segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Uessan

A luta pelo direito de nos chamarmos americanos é um princípio básico e realístico de nossa situação geográfica. Somos americanos todos aqueles que nasceram do Alasca à Patagônia. No entanto, e, principalmente gentes de gerações anteriores à minha diziam: “Fulano está na América” com a maior naturalidade quando alguém ia aos Estados Unidos. Como? E aqui, onde estamos?
Os povos hispânicos, tanto na América, quanto em Europa (os próprios espanhóis) referem-se aos ianques como “estadunidenses”. Eu adotei, de uns anos para cá, esta designação. Pelo simples direito de ser tambem um americano. E creio que todos, brasileiros, argentinos ou dominicanos, deveríamos estar a exigir isto.
Mas em inglês e outras líguas deveria haver um movimento neste sentido. “É interessante lançar o termo "Uessan" em inglês pra que, algum dia, eles se deem conta de que eles não são exclusivamente Os Americanos ...” É também importante dizer que este texto, bem como a proposta do título de nacionalidade em inglês é de meu filho, Gustavo, que inclusive, em determinada ocasião publicou no antigo Pensatas (1) uma matéria a defender a tese de que somos todos americanos e não apenas os estadunidenses.

(1) O artigo foi postado no Pensatas em fevereiro de 2007 e republicado no Novas Pensatas em 6 de novembro de 2008.

8 comentários:

Anônimo disse...

Sim, vc tem td razão, dd que americanos são o q nscem no cont de N a S

Jonga Olivieri disse...

Anônimo. Após compreender sua mensagem cifrada, vejo que você também pensa da mesma forma, ou seja, da Terra do Fogo ao Alaka, somos americanos.

Ieda Schimidt disse...

Querido, ontem não tive tempo de ler a tua postagem de uma temática que me interessa muito.
Estou cada vez mais convencida de que é um abuso os ianques incorporarem para si mesmos uma condição que é de todos nós Americanos.
Como tua (e do teu filho) opinião é clara; ele não podem fazer isto livremente. É o resultado de uma prepotência, uma distorção.
Veja que os ingleses são ingleses ou no máximo britânicos, ou os japoneses são apenas japoneses, mas ninguém nesses continentes assume a condição de ser titulares do seu continente. Nem os sul-africanos, em cuja nacionalidade está o continente se dizem Africanos, mas sim sul-africanos.
Portanto aqui a minha adesão definitiva à classificação de estadunidenses para eles (Uessan em inglês) com que os hispânicos se referem (e isto já notei até na televiaõ destes países).
Vamos nos juntar a los hermanos. Afinal, se cada um de nós flarmos isto, estaremos ajudando a que se forme um novo hábito, pois isto é apenas um costume errado que deve e tem que ser corrigido.
A América para todos os americanos!

Jonga Olivieri disse...

Isto mesmo, gauchita, despacito precisamos começar uma ação de aliciar pessoas a esta causa: "A América para todos os Americanos"...

Anônimo disse...

Mas é muito difícil mudar depois de tanto tempo um hábito das pessoas. Dizemos americanos sem mesurar a extenção do significado da palavra.
É certo que eles, os americanos do norte criaram isto e consolidaram a partir das grandes imigrações europeías em finais do Século 19 e início do 20, quando ir-se fazer a América passou a ser um sinônimo da grande quantidade de pessoas que para fugir das agruras na Europa devassada ia buscar novas oportunidades num Eldorado real.
Daí em diante, vir para o Brasil ou Argentina (os mais procurados) tinha que ter uma diferenciação.
O termo ficou tão popular que passou a fazer parte do linguajar que tornou-se lugar comum.
E els se sproveitaram (claro) do fato.
Será que agora, passado tanto tempo ainda há como modificar?
Anselmo

Jonga Olivieri disse...

Olha, Anselmo, tem-se que tentar corrigir distoções sempre que possível.
Será que vamos nos acomodar de forma tão simples assim? Se é errado, vamos tentar mudar.
Uessan ou estadunidense são significados reais do que eles são.
Mas também concorddo que não pode ser por decreto, do dia para a noite.
Tem que haver empenho. Na Wikipédia, nos textos portugueses da Wikipédia já aparecem muitas citações a estadunidenses. Isto é um bom sinal. O sinal de que mais gentes estão envolvidas neste processo de mudança.
Se acreditamos, vamos mudando aqui e ali. Aí, um dia... Quem sabe?

maria disse...

Você e suas idéias (idealistas). Aliás seu filho saiu muito bem ao pai.

Jonga Olivieri disse...

Quem sai aos seus não degenera!