Série “A Reconstrução da IV Internacional”, artigo extraído da Revista Marxismo Revolucionário nº 11 (Dezembro/2008) - LBI-QI*.
A LIQUIDAÇÃO CONTRA-REVOLUCIONÁRIA DA URSS DESATA
REAÇÃO IDEOLÓGICA QUE FRAGMENTA O REVISIONISMO
O Comitê Paritário foi a última aventura dos grandes ramos revisionistas
por uma unificação. A partir dos anos 80 cada um dos caudilhos revisionistas da
IV Internacional (Mandel, Moreno, Healy, Lambert...) trata de criar sua própria
“internacional”.
Em 1993, a corrente de Lambert se autoproclama como a própria IV
Internacional refundada, impulsionando como colateral o Acordo Internacional
dos Trabalhadores, ACT, uma espécie de “entidade sindical” que abriga,
inclusive, membros da arquiburocrata AFL-CIO
ianque.
Moreno funda a LIT e sua ufanista seção argentina, o Movimento ao
Socialismo (MAS), que se adaptarão
mais profundamente ao programa imperialista da reação democrática contra a
URSS. Como as ideias dominantes são as da classe dominante e nadar a favor da
correnteza é sempre mais fácil, a “stalinofobia” do MAS rendeu muita “simpatia
e votos”, e a LIT tornou-se uma das maiores correntes do trotskismo mundial na
década de 80. Mas, ironicamente, na década seguinte, a ofensiva ideológica
anticomunista que se seguiu à restauração capitalista na URSS e no Leste
europeu produziu muita crise e desmoralização, principalmente em correntes como
a LIT que euforizava sua militância afirmando que o fim dos Estados operários
era uma grande vitória para a humanidade e que a falência do aparato stalinista
abriria “a vez do trotskismo”. Em 2005 o balanço do período passado não poderia
ser mais catastrófico: “no total a LIT perdeu entre quatro e cinco mil
militantes entre eles possivelmente 80% dos quadros com mais experiência.”
(Resoluções do VIII Congresso Mundial da LIT). A restauração da propriedade
privada nos Estados Operários europeus e seu avanço na China, Cuba, Vietnã foi
a principal derrota da classe operária desde a ascensão do nazismo na década de
1930. A ofensiva ideológica anticomunista que se seguiu não poupou nenhuma das
correntes revisionistas, atingindo mais acentuadamente, os anti defensistas que
prometiam a chegada da revolução socialista com a onda que derrubou o Muro de
Berlim.
“A DERROTA DA URSS PODERIA PROLONGAR A AGONIA DA SOCIEDADE
CAPITALISTA POR MUITOS ANOS”
Para Trotsky “a derrota da URSS colocaria à disposição do imperialismo
novos recursos poderosos e poderia prolongar a agonia da sociedade capitalista
por muitos anos” (Em defesa do Marxismo, 1940). A contra revolução no primeiro
Estado Operário do planeta acelerou o declínio dos demais, reincorporou
milhares de trabalhadores ao tacão da exploração patronal, incluindo
posteriormente os chineses, expandiu os mercados e a apropriou-se de imensos
recursos naturais prolongando a agonia capitalista. No plano subjetivo, a
confusão ideológica e a dispersão que se processou na vanguarda acentuaram
ainda mais a crise de direção revolucionária. Nestas condições extremamente
desfavoráveis governos de conciliação de classes de partidos que controlam o movimento
de massas, espécies de frente populares sui
generis, não são mais o último recurso na luta da burguesia contra a
revolução proletária, mas já se alçam como a alternativa preferencial para
aprofundar os ataques aos trabalhadores.
O capitalismo aposta nos Obamas, Lulas, Evos e Chávez para confundir a
consciência das massas que se levantam desesperadamente contra o
recrudescimento da repressão e da exploração.
Em meio à falência de todos os projetos reformistas, da frustração das
expectativas em torno do cretinismo parlamentar e da impotência do tradeunismo
surge a panacéia da autoimplosão do capitalismo a partir da crise financeira
atual. Após terem renunciado historicamente a construir a única ferramenta
capaz de enterrar o imperialismo, os revisionistas apostam no colapso do
capitalismo e na crise financeira como sendo a onda que vai fazer reverter o
refluxo do movimento de massas e alçá-los à direção física de uma insurreição
eminente.
Se é verdade que a atual crise tem características próprias que a
distingue parcialmente das crises anteriores devido à financeirização da
economia, também é verdadeiro que o próprio capital financeiro, na ausência da
ação direta das massas que lhe atrapalhe os planos, tem expedientes monetários
estatais para prolongar sua agônica existência. A disjuntiva socialismo ou
barbárie só será resolvida pela senda da direção revolucionária do proletariado
mundial construída pelo combate ao oportunismo e ao revisionismo e não por uma
mítica falência superestimada da própria classe dominante. Já está claro, por
sinal, que todo estardalhaço em torno da crise tem por fim justificar gordos
pacotes de investimento estatais e uma nova ofensiva para reduzir ainda mais os
direitos trabalhistas e a condição de vida das massas.
