A política do governo Bush era explícita e belicista. Ficamos acostumados nos seus oito anos de guerras declaradas ou não, intervenções abusivas e todo tipo de opinião, por mais estapafúrdia que fosse, nos deixando acompanhar de queixo caído à prepotência de um “imperador” desvairado.
O ainda incompleto primeiro ano de Obama tem-se caracterizado pela sutileza e a hipocrisia de um governo que se quer dizer “progressista”, mas não é tanto quanto tenta aparentar. Na verdade, Obama tem até assumido algumas medidas mais à “esquerda” no plano doméstico, mas sua política internacional em pouco difere da do seu antecessor.
No entanto, diversos presidentes democratas passaram para a história assim. Kennedy foi um. Enquanto apoiava internamente os direitos civis e outros aspectos sociais da época, invadia Cuba pela Baía dos Porcos e aumentava a presença de tropas estadunidenses no Vietnam... Que deu no que deu.
A situação em Honduras, o golpe em que os Estados Unidos estiveram por trás, mas se negam a assumir – muito embora pelas suas posições, isto fique cada dia mais claro – deixa bem evidente a posição do governo Obama no cenário mundial. O fato é que, ao apoiar as eleições do próximo dia 29, os EUA marcham para uma posição de isolamento em relação às demais nações do continente, bem como da própria Europa e entidades como a OEA e a ONU.
Posições dúbias também no Afeganistão. Esta semana, Obama fez declarações deixando no ar uma nova política que os estadunidenses tomarão daqui para frente, quando é mais do que sabido que mais e mais tropas seguirão para aquele país. Aliás, desde sua campanha eleitoral ele afirma que diminuirá o número de soldados no Iraque (a grande trapalhada de Bush), mas que aumentará no Afeganistão. Até porque ali a situação é quase que irreversível.
O mais grave de tudo, no entanto, está na crise econômica e na impossibilidade de combatê-la de forma rápida e eficaz. Daí a necessidade de tomar algumas providências internas mais populares e tentar desta forma angariar a simpatia do povo, pois ela (a crise) não terminará tão cedo. E este é o “xis” da questão.
O ainda incompleto primeiro ano de Obama tem-se caracterizado pela sutileza e a hipocrisia de um governo que se quer dizer “progressista”, mas não é tanto quanto tenta aparentar. Na verdade, Obama tem até assumido algumas medidas mais à “esquerda” no plano doméstico, mas sua política internacional em pouco difere da do seu antecessor.
No entanto, diversos presidentes democratas passaram para a história assim. Kennedy foi um. Enquanto apoiava internamente os direitos civis e outros aspectos sociais da época, invadia Cuba pela Baía dos Porcos e aumentava a presença de tropas estadunidenses no Vietnam... Que deu no que deu.
A situação em Honduras, o golpe em que os Estados Unidos estiveram por trás, mas se negam a assumir – muito embora pelas suas posições, isto fique cada dia mais claro – deixa bem evidente a posição do governo Obama no cenário mundial. O fato é que, ao apoiar as eleições do próximo dia 29, os EUA marcham para uma posição de isolamento em relação às demais nações do continente, bem como da própria Europa e entidades como a OEA e a ONU.
Posições dúbias também no Afeganistão. Esta semana, Obama fez declarações deixando no ar uma nova política que os estadunidenses tomarão daqui para frente, quando é mais do que sabido que mais e mais tropas seguirão para aquele país. Aliás, desde sua campanha eleitoral ele afirma que diminuirá o número de soldados no Iraque (a grande trapalhada de Bush), mas que aumentará no Afeganistão. Até porque ali a situação é quase que irreversível.
O mais grave de tudo, no entanto, está na crise econômica e na impossibilidade de combatê-la de forma rápida e eficaz. Daí a necessidade de tomar algumas providências internas mais populares e tentar desta forma angariar a simpatia do povo, pois ela (a crise) não terminará tão cedo. E este é o “xis” da questão.
6 comentários:
Crise, você disse bem, o xis da questão. Agora analisar a crise e prever as saídas requer uma lente grande angular.Essa comparação...acho que são políticas tão controversas, tão limitadas para resolver embates e confrontos de interesses, só recorrendo as analises de Eric Hobsbawn, velhinho que só ele mas deveras antenado, outro dia Carta Capital online publicou idéias dele sobre a crise americana. Uma vez me disseram que quando quisesse entender a crise não precisava usar o método comparativo, não dava certo. Tinha que olhar os avanços e recuos e utilizar o método histórico. Complica?
Um abração daqui do planeta do sol.
Como você se referiu Obama esta semana em notícia na televisão falou em reformular a política para o Afeganistão. Será!
As análises de Hobsbawn são brilhantes e dialéticas. Por isto, sem dúvida, tão certeiras.
A história é uma evolução de contrários. Uma crise como a que atravessamos a partir de uma abordagem via Praxis torna mais claras suas origens e seu desdobramento.
Exatamente. Recentemente ele falou sobre um "provável" afrouxamento.
Eu não creio.
A tua definição sobre o partido único nos EUA procede.
É mesmo como se fossem duas correntes de uma mesma organização partidária que divergem em alguns aspectos mas no fundo defendem a mesma coisa. No caso, o capitalismo.
Quanto a políticas pontuais isso varia de época para época e circunstâncias que as mesmas apresentam. E, claro existem os falcões e os mais brandos, os que se preocupame mais ou menos com o povo.
E nem sempre estão na mesma corrente. Existem Republicanos que se notabilizaram com causas sociais. Quer melhor exemplo do que Lincoln?
É isto mesmo...
Postar um comentário