sábado, 26 de setembro de 2009

Se correr o bicho pega... Se ficar...

As Organizações Globo (seu pasquim incluído) são responsáveis pela maior máquina de alienação jamais montada neste país. Roberto (que o diabo o tenha) Marinho foi aliado dos militares, representante do imperialismo ianque e implantou o que hoje é a Rede Globo com o apoio ostensivo do grupo Time-Life.
Hoje, os Marinho estão finalmente ameaçados em sua hegemonia absoluta do monopólio televisivo. Mas por quem? Pelo bispo Macedo, o poderoso chefão da Igreja “Católica” (1) do Reino de Deus. Uma situação difícil. Torcer pra quem? Não se sabe o que é pior.
Poucas coisas me fariam mais feliz do que assistir à derrocada final do império de comunicação que mais fez (e ainda faz) mal a este país, apoiando e acobertando governos totalitários que assassinaram milhares de brasileiros da forma mais cruel. Ou, passados aqueles anos de chumbo, sempre a apoiar os políticos mais nocivos ao Brasil, chegando ao ponto de ser um veredicto do tipo “se a Globo apoiou, pode saber que não presta”.
A questão é a grande incógnita que representa o seu oponente principal. Nada é perfeito.

(1) Católica significa “Universal” em latim...

8 comentários:

André Setaro disse...

É bom observar que, salvo honradas e raras exceções, os donos dos impérios de comunicações são empresários sedentos de lucro, conservadores no pior sentido, direitistas por vocação e natureza. Não foi à toa que Orson Welles se inspirou num deles, William Randolph Hearst, para fazer a sua obra-prima, "Citizen Kane".

Roberto Marinho é o exemplo mais que perfeito, a tradução mais literal, do empresário que usou o seu império para servir à ditadura, desviando a função precípua da imprensa que é a de informar bem.
A manipulação da realidade tem sido uma constante no jornalismo global, que a recorda ao bel prazer dos interesses dos donos do aglomerado.

Ficou célebre o debate final entre Collor e Lula (ainda não se chamava Mula e se tinha algum esperança nele). Não se pode negar que Mula naquela época tinha uma articulação péssima, plena de erros, que, não poucas vezes, ofendiam a língua pátria. E não se pode negar, também, que, atualmente, melhorou muito do ponto de vista articulativo (graças ao trabalho suado de assessores que o corrigem minuto a minuto). A Globo, na edição do debate, em 1989, que foi ao ar, colocou somente os momentos nos quais Mula tropeçava e gaguejava e escolheu os melhores momentos afirmativos da figura 'collorida'.

Não noticiou os comícios das "Diretas Já" e somente veio a po-los no ar quando já não era mais possível "escondê-los".

Marinho ascendeu graças à sua habilidade em puxar o saco dos poderosos. Nisso ele era muito esperto e o fazia com peculiar talento. Incrível como Pedro Bial, para puxar o saco da Poderosa, escreveu uma pífia biografia de Roberto Marinho. Metido a cineasta, chegou a filmar contos de Guimarães Rosa, a figura de Bial tem me causado espécie quando aparece na telinha e contribuído sobremaneira para o agravamento de minha úlcera. Vade Retro!

André Setaro disse...

Procurando entender o chamado "Golpe de Honduras", cheguei à conclusão de que não houve golpe nenhum, mas, apenas, o cumprimento de uma norma constitucional, como se pode ver abaixo. Procurei e achei a Constituição de Honduras, que diz o seguinte:

ARTICULO 239- El ciudadano que haya desempeñado la titularidad del Poder Ejecutivo no podrá ser Presidente o Designado.


El que quebrante esta disposición o proponga su reforma, así como aquellos que lo apoyen directa o indirectamente, cesarán de inmediato en el desempeño de sus respectivos cargos, y quedarán inhabilitados por diez años.

Traduzindo:
Artigo 239 – O cidadão que tenha desempenhado a titularidade do Poder Executivo não poderá ser Presidente ou Designado para tal novamente.

Aquele que violar esta disposição ou propor sua alteração, assim como aqueles que o apoiarem, direta ou indiretamente, serão afastados, imediatamente, de seus respectivos cargos, e estarão inabilitados por dez anos.

O que Zelaya fez para tentar burlar a Constituição de Honduras, que veta, permanentemente, a reeleição, sob qualquer forma? Propôs um plebiscito para que o povo dissesse se queria, ou não, a convocação de uma Assembléia Constituinte, pois uma nova Constituição permitiria a ele, finalmente, colocar um dispositivo permitindo reeleições permanentes, como Chavez fez na Venezuela e os lulistas começaram a ensaiar aqui no final do ano passado e início deste ano

Jonga Olivieri disse...

Poucas vezes houve uma oportunidade tão grande de aliança entre a ditadura governamental e ditadura da comunicação aliadas em função de um projeto de alienação popular. Afinal e consequentemente as novelas estão aí até hoje.
A Globo devastou a concorrência, da mesma forma que O Globo, um jornaleco vespertino destruiu seus principais oponentes um a um desde o Correio da Manhã até o (hoje patético) sobrevivente Jornal do Brasil, passando por outros menores mas que sucumbiram como dominós em queda.
Roberto (que o diabo o tenha ardendo em chamas) Marinho representou o refinamento da maldade e do pensamento totalitário em manipulação de notícias e acontecimentos. A “edição” do debate Collor x Mula (1) é um exemplo dos mais expressivos e significantes. Mas seria impossível enumerar todas as baixezas que a Rede realizou ao longo de sua história.

(1) Já era Mula... Sempre foi uma mula. Muito embora seja dos políticos mais espertos e oportunistas que passaram por este país. Um enganador este agente da CIA. Naquela ocasião, em particular, cumpriu o seu papel em afastar Brizola de chegar ao poder ao insistir em ir até o fim, evitando uma aliança das “esquerdas” que possibilitasse derrotar o candidato da Globo. Que ganhou, meteu os pés pelas mãos e foi derrubado pela própria Rede que promoveu o movimento dos “caras-pintadas”

Ieda Schimidt disse...

Concordo com a tua conclusão de que nos encontramos numa sinuca de bico quanto ao futuro da comunicação no país.
Qualquer dos dois que vença, a lavagem cerebral continuará. Se não for a Universal Romana, será a Católica Universal. Ha! Ha!
Grande este teu batismo invertendo os sinônimos das duas igrejas que mais influenciam o comportamento do brasileiro nos dias que passamos.

Jonga Olivieri disse...

Muita água ainda vai rolar no nebuloso "affair" Honduras.
Mas eu não tenho dúvidas que (legal ou não) o golpe teve o dedo dos EUA, depois que Zelaya apoiou Chávez, a pedra no calcanhar do império, já que "Mula" é apenas um bolha d´água (aliás é o que ele é me tudo) nesta história toda.

Jonga Olivieri disse...

E que sinuca né Ieda? Quando digo que graças a deus eu não não acredito em deus (frase de Buñuel), estou livre dessas influências nocivas...

André Setaro disse...

Sim, concordo que os Estados Unidos pudessem estar apoiando aqueles que, segundo o Estado de Direito, porém, tiraram Zelaya da presidência, porque este poderia, se desse um golpe, como tentou (não obedecendo a decisão do congresso e da corte suprema), vir a se tornar um Chávez de Honduras.

Por falar em chaves, perdi as minhas e fiquei boa parte da manhã no playground a esperar a chegada de minha filha. Agora o porteiro subiu e mo-las entregou. Estavam entre as flores do jardim.

Jonga Olivieri disse...

Esta das chaves foi engraçada.