terça-feira, 1 de novembro de 2011

O WikiLeaks, a CIA e alguns "segredinhos" da imprensa brasileira

Segundo li ontem no Jornal do Brasil, a repercussão da relação entre o jornalista William Waack, da Rede Globo, com funcionários do governo estadunidense tem sido um dos principais tópicos no Twitter desde a semana passada. Waack, aliás, foi durante um bom tempo correspondente da Globo nos Estados Unidos.
Analisando mais a fundo os documentos vazados pelo Wikileaks a respeito da mídia brasileira, é possível colher um panorama bem amplo das impressões que o governo dos Estados Unidos tem do jornalismo brasileiro. Entre os órgãos mais citados estão os jornais Folha de São Paulo (384 mensagens), Estado de São Paulo (317), O Globo (89), Valor Econômico (84), Jornal do Brasil (23) e Correio Braziliense (11). A Veja lidera entre as revistas, com 85 mensagens.
Cada um deles também recebe uma classificação de acordo com a sua suposta orientação política. O JB é visto como de centro esquerda, a Folha como liberal e Estadão, O Globo e Veja de centro direita, segundo as autoridades estadunidenses. A revista Carta Capital aparece como nacionalista de esquerda.
Nos documentos, que podem ser acessados pelo cablesearch.org, é possível encontrar relatos de vários encontros informais entre funcionários do governo dos Estados Unidos e jornalistas brasileiros para obter informações. Em um deles, em janeiro de 2010, o colunista Diogo Mainardi aparece antecipando informações de sua coluna para os ianques num "almoço reservado". Mainardi também é conhecido pelas suas ideias ”fundamentalistas” de extrema direita e em defesa da política estadunidense tanto no Iraque quanto no Afeganistão.

4 comentários:

Stela Borges de Almeida disse...

Recebi e estou reenviando o link
http://youtu.be/G5oTAruUwJs
resultados do Encontro de Blogueiros em Foz do Iguaçu. As informações da sua leitura me ajudaram a localizar melhor os "segredinhos". Gostei!

Jonga Olivieri disse...

Obrigado Stela!
Importantíssimo este documento gravado da realidade.
Hoje estou sem tempo, mas amanhã pretendo posta-lo aqui.

Mário disse...

O William Waack ainda é um tipo pelo menos normal, o que não impede que seja um agente dos Estados Unidos, claro.
Já o Diogo Mainardi é antipático, prepotente e como você disse um "fundamentalista" de direita além de ser um sujeito cheio de preconceitos.
Simplesmente DE-TES-TÁ-VEL!

Jonga Olivieri disse...

"Tipo pelo menos normal" é emgraçado...
Agora o Mainardi, sai da frente, é mesmo insuportável, um fascista fundamentalista!