domingo, 18 de setembro de 2011

Pensatas de domingo, padres tarados, “show” em Nova Iorque e outros babados mais


Uma associação estadunidense de vítimas de padres pedófilos anunciou na última terça-feira (13 de setembro) ter apresentado uma queixa ante o TPI (Tribunal Penal Internacional) contra o papa Bento 16 e outros dirigentes da Igreja católica acusando-os de crimes contra a humanidade. Os dirigentes da associação “Rede de Sobreviventes de Abusados por Padres”, orientados pelos advogados da ONG "Centro para Direitos Constitucionais", entraram com uma ação para que o papa seja julgado por "responsabilidade direta e superior por crimes contra a humanidade por estupro e outras violências sexuais cometidas em todo o mundo".

No vídeo publicado na 2ª feira neste blogue ficou evidente que a invasão pelos Estados Unidos e o próprio atentado às Torres Gêmeas fizeram parte de uma ação premeditada contra o Afeganistão, no qual após a tomada do poder pelos Talebans viu reduzida sua produção de ópio para o mundo, caindo de 3.000 toneladas/ano (80% do total mundial) para inexpressivos 185 por ano. Hoje, aquele país já retomou a liderança (agora 90%) na plantação de matéria prima para a fabricação da droga, e isto, apesar de não estar totalmente ocupado pelas tropas invasoras do ocidente, representantes do capital internacional que hoje usa o tráfico de drogas como uma de suas fontes mais lucrativas.

Às vezes assisto o Jornal Nacional somente para me inteirar melhor do que a direita está pensando. Depois vou ao banheiro vomitar!

Segundo dados divulgados esta semana, o escritório responsável pelo censo nos Estados Unidos revelaram que o número de estadunidenses vivendo na pobreza chegou a 46,2 milhões no ano passado, o número mais alto desde que os dados começaram a ser coletados em 1959. A taxa de pobreza no país aumentou de 14,3% em 2009 para 15,1% no ano passado. Os dados refletem a lenta recuperação da economia dos EUA após a crise mundial, em um momento em que aumentam os temores de que o país mergulhe em uma nova recessão.

A grande mídia internacional tratou o décimo aniversário do 11 de setembro como um grande show, ou um filme catástrofe, reprisando os momentos mais “espetaculosos” do acontecimento com grande estardalhaço e uma repetição abusiva. E terminaram o “espetáculo” com luzes recompondo os edifícios (ver foto acima). Em suma, “the show must go on”...
E por falar em show, até em parâmetro quase oposto na mídia alternativa, mas de qualquer forma, noto a cada dia que passa o quanto vídeo e escrita estão cada vez mais próximos na web. Somente como exemplo, das últimas cinco postagens publicadas neste blogue, quatro delas tinham algum filmete.

Excelente a nova coleção lançada pela Folha sobre o cinema europeu. O último que saiu aqui no Rio o excepcional “Asas do desejo” (Der himmel ünder Berlim – 1987) de Wim Wenders. Uma boa oportunidade de se assistir filmes europeus a baixo custo.
Enquanto isso, caramba, na TV, seja a cabo, seja a aberta há uma inundação de enlatados estadunidenses. E o pior, não são nada bons, mas a massificação de “probleminhas mediocrizinhos” do dia a dia da alienada pequena burguesia dos Estados Unidos, principalmente em séries idiotizadas. Isto é mesmo colonização cultural e lavagem cerebral, a mais clara, aberta... E débil mental!

Na semana que acabou, postei o dueto Amy Winehouse/Tony Bennett interpretando “Bod and soul” (1930, letra de Edward Heyman, Robert Sour e Frank Eyton, música de Johnny Green) imortalizada por nada menos que Billie Holliday, Ella Fitzgerald e Frank Sinatra.
Nesta, que teria sido sua última aparição, Amy se iguala às grandes damas do jazz (sério) na grandeza de sua voz que vem de dentro, sentida no estômago, na sua fácil e temperada “segunda voz”, nos seus charme e carisma.
Mas tem uma música, “Tears dry on their own” (1) em português "Lágrimas secam por si só" em que fica evidente o porquê dela ter-se diferenciado tanto entre as intérpretes modernas, pois numa letra em que fala do abandono de seu amado, Winehouse, cuja “persona” na maquiagem e penteado foi uma proposital caricatura dos tempos em que vivemos, mostra ao vagar perdida em ruas de uma Londres nua e crua, repleta de prostitutas e travestis, mulheres gordíssimas, gente grossa que se “tromba” e nem está aí pra isto, um sujeito portando um cartaz em que se inscreve “o fim é agora”, um outro, bebum a apalpar mulheres, violência policial, num bairro que não conheci porque quando fui àquela cidade, claro, como turista, jamais me levariam a um local, que esteticamente, --de forma particular em algumas das tomadas-- mais parece um subúrbio de qualquer cidade do 3º mundo.
Crítica... A mais irreverente crítica social à “fauna humana”.


