domingo, 21 de outubro de 2012

Pensatas de domingo... Um fenômeno da “cultura de massas”...



Adriana Esteves: como outros do elenco, um verdadeiro show de interpretação

“Avenida Brasil” ficará na mente dos telespectadores por muito tempo! Talvez em alguns anos outro fenômeno igual possa surgir, mas, sem dúvida com esta novela a teledramaturgia nacional encontrou um novo caminho. E esse caminho foi delineado num frisson comparável ao final de “Vale Tudo” (circa 25 anos atrás).

Ricardo Waddington, diretor de núcleo responsável por “Avenida Brasil”, disse ao jornal “Estado de S. Paulo! que a novela tem foco na história e no elenco. Waddington também afirma que o entrosamento entre o elenco e a liberdade de improvisar, fizeram com que personagens como Zezé (Cacau Protásio), Janaína (Cláudia Missura), e Adauto (Juliano Cazarré) avançassem na trama.
“Provamos que não existem papéis pequenos, existem atores bons transformando seus personagens”, afirma.

Com os momentos finais, a novela conquistou 48 pontos de média no Ibope com pico de 52 e share de 68% nesta 6ª feira (19). Cada ponto equivale a 60 mil domicílios na Grande São Paulo.

Segundo narrativa obtida no UOL:
“(...) Depois de receber o resgate de R$20 milhões entregues por Jorginho, Santiago decide fugir e levar Carminha, Tufão e Nina no mesmo carro. A polícia os persegue e consegue prender os sequestradores, mas o pai de Carminha foge. Em um hangar, onde um jatinho os espera para a fuga, Santiago ameaça matar o ex-jogador e a chef de cozinha. A vilã hesita em fugir com pai e, no momento em que ele vai atirar nas vítimas, ela diz: “Espera, pai!”.
Na última cena, Carminha congela e o desfecho da vilã fica para o último capítulo da trama.
Antes de ser presa, a vilã dirá que o ex foi um excelente marido e que ela amava ser a mulher certinha. No meio da declaração, ela pedirá que o ex-jogador cuide de Ágata (Ana Karolina Lannes) e de Jorginho. Sensibilizado, Tufão vai mandar a ex-mulher fugir, mas a polícia chega antes e a leva presa.”

Mas isso tudo é apenas história!

Depois de idas e vindas à procura de um título, surgiu “Avenida Brasil”. Mais popular “que isso, só dois disso”. Uma novela que praticamente se passa inteiramente num bairro do subúrbio carioca, cujo principal personagem é um ex-jogador de futebol – do Flamengo –, foi o cenário da trama de João Emanuel Carneiro.
Muitas explicações serão dadas sobre o sucesso de “Avenida Brasil”, mas a trama mostra uma história que se encaixa na Teoria do Caos. Pessoas erradas, nos lugares errados nas horas erradas... Quase como numa tragédia grega.
As dificuldades da Rede Globo em compreender a “nova classe” fizeram com que a empresa produzisse sua própria pesquisa e descobrisse o que já se sabia: economicamente, a tal classe “cê” tem hoje o poder financeiro e, portanto, compra os produtos que a TV anuncia. O foco mudou?

O fato é que “Avenida Brasil” se constituiu na “novela que parou o país”... Foi um fenômeno de massas comparado apenas a finais de Copa do Mundo – com o Brasil no jogo, claro!
Algo que tem que ser registrado e analisado no futuro. Confesso que eu (que não havia assistido um capítulo sequer), grudei na tela, e, fiquei envolvido por uma direção impecável na narrativa da reconstituição do crime... O tal: “quem matou Max?” (Roitman?), foi “coisa de cinema”, como se “manda” no popular.

FICHA TÉCNICA: Avenida Brasil, escrita por João Emanuel Carneiro, dirigida por Ricardo Waddington, teve no elenco atores como Adriana Esteves, Débora Falabella, Cauã Reymond, Murilo Benício, Marcello Novaes, Vera Holtz, José de Abreu, Alexandre Borges, Débora Bloch, Camila Morgado, Heloísa Périssé, Carolina Ferraz, Nathalia Dill, Marcos Caruso...

  

7 comentários:

André Setaro disse...

Observação pertinente sobre um fenômeno televisivo. Adriana Esteves, antes tão angelical, fechou a cara e mostrou a sua garra interpretativa.

Misael disse...

Tanto 'Fina Estampa' como 'Avenida Brasil' conseguiram recuperar o Ibope no horário nobre, que vinha despencando com ‘Viver a Vida’ (média de 36), 'Passione' (35) e 'Insensato Coração' (36). Mas, pasme, se a compararmos com novelas anteriores às citadas acima, sua média final (39) é uma das mais baixas da última década.
Por exemplo: 'Paraíso Tropical' (2007) teve média final de 43 pontos; 'Páginas da Vida' (2006/07), 47; 'Belíssima', 48; 'América' (2005), 49, e 'Senhora do Destino' (2004/05) obteve a fantástica média final de 50 pontos!

Joelma disse...

Foi um espanto!

Jonga Olivieri disse...

Espanto mesmo, Joelma.
Poucas vezes vi todos só falarem de um mesmo assunto. Até as pessoas que não esavam ligadas na novela acabavam incluindo 'Carminha' nos seus assuntos.
Coisas como: "Não chegou porque a 'Carminha' não deixou", referindo-se aquele qum atrasava como se fosse porque estava assistindo 'Avenida Brasil'.
Foi o que aconteceu na véspera do capítulo final (5ª feira - 18), quando fui assistir a entrevista de um amigo escritor e foram menos pessoas do que o esperado.
Apesar de ter sido o aniversário de 80 anos do Ziraldo na Travessa... A culpa era da Carminha.
E eu não duvido nada!

Jonga Olivieri disse...

Sim, André "Adriana Esteves, antes tão angelical, fechou a cara e mostrou a sua garra interpretativa", disse-o bem!

Mário disse...

Um fenômeno mesmo. Também nunca vi nada parecido! Nem com a Odete Roitman.

Anônimo disse...

Foi simplesmente "estupefaciante".
L.P.