Manolo Rodriguez, um espanhol conhecido meu, tinha planos de escrever um livro sobre “como fumar cachimbo sem fazer pose”. Acho que foi um tema interessante. Digo foi, porque nos dias atuais, cachimbo não é algo tão “charmoso” quanto era no passado. Basta pegar um livro antigo de artistas de Hollywood, e lá estavam os Clark Gables ou Tyrone Powers da vida com um pendurado na boca ou na mão. Mas com pose, muita pose. Às vezes, notava-se que o sujeito não tinha a menor intimidade com a peça. Era só mesmo para ficar bonitinho na foto.
Quando comecei a fumar cachimbo lá pelos idos de 1966, ainda existia esse aspecto meio que folclórico no velho hábito. Pois bem. Tinha um amigo nosso que fazia uma pose daquelas de erguer a sobrancelha esquerda enquanto abaixava a direita. Uma coisa horrorosa! Aquilo começou a me irritar de tal forma que abandonei a pipa (1), continuando no meu cigarrinho. Não que não tivesse gente que deixasse de fazer pose com o mero cilindro de papel. Tinham uns (e eu conheci vários) que abriam os dois dedos enquanto tragavam, olhando em torno à la Bogart.
Lembro que na época até justifiquei com o argumento de que cachimbo é coisa pra gente mais velha, com fios grisalhos e que jovem fica “pedante” fumando um. De fato só voltei ao hábito perto dos 40 anos, até porque o cigarro, então consumido em escala incontrolável, estava a me fazer um mal imenso. Portador de alguns cabelos brancos, já me sentia à vontade em portar um cachimbinho. Bom, isso já tem mais de vinte anos. Mas uma coisa eu garanto: detesto fazer pose quando o fumo.
(1) Pipa em espanhol e italiano, pipe em inglês e francês. Só o danado do português tirou o nome cachimbo sei lá eu de onde.
Quando comecei a fumar cachimbo lá pelos idos de 1966, ainda existia esse aspecto meio que folclórico no velho hábito. Pois bem. Tinha um amigo nosso que fazia uma pose daquelas de erguer a sobrancelha esquerda enquanto abaixava a direita. Uma coisa horrorosa! Aquilo começou a me irritar de tal forma que abandonei a pipa (1), continuando no meu cigarrinho. Não que não tivesse gente que deixasse de fazer pose com o mero cilindro de papel. Tinham uns (e eu conheci vários) que abriam os dois dedos enquanto tragavam, olhando em torno à la Bogart.
Lembro que na época até justifiquei com o argumento de que cachimbo é coisa pra gente mais velha, com fios grisalhos e que jovem fica “pedante” fumando um. De fato só voltei ao hábito perto dos 40 anos, até porque o cigarro, então consumido em escala incontrolável, estava a me fazer um mal imenso. Portador de alguns cabelos brancos, já me sentia à vontade em portar um cachimbinho. Bom, isso já tem mais de vinte anos. Mas uma coisa eu garanto: detesto fazer pose quando o fumo.
(1) Pipa em espanhol e italiano, pipe em inglês e francês. Só o danado do português tirou o nome cachimbo sei lá eu de onde.
6 comentários:
Nos dias atuais, pose é umna coisa que nem dá pra fazer com qualquer tipo de fumo. Só se for em frente ao espelho dentro de casa.
Querido Jonga,
Primeiro quando quiser fumar cachimbo em francês tome muito cuidado com a traduçao. Você pode ter surpresas desagradaveis.
Secundo: antigamente, "na minha terra", como diz Ancelmo, os "meninos" faziam argolinhas com fumaça de cigarro...
Tertio: amigo querido, esta cidada que vos fala esta em campanha continua contra o tabaco sob toda e qualquer forma, sem exceçao. Nao foi à toa que a philips morris foi obrigada a pôr nos maços o aviso de que cigarro mata . Desde o donatario da capitania d Espirito Santo, Vasco Fernandes Coutinho, se bem me lembro, que se sabe disso. Na verdade nao é cigarro que mata,é o fumo sob todas as suas formas. pelamordedeus, nao venha me dizer que o que mata é viver.
Mil beijos,
Eliana
Realmente, fumar virou um confinamento.
Sim, qualquer tipo de fumo faz mal, mas o cigarro, creio, é o pior deles pela quantidade de químicas, desde o papel.
O G. (que foi casado com uma prima nossa), que não quero citá-lo aqui no blog, pois a internet não é confiável, fumava cachimbo mais pela pose do que pelo prazer. Um sujeito pedante que, com o passar do tempo, tornou-se ainda mais.
Na mosca...
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