domingo, 7 de novembro de 2010

Pensatas dominicais

O G-20 estará reunido esta semana na Coreia do Sul para debater o futuro da economia mundial. O centro das discussões, tudo leva a crer, será a chamada "guerra cambial".
Como decorrência das medidas defensivas adotadas pelos Estados Unidos frente à sua crise interna, o dólar vem perdendo valor no cenário cambial. Essa desvalorização prejudica as exportações da maioria dos países, que veem seus produtos se tornarem mais caros no mercado internacional. Os principais atingidos são os chamados “emergentes”, incluído aí o Brasil.
No entanto, reclamações sobre a política monetária dos EUA também partiram de países desenvolvidos. O ministro da Economia alemã afirmou na semana passada estar preocupado com que os Estados Unidos estejam tentando estimular o seu crescimento ao injetar liquidez na economia.
Mas a China também é apontada por muitos economistas como uma das responsáveis desta chamada guerra cambial. Com câmbio fixo, Pequim consegue manter sua moeda sempre atrelada ao dólar e desvalorizada em relação a outras moedas.
A ONU alertou que o resultado desse tipo de medida tem sido a transferência dos recursos para mercados emergentes em forma de capital especulativo. "Mais uma vez, o problema nos países ricos está sendo exportado”, afirmou o secretário-geral da Conferência para o Comércio e Desenvolvimento, Supachai Panitchpakdi.
Na realidade e por trás de tudo o quadro se resume à crise sistêmica do capitalismo, e mais uma vez o capital monopolista internacional tentando se proteger a qualquer custo. Nem que seja através de uma verdadeira guerra. Afinal, guerra é guerra!

9 comentários:

André Setaro disse...

Observações que fazem pensar sobre o futuro da humanidade diante da inevitável guerra cambial. Há pouco, os EUA deram quase um trilhão para os bancos. Segundo li num analista, os EUA, com isso, querem inflacionar o mundo todo no que ele considera uma 'maldade'. Como de hábito.

Jonga Olivieri disse...

Marx dizia que uma classe no poder prefere suicidar-se a admitir a sua derrota.
Esta é a nossa realidade... Talvez fatal!

Stela Borges de Almeida disse...

Como diz Hélio Pólvora,escritor, membro da Academia Baiana de Letras relebrando a novela de Joseph Conrad: " Mar calmo, um plácido espelho. Vem um sopro de vento, depois outro. Forma-se a marola. Um trovão estala. É a tempestade". Guerra é guerra e não há motivos para otimismos, você sabe disso.

Ieda Schimidt disse...

Somente hoje pude ler esta tua postagem.
Tenho a dizer que ela é muito oportuna e reflete um dos maiores perigos de que o mundo degringole por completo.
Os EUA farão de tudo para não caírem sua posição hegemônica, fato que já esta ocorrendo com o crescimento da China. Cai ser uma luta dura. Uma guerra, conforme falaste.

Jonga Olivieri disse...

E de marola em marola podemo chegar ao tsunami!

Jonga Olivieri disse...

E guerra... É guerra mesmo!

Eliana BR disse...

Gostei muito da nova aparência do blog, muito mais leve. A imagem escolhida pra esta postagem é otima!!!!!
Beijo,
Eliana

Jonga Olivieri disse...

Nada a acrescentar!

Jonga Olivieri disse...

Obrigado Eliana... Tambem acho que ficou melhor!