Tudo isso de pesquisar o trabalho da Amy provocou uma febre de me atualizar quanto à música neste mundo pós moderno em que vivemos. Incrível, mas a gente começa a notar que está envelhecendo quando o mundo fora de nossas paredes começa a ficar distante. E, gentem, fiquem certos que Madonna já é uma coroa!
O fato é que passei a me aprofundar no trabalho de “BeyoncésRihanasLadyGagas” e congêneres da vida. E mesmo que não preze, acho que devo estudar pelo menos um pouco de cada uma delas. Afinal, Amy surgiu assim e gostei. Mas posso garantir que as demais, algumas belíssimas espécies de mulher, não têm o mesmo conteúdo.

Enquanto isso em Brasília, mais uma vez Sarney mostrou a sua força ao indicar o maranhense Gastão Vieira como o novo Ministro do Turismo. Será o Brasil um grande Maranhão?

10 comentários:

André Setaro disse...

Salvador, sua terra, apesar de já uma grande metrópole, vive marginalizada dos bons eventos culturais cinematográficos. No eixo Rio-São Paulo, houve as retrospectivas de Alain Resnais, John Ford, Alfred Hitchcock e, agora, Vincente Minnelli, abrangendo todos os filmes desses realizadores em cópias em películas 35mm e restauradas. Mas os demais estados brasileiros não tiveram a chance de vê-las.

Lendo a sua pensata, no tópico que trata da coleção do cinema europeu promovida pela Folha, também aqui os livros contendo os dvds não são distribuídos. Trata-se de uma coleção imprescindível para todos aqueles que se sentem amantes do cinema. "Asas do desejo", por exemplo, de Wenders, é um ponto de referência para a arte do filme do último quartel do século XX.

Sim, o Brasil é um grande Maranhão.

Jonga Olivieri disse...

Terrível não exibirem-se nem em Salvador nem em lugar nenhum (fora Rio/SP) a maioria dessas retrospectivas. Apesar de que perco muitos filmes nelas. As distâncias e a impossibilidade de ir para o lado da cidade em que passam em determinado dia prejudica muito. Fica difícil ir a todas as exibições de todas as rstropectivas. Muito embora saber que você fa-lo-ia.
Quanto aos dvd's da Folha, acho um ato criminoso mesmo. Não é tão difícil ampliar a promoção para outras capitais. Bom, quando eles anunciaram pensei que não ia chegar no Rio. Ela veio com certo atraso. Quem sabe voc~e se comunicando com o jornal eles consigam um jeito?
No endereço abaixo você talvez consiga alguma coisa:
http://cineeuropeu.folha.com.br/colecao.html

André Setaro disse...

Obrigado pelo link. Vou acessá-lo

Jonga Olivieri disse...

Neste 'link', você vai notar que inda têm filmes fantásticos para sair.
Um filme, que particularmente ainda não comprei porque os preços geralmente são salgadinhos, é "Rocco..." de Visconti que considero uma das obras primas do cinema e tem anos qu não assisto.
Fico ancioso com o seu lançamento... Que, pelo cronograma, ainda deve demorar cerca de um mês e meio!

Simey Lopes disse...

pensar que pessoas querem nos convencer de que o elas dizem (pregam) é verdade, mas nem a própria é uma verdade, cada dia me convenço mais de que a vida é um teatro, ou como diria minha mãe "o palco dos bons atores".
Continuando com o teatro da vida... não preciso falar mais nada do 11 de setembro.

Quanto aos bons eventos culturais, creio que assim como não é interessante para um governo autoritário dar educação ao povo, digo o mesmo da boa cultura, não é interessante que o povo pense, sobra pra quem pensa procurar o que lhe interessa, que bom que surgiu a internet.

Anônimo disse...

Ih bobo! Não que Londres não tenha lugares barangos, mas Tears Dry on Their Own foi gravada em Los Angeles. E também considero uma de melhores músicas da Amy.
E está repleto memsmo de travecos, inclusive brasileiros.
Iracy

Jonga Olivieri disse...

Falou e disse, Simey!

Jonga Olivieri disse...

Ô Iracy, então está explicado... L.A. é terceiro mundo! De alguma forma o é!

Anônimo disse...

Já que está pesquisando sobre as cantoras modernas e aproveitando que Rihana está no Brasil, o que acha dela?
Iracy

Jonga Olivieri disse...

Pesquisando não quer dizer que saiba ou tenha uma opinião sobre todas elas.
Passei a ter um contato mais direto com o trabalho de cada uma delas.
Quanto a Rihana chamou-me a atenção o fato dela ser o motivo de um feriado em Barbados, onde nasceu.
Isso não deve "ser mole" na cabeça de uma jovem... Um casoa a estudar.