quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Um dia de fúria




O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) causou polêmica mais uma vez nesta terça-feira (9) ao agredir verbalmente a deputada Maria do Rosário (PT-RS), durante discurso no plenário da Câmara. Bolsonaro disse que não estupraria a ex-ministra dos Direitos Humanos porque ela "não merece".

O ataque ocorreu quando Maria do Rosário deixava o plenário, após ter feito um discurso contra a ditadura e a favor da punição a militares que cometeram crimes durante esse período negro da história do país. "Fica aí, Maria do Rosário. Há poucos dias tu me chamou de estuprador no salão verde e eu falei que não iria estuprar você porque você não merece. Fica aqui para ouvir”, disse Bolsonaro.

Em seguida, o deputado prosseguiu com o discurso, em que fez outros ataques à deputada e à presidente Dilma Rousseff. Bolsonaro afirmou que a ex-ministra dos Direitos Humanos é “mentirosa, deslavada e covarde” e disse que Maria do Rosário deixou o plenário para não ouvir acusações contra o governo de Dilma Rousseff, segundo ele um governo “canalha, comunista, covarde, ladrão, ditatorial e corrupto".

O deputado afirmou que o governo Dilma está trazendo para o Brasil a “escória do mundo” ao facilitar a entrada de haitianos, contratar médicos cubanos e permitir que iranianos não precisem de visto para visitar o país. 

Bolsonaro disse ainda que o Dia Internacional dos Direitos Humanos marca, na verdade, o Dia Internacional da Vagabundagem. "Direitos Humanos no Brasil só defende bandido, estupradores, sequestradores e até corruptos", disse ele.

Em 2003, Maria do Rosário já tinha sido vítima da fúria de Bolsonaro. Em uma discussão no Salão Verde da Câmara, Bolsonaro disse a frase que repetiu hoje no plenário: “Não estupro você porque você não merece”, afirmou. Em seguida, empurrou a deputada e chamou Maria do Rosário de vagabunda.

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