terça-feira, 6 de outubro de 2009

Uma teoria sobre “a Voz”

Estava a observar no dueto Sinatra/Jobim (“Medley” - 1967) um detalhe que vem a comprovar uma coisa que penso sobre o Sinatra (the Voice), o maior fenômeno musical de todos os tempos na música popular, não só estadunidense, mas mundial. Houve alguém igual? Ele conseguiu ser clássico no popular. Ele sempre se superou a todo instante.
E um detalhe importante a observar é que o cigarro afinava a sua voz. Notem o cigarrinho na mão antes mesmo de acender, a fumacinha a subir, o prazer das tragadas aliado à sua arte “carusiana” do cantar, já que um ítaloamerican, não poderia deixar de tê-la. Deixei o cigarro há mais de vinte e cinco anos, mas quando vejo uma cena dessas dá vontade, juro, de acender um novamente.
Mas, resumo da ópera, a teoria é a seguinte: Sinatra tinha um músculo extra no canto da boca. Um algo mais físico, para além de sua imensa bossa, sensibilidade e garra na interpretação. Pode parecer maluquice, e, quem sabe é. No entanto, basta observar suas expressões quando diz: “... Yes I will give my heart gladly”... E tambem em outros momentos.
Observem os detalhes: http://www.youtube.com/watch?v=l5qQNsP1Edc&feature=related

10 comentários:

Ieda Schimidt disse...

Que viagem!

Jonga Olivieri disse...

Foi o que eu disse... Pode ser loucura, alucinação, uma viagem da minha parte.
E deve ser mesmo, mas tem muito tempo que penso nisto.

André Setaro disse...

Curiosa observação. Creio verdadeira. Por coincidência estava ontem a ouvir um CD de Frank Sinatra, que reúne a sua fase clássica. É um cantor que assombra, realmente. Sinatra era um fumante de primeira linha, fumava sem parar, o que fez bem à sua bela voz.

Por falar em cigarro, impressionante ver os filmes americanos dos anos 40 para constatar que todos os personagens em cena fumam sem parar. É um tal de acender cigarro sem cessar. Os cinzeiros entupidos de bagas de cigarro. Lembro-me, menino, de minha tia Stela a fumar seu Minister, a soltar fumaça pelo nariz. Ela dizia que o maior prazer do mundo é se fumar um cigarrinho depois de um cafezinho. Leleca também fumava muito. E Continental sem filtro.

A estupidez do politicamente correto ameaça a liberdade do homem. O que diria tia Stela diante da sociedade contemporânea?

Jonga Olivieri disse...

Às vezes ficoespantado de quanto gosto de Frank Sinatra e Jonh Wayne, dois sustentáculos do pensamento ianque... Talvez melhor dizendo do pensamento "confederadö", sulista, racista.
Mas, Sinatra era um pouco melhor, até por ser um italo americano, um "oriundi", um latino, enfim. pelo menos era amiigo de Sammy Davis Jr. (um negro), e por ser fumante e alcoolico inveterado convivia melhor com todos.

maria disse...

Olha, essa idéia do músculo extra é meio demais mesmo.
Mas a bossa-nova foi mesmo alguma coisa!

Jonga Olivieri disse...

Repito... Fiquei maluco, devo estar vendo coisas. mas ele balança um músculo na bochecha.
Bom pode ser para reverberar a voz. Enfim, técnicas de cantor.

Popeye disse...

Coisa masi doida Jonga. De onde você tirou este músculo? Eu hem? Ainda bem que você reconhece que ficou doidaço

Jonga Olivieri disse...

Sorry gente, Eu juro que vou levar isto para minha analista...

CECÉ disse...

KKKKKKKKK, Jonga fumar faz bem a saude de algumas pessoas, meu psiquiatra mandou eu fumar .... mas outro tipo de cigarro, kkkkkkkkkk a fumaça deve ter algum poder de alucinação talvez!!!! será????

Jonga Olivieri disse...

Essa outra, com certeza... Cigarro só afina (no sentido musical) a voz. Ou acaba completamente com ela.