos esquecer que o ex-presidente George W. Bush e o ex-vice presidente  Dick Cheney  justificaram a invasão ilegal contra o Iraque produzindo uma serie de horrorosas mentiras (tais como “Sadam Hussein possui armas de destruição massiva que lançará contra a população dos EUA”) para legitimar sua guerra fascista para se apropriar do petróleo do Iraque.
Atualmente, a mentira sionista mais repetida (tanto pelo governo de Obama e Natanyahu como pela mídia coorporativa, pelos lobbies judeus e por Hollywood (5) para enganar o publico dentro e fora dos EUA é a seguinte: “Israel tem direito a se defender”.  
Esta frase mitológica, “Israel tem direito a se defender”, que a mídia coorporativa propaga insistentemente entre a opinião publica mundial, tem funcionado para escamotear e negar a verdade gritante dos fatos observados: Israel não está se defendendo. Israel está atacando a Palestina; o governo de Israel tem sido desde 1947, o agressor, o invasor, o colonizador que declara guerra contra o povo palestino.  E os governos de Israel e dos EUA teem utilizado e manipulado o nome do grupo Hamas, um grupo de resistência palestina que o governo ocidental e a grande imprensa denominam de “terroristas” (6) como pretexto e justificativa para prosseguir com uma guerra permanente que tem tido uma dupla função para os EUA e Israel: a) conquistar e se apropriar dos territórios palestinos ocupados (território garantido pelo decreto internacional da Organização das Nações Unidas (7); b) fazer uma limpeza étnica nos territórios ocupados.
Estas são as razões fundamentais do porque Israel tem sido o pais que, contando com o apoio dos EUA, vem atacando e destruindo completamente o presente e o futuro do estado da Palestina. Esta é a verdade indiscutível que fundamenta as invasões de Israel: o governo sionista de Netanyahu e seus aliados sabem muito bem que existe uma grande reserva de energia nas jazidas de gás do território de Gaza; e tratam de se apropriar gratuitamente do território para explorar as jazidas e garantir o abastecimento e lucros da classe dominante de Israel e dos EUA. Assim, o maior interesse geopolítico de Israel é expulsar os palestinos ou manter a Palestina como um imenso campo de concentração.
Para bom entendedor, poucas palavras bastam: a política do estado de Israel é uma politica terrorista: uma declaração de guerra com o objetivo de converter os  palestinos (os legítimos moradores e proprietários das terras do território) em refugiados nos campos de concentração da região. São estas as razões, do porque Israel continua bombardeando e destruindo incessantemente a maior parte da vida urbana (hospitais, escolas, abastecimento de agua, etc.) de Gaza para forçar os palestinos a fugir e desocupar um território rico em jazidas de gás. Desse modo, Israel e EUA ficarão de “mãos livres” para se apropriar da reserva energética da região. (Vejam a nota 3 deste texto)
Além da cumplicidade do governo de Barack Obama (8), dos senadores e congressistas dos EUA, da mídia corporativa e de Hollywood, esta política belicista de Israel tem encontrado seus defensores entre a rica elite branca estadunidense que proporcionam financiamento (milhões e milhões de dólares) para os poderosos lobbies judeus comprarem os votos dos políticos estadunidenses (deputados e senadores estadunidenses).
Esperar imparcialidade, isenção ou cooperação do poder imperialista dos EUA é uma ingenuidade, é o mesmo que chover no molhado. Se queremos parar com o genocídio do povo palestino, a sociedade civil (estudantes, trabalhadores, sindicatos, movimentos de resistência) de cada país antiimperialista, deve exigir que seus governos, seus setores industriais, comerciais e de serviços dos seus respectivos países decretem um boicote comercial: devem parar de comprar e importar as mercadorias produzidas e exportadas pelo estado de Israel. Somente através do permanente boicote comercial nossas sociedades civis podem sabotar os bolsos e lucros dos capitalistas sionistas e mudar a política daqueles que apoiam o regime terrorista e o genocídio do estado de Israel.

1) Apesar do aumento da consciência de um numero crescente de seres humanos, parece que muitos  ainda  não entenderam bem o que está passando.  Ainda acreditam na noção equivocada de que existe gente no governo de EUA que encontrará soluções racionais para terminar a guerra genocida. Pelo contrário, os governos dos EUA e Israel (apesar do discurso) não mostram nem interesse nem  intenção de obter una solução pacífica para a Palestina.  Leiam o artigo de 28-07-2014  do brilhante filosofo, linguista e professor Noam Chomsky onde considera a EEUU “responsável de derramar sangre palestina”. Abaixo coloco o link deste artigo:

