As informações são da reportagem de Rubens Valente, intitulada “Governo espionou críticos mesmo após fim da ditadura; veja documentos”, publicada na edição desta segunda-feira (31 de maio) do citado jornal, lida em sua versão online.
Segundo ela, “o governo interceptou cartas, infiltrou agentes e produziu listas de nome e endereços dos principais protagonistas da oposição. Entre os investigados estão os sem-terra, sindicatos, grupelhos de esquerda e membros de entidades como OAB.”
Alguns exemplos como “Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra”, de 22/04/1986, ou a “Tática do PCB para o Movimento Sindical”, de 24/06/1985, as “Atuais Estruturas e Principais Militantes do Partido Revolucionário Comunista – PRC, de 09/05/1988, a “Radicalização na Atuação de Organizações Subversivas no Brasil, de 19/02-1990, são, entre dezenas, alguns dos documentos citados pela reportagem da FSP.
Inquirido pelo próprio jornal, o polêmico atual presidente do Senado, o “honorável bandido” (1) declarou que “o trabalho do SNI, naquele período, pareceu-me sempre burocrático, e o seu ministro-chefe encontrava-se comigo em reuniões de trabalho, das quais participava com os chefes da Casa Civil e da Casa Militar, e se restringia a me transmitir notícias que, em geral, já eram do conhecimento da mídia. Logo que assumi, dei instruções para que o órgão suspendesse toda e qualquer atividade no que se referia a investigar a vida particular das pessoas (2), dizendo que isso não correspondia a nenhum interesse de Estado.”
E mais adiante: “... Eu assumi o governo com o programa trazido pela ‘Aliança Democrática’ e, nesse documento, não constava a extinção do SNI; ao contrário, a orientação que (o presidente eleito) Tancredo Neves sempre pregava é que não tivéssemos revanchismos. Acredito que as extinções posteriores foram apenas troca de siglas...”, e mais adiante: ...De minha parte, não havia nenhum acompanhamento direto até mesmo porque o MST estava começando mas apenas informações informais que me eram trazidas pelo chefe do SNI sobre acampamentos...”
(1) Inspirado no título de um livro de Palmério Doria sobre o clã Sarney e suas ações, principalmente no Maranhão.
(2) Informação que não procede, pois entre os documentos citados existem vários nomes como Geraldo Pereira ou Dulcineia Pavan (militantes do MST) e ainda Márcio Thomaz Bastos (OAB de São Paulo).
8 comentários:
A revelação registrada é bastante esclarecedora em relação ao famigerado Sir Ney. Coronel do Maranhão (pensa que este estado da federação é 'dele'), possui dois comportamentos diferentes: um, quando se encontra no seu feudo, outro no Senado Federal. A sua máscara vem caindo com intensidade. Mas, que fim levaram os atos secretos do Senado.Parece que tudo foi arquivado 'e não se fala mais nisso'.
Quando vice de Tancredo, e depois que assumiu, pretendeu agradar à ala mais à esquerda (inclusive com a legalização do Partidão). Nunca se pode esquecer, no entanto, que apoiou os militares sendo presidente do PDS (antiga Arena) e muito lutou, no Congresso, para derrubar as 'diretas já!'. E conseguiu.
A Novas Pensatas voltou a seu dinamismo de outrora. E, agora, com fotos.
Sir Ney, sempre foi, é... e sempre será um "corné" ao velho estilo. Seu Estado é o seu feudo!
Barbaridade! Em cima da bucha, não? Esta tua matéria veio a calhar pois hoje estou com este tema para falar!
Beijos por isto.
Que sorte esssa coincidência. Gostei... Leia a Folha de ontem que tem muito mais!
Sarney teria que ter sido preso ha muito tempo. Mas está solto e vai continuar pelos jeitos.
Dizem as más linguas que aunado Tancredo morreu e ele ia assumir ele mesmo exclamou: Meu Deus, este país é muito infeliz!
Devia estar falando do fato de assumir aprsidencia. Será?
Tomáz
Será? Talvez sim, mas é muita cara de pau!
Sarney não está pagando nada aqui. Mas tenho certeza q ue vai arder nas profundezas. A justiça Divina não há de falahr!!!!!!
Mas tinha que "penar" por aqui mesmo... Porque o que tem do lado de lá, eu não posso provar. Você pode, marinheiro?
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