O Facebook tem um universo bastante amplo de participantes. Bom, há coisa de umas duas semanas atrás, me envolvi numa discussão sobre a cada vez maior polêmica de se os estadunidenses podem rogar-se o direito de se auto-intitularem “americanos”, ou não.
A coisa começou porque uma conhecida, comentando algum fato usou o termo “iunairistêites” para se referir a estadunidenses. Li e gostei. De imediato, comentei na sua nota a minha aprovação à denominação, dizendo que defendia o fato de que, como os hispânicos, deveríamos adotar “estadunidenses” para quem nasce nos EUA...
Alguns momentos depois –porque na web é tudo muito rápido–, veio a resposta de um sujeito a defender o fato de que eles (os estadunidenses) são “americanos” por direito. Juro que a primeira reação que tive foi de nem responder à provocação... Mas, nessas horas o sangue fala mais alto e escrevi uma resposta na qual exponho o fato do continente ser América, e todos nascidos por essas bandas, termos direito ao uso da denominação, e eles serem apenas “estadunidenses”.
Mas não é que o gajo continuou a defender com insistência alegando que o país era Estados Unidos da “América”, e que nenhum outro país do continente usava América em seu nome... Depois fez um outro comentário, desta feita em inglês, alegando que o termo estadunidense não tinha correspondente em inglês. Ao que retruquei (tambem em inglês) que havia, e que era “Uesseen”.
Como a direita não costuma ter muitos argumentos, o nível começou a descer –da parte dele, claro– e na última, ele mesmo admitiu que realmente a coisa estava virando “melê”... Ao que lhe respondi que concordava e usei aquela gíria: “fui...”, deixando a polêmica de lado. Mas de tudo isto ficou o “iunairistêites”. Uma palavra que pode ser aplicada no futuro.
A coisa começou porque uma conhecida, comentando algum fato usou o termo “iunairistêites” para se referir a estadunidenses. Li e gostei. De imediato, comentei na sua nota a minha aprovação à denominação, dizendo que defendia o fato de que, como os hispânicos, deveríamos adotar “estadunidenses” para quem nasce nos EUA...
Alguns momentos depois –porque na web é tudo muito rápido–, veio a resposta de um sujeito a defender o fato de que eles (os estadunidenses) são “americanos” por direito. Juro que a primeira reação que tive foi de nem responder à provocação... Mas, nessas horas o sangue fala mais alto e escrevi uma resposta na qual exponho o fato do continente ser América, e todos nascidos por essas bandas, termos direito ao uso da denominação, e eles serem apenas “estadunidenses”.
Mas não é que o gajo continuou a defender com insistência alegando que o país era Estados Unidos da “América”, e que nenhum outro país do continente usava América em seu nome... Depois fez um outro comentário, desta feita em inglês, alegando que o termo estadunidense não tinha correspondente em inglês. Ao que retruquei (tambem em inglês) que havia, e que era “Uesseen”.
Como a direita não costuma ter muitos argumentos, o nível começou a descer –da parte dele, claro– e na última, ele mesmo admitiu que realmente a coisa estava virando “melê”... Ao que lhe respondi que concordava e usei aquela gíria: “fui...”, deixando a polêmica de lado. Mas de tudo isto ficou o “iunairistêites”. Uma palavra que pode ser aplicada no futuro.
16 comentários:
Vou ver o seu blogue, Fábio.
Quanto à proposta ela não é só minha, mas de toda uma corrente, da qual os hispânicos já fazem partem há muito tempo.
Veja bem, a geração de meu pai referia-se aos EUA como América, o que era bem pior para quem nasceu na América, mesmo sendo do sul.
Afinal nascemos onde? Na Ásia?!
Isto vai mudar com o tempo, e apesar dos reacionários!
valeu aparece la sim ... hoje estamos tendo uma democratização atraves da propria comunicação... nao se pode parar a informação, porem filtros como seu blog sempre se fazem importantes, espero que goste do Ecos.. Saravá
Tua tese é excelente. mas tem que arranjar um canal de divulgação mais abrangente e eamplo do que um blog. Desculpe, blogue, pois é outra coisa em que tens razão.
O fato é que, Jonga, você está muito assíduo no Facebook. Mas, com isso, não estou a fazer juízo crítico, pois a sua presença, lá, o enriquece.
Aproveito para fazer uma propaganda de meu mais novo blogs para os seus leitores especiais:
http://clippingsetaro.blogspot.com
Por falar em reacionário, há pessoas que gostam de se dizer assim. Stewart Granger, por exemplo, gosta de proclamar em alto e bom som: "Sou mesmo reacionária!"
Já fui e marquei nos meus favoritos, Fábio. No entanto ainda não tive tempo para lê-lo em função de Copa do Mundo. Coisas de Brasil...
Estou começando a usar a tese no 'Facebook' que é um canal mais aberto.
Ainda vou arranjar uma forma de divulgar isto de forma mais intensa por lá.
E tambem no Twitter, que é um canal que uso pouco, mas preciso aproveitá-lo com maior força.
Por esta assiduidade no FB, creio que a tese de chamar os nascidos nos EUA de estadunidenses pode se tornar mais efetiva.
Essa de Stewart Granger é muito boa André!
Gostei demais dos iunairistêites, mas estadunidenses é mais sério, não é verdade?
Um fica o oficial o outro para quando quiser fazer alguma gozação.
Sua 'conhecida' até que contribuiu com você mesmo que não quisesse (rsrs)
Acho que você foi na mosca. Iunairistêitis é um termo que nos remete muito à gozação, enquanto estadunidense é uma proposta de fato para ser usada normalmente.
Esta sua tese cada dia me deixa mais convencida. No início achava bobagem talvez pelo hábito. Desde pequena chamo aquele pessoal de lá de americano. Mas hoje acho que você tem razão.
É difícil a gente mudar velhos hábitos. Mas como disse em comentário anterior, lembro da geração anterior à minha referindo-se aos Estados Unidos como América. Tipo: "Fulano está na América". Um absurdo que ninguem mais fala hoje em dia.
Parece frescura mas não é. Nós somos a América. De norte a sul.
Há um filme, excelente por sinal, do grande Alain Resnais, que se chama "Meu tio da América" ("Mon oncle d'Amérique", 1980). Um personagem sempre se refere a um tio que foi para a América. E América aqui é os Estados Unidos.
Mas você tem razão. Em meus textos, costumo usar estadunidense, que acho mais adequado.
Esta coisa de "americanos" começou principalmente quando os europeus saiam de lá e diziam que "iam fazer a América".
Apesar de que basttante deles veio para o Brasil, Argentina, Uruguai, Venezuela e outros, a esmagadora maioria foi mesmo para o 'States', o que ajudou a solidificar.
Mas hoje está muito comum (veja artigos portugueses na Wikipédia) o uso de estadudidenses.
O probelma é cair na linguagem falada. Eu mesmo, durante muito tempo dizia; "os ameri... estadunidenses". Aí é que a coisa pega!
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