2) Se tomarmos o governo do presidente Barack Obama como uma evidencia da política imperial dos EUA, veremos que seu governo imperialista é ainda pior que o de George W. Bush. Do  ponto de vista geopolítico, por exemplo, o presidente Obama envia drones assassinos para o Paquistão, Iêmen e Afeganistão; decreta sanções contra Irã e a Rússia; coloca bases militares ao redor do território russo, cujos mísseis podem chegar em cinco minutos a Moscou;  fornece armas aos mercenários na Síria; está instruindo e capacitando os curdos no Iraque, e, apoia e financia a barbárie sionista em Gaza.
Em resumo, a política imperialista de Barack Obama (junto a OTAN e seus aliados europeus) tem resultado não somente na produção de guerras em diversos países da Asia, África e Europa como podemos observar através das guerras de mercenários na Síria, no Paquistão, no Iraque, no Afeganistão, na Líbia e na Somália e a mais recentemente, através da guerra na Ucrânia.
Esta política da administração de Obama também tem resultado na produção de dezenas de milhões de refugiados que fogem da destruição da suas terras natais, pois nada está isento de ser bombardeado: abrigos, cidades, casas, escolas, hospitais e famílias são alvos a serem destruídos pelos EUA, pela OTAN, Israel e seus aliados europeus.  Sobre esta abominável realidade, leiam a entrevista do notável professor, sociólogo dos EUA, James Petras, analista de política internacional, intitulada “La cólera del Emperador: ¡que el caos envuelva al mundo!” de 09/08/2014 no link abaixo: http://www.lahaine.org/mundo.php/la-colera-del-emperador-ique-el-caos-env

3) Sobre este assunto, leiam a entrevista do analista internacional, Pepe Escobar, o destacado analista brasileiro para os assuntos do Oriente Médio, do dia 08-08-2014,  intitulada:
“En Gaza hay una guerra energética bajo la cobertura de una limpieza étnica”, no link: http://www.rebelion.org/noticia.php?id=188210

4) O ex-presidente dos EUA, Jimmy Carter tem denunciado que Israel tem 150 armas nucleares. Esta noticia também foi publicada pelo jornal Estadão de 26 de maio de 2008 como título  “Israel tem 150 armas nucleares, diz ex-presidente dos EUA”. Podem verificar no link:

5) Pouca gente tem se dado conta de que Hollywood (uma das mais importantes industrias de diversão e entretenimento do sistema capitalista) é uma das maiores defensoras dos interesses e  política do estado de Israel. Historicamente, Hollywood tem estado associada ideológica e financeiramente ao AIPAC, o maior lobby judeu e centro de propaganda sionista  nos EUA. A prepotência e arrogância de Hollywood em defesa do atual genocídio de Israel pode ser comprovada, por exemplo, quando seus produtores colocaram o nome dos atores espanhóis, Penélope Cruz e Javier Bardem numa lista negra (já não podem trabalhar em Hollywood) por terem afirmado uma carta denunciando o genocídio de Israel na Palestina.  A lista negra de Hollywood nos recorda a lista negra do Macarthismo inventada pelo Senador McCarthy. O leitor pode comprovar a posição política, ideológica e propagandística de Hollywood a favor do estado sionista de Israel, lendo as reportagens que foram publicadas em todo o mundo. Esta notícia pode ser lida no  link:
http://flagra.pt/noticias/internacional/javier-bardem-e-penelope-cruz-ficaram-na-lista-negra-de-hollywood-25299

6) O famoso cantor e compositor contemporâneo, Lupe Fiasco, seguindo as declarações de intelectuais estadunidenses, afirma que o presidente Barack Obama é o maior terrorista  da atualidade. Na sua entrevista, Lupe Fiasco declara: «Para mim, o maior terrorista de todos é o Obama nos Estados Unidos da América. Estou tentando lutar contra o terrorismo que causa as outras formas de terrorismo». «Na origem do terrorismo estão as coisas que o governo norte-americano permite que aconteçam e são as políticas externas que temos em vários países que inspiram as pessoas a tornarem-se terroristas» (“my fight against terrorism, to me, the biggest terrorist is Obama in the United States of America. I'm trying to fight the terrorism that's actually causing the other forms of terrorism. You know, the root cause of terrorism is the stuff the U.S. government allows to happen. The foreign policies that we have in place in different countries that inspire people to become terrorists.”) https://www.youtube.com/watch?v=uDncSNmg3RA

7) O leitor pode ler o texto da Resolução 242 do Conselho de Segurança das Nações Unidas (S/RES/242) para se dar conta que Israel tem violado desde 1967, a legalidade internacional: “A Resolução 242 do Conselho de Segurança das Nações Unidas (S/RES/242), uma das resoluções da ONU mais comumente referidas em política do Médio Oriente, foi aprovada por unanimidade pelo Conselho de Segurança da ONU em 22 de Novembro de 1967, após a Guerra dos seis dias. Foi incorporada ao capítulo VI da Carta das Nações Unidas,29 e reafirmada pela resolução nº 338 do Conselho de Segurança da ONU, adotada após a Guerra do Yom Kippur (1973)”. A resolução preconiza a "retirada das Forças Armadas de Israel dos territórios ocupados durante o recente conflito"... Como podemos  observar, desde 1967, a resolução 242 do Conselho de Segurança, aprovada por unanimidade, exigia o «Retiro das forças  armadas israelitas  dos territórios que ocupavam” durante aquele conflito, e a «terminação de todas as situações de beligerância o alegações  de sua existência, o respeito e o reconhecimento da soberania, da integridade territorial e da independência política de todos os Estados daquela zona.”

8) O brilhante professor Cornel West declarou em 05.08.2014  que o presidente Barack Obama é um criminal de Guerra por apoiar o tratamento que Israel dá aos palestinos e que sua política de utilização de drones faz dele cumplice da morte de pessoas inocentes (Obama is a ‘war criminal’ for supporting Israel’s treatment of Palestinians his drone policy make him complicit in the deaths of innocent people). Vejam estßa notícia no link:
http://rt.com/usa/178252-obama-criminal-israel-cornel-west/comments/page-6/


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