Os revisionistas jogam terra nos olhos das massas de sua vanguarda
lutadora recusando-se a armá-la com um programa que organize a luta direta
frente a ambição dos capitalistas de fazerem os trabalhadores pagarem pela
crise. O PTS caracteriza que a crise
"abre novas possibilidades para os revolucionários" (Declaração da FT, 22/12/2008). Assim, a nova ofensiva
abre uma conjuntura favorável, quanto pior, melhor. O PO anuncia “uma rebelião mundial” (Prensa Obrera, 1067), quando o imperialismo ianque recrudesce sua
sanha belicista, com em Gaza!
Quando foi para defender a revolução política, o revisionismo capitulou
ao stalinismo, renunciando à tarefa da reconstrução das seções trotskistas
dentro dos Estados Operários, deixando o movimento operário sem direção. Quando
setores da burocracia stalinista uniram-se ao imperialismo para restaurar o
capitalismo, os revisionistas saudaram a contra-revolução como sendo a
revolução política. Agora, diante de uma nova ofensiva imperialista eminente os
revisionistas afirmam que o próprio imperialismo se autoliquidará!
No atual refluxo ideológico pós-URSS e diante do alijamento como nunca
antes visto da vanguarda em relação à classe, os discursos demagogos dos
revisionistas cada vez os confundem mais com os reformistas tradicionais que
gerenciam a crise do capitalismo. O que se apresenta para as massas hoje como
trotskismo se divide entre centristas e abertamente oportunistas. Entre os que
apóiam ou integram diretamente partidos pequeno-burgueses que se opõem aos sovietes,
a tomada revolucionária do poder pelos trabalhadores, ao armamento e a ditadura
do proletariado e, principalmente, ao partido leninista de revolucionários
profissionais, como o PSOL no Brasil, Respect
na Inglaterra, Links na Alemanha,
SA na Austrália, PAC e PT-POI na França, SSP na Escócia, BE em Portugal ou já a
partidos burgueses como o Trabalhis-mo na Inglaterra, PT no Brasil, DL e os Verdes na Alemanha, PRC na Itália, IU na Espanha, PCL no
Líbano, PRD no México, MDC no Zimbabwe, PSUV a Venezuela, PPP no
Paquistão.
Para tentar aproximar-se das massas mobilizadas, os revisionistas
tergiversam, denominam de revolução todas as mobilizações, sem organismos de
duplo poder, sem programa revolucionário que reflita seus interesses
históricos, sem partido e em quase todas as últimas experiências, sem a própria
classe, como foram os levantes na Argentina em 2001 ou na Grécia em 2008. A
impotência de todo o arco pseudotrotskista diante das explosões de fúria
espontânea das massas condiz com sua extrema covardia em romper com a ofensiva
que criminaliza a luta dos oprimidos e persegue toda e qualquer ação direta
radicalizada ou armada das massas como “terrorismo”. Por isto, os revisionistas
de todo o mundo, extremamente fragmentados por suas aspirações conflitantes de
ocupar um lugar confortável no regime democrático burguês não vacilaram em
somar-se à propaganda antiterror de condenação do ataque militar sofrido pelos
EUA no 11 de setembro.
O fato das organizações guerrilheiras muçulmanas anticomunistas serem o principal
adversário do imperialismo no terreno militar na atualidade é uma expressão
extremada da crise de direção dos oprimidos do planeta que, na carência de um
programa trotskista, se apega até a mais reacionária e teocrática das
ideologias burguesas para reagir à ofensiva imperialista. Este fenômeno tem se
acentuado a partir da revolução islâmica de 1979, embora as corruptas e
impotentes burguesias árabes, persas, palestinas e o islamismo nada tenham para
oferecer em favor da libertação material e espiritual dos trabalhadores e povos
oprimidos de nenhuma parte do globo. Enquanto jogam terra nos olhos das massas,
os revisionistas tratam de atacar e isolar de forma virulenta os genuínos
revolucionários que só podem ajudar as massas a encontrar o caminho da
revolução proletária apontando quais as tarefas para superar os estreitos
limites do espontaneismo e das lutas contidas pelas direções tradicionais do
movimento.
Em um artigo recente sobre os 70 anos da IV internacional, o dirigente
do PSTU Eduardo de Almeida acusou a LBI de “seita caluniadora” gratuitamente
sem sequer dar-se ao trabalho de apontar um fato, posição manifesta por nossa
corrente ou testemunho de alguém,... nada que justificasse a acusação que acabava
de fazer: “Utilizam com frequência o método stalinista da calúnia para atacar
seus oponentes, sem nenhum compromisso com a verdade. Grupos como a LBI e LER
no Brasil tem esse conteúdo.” (IV Internacional: nascimento, divisão e
reconstrução, Prefácio do livro Documentos de Fundação da IV Internacional,
20/09/2008). “Sem nenhum compromisso” com a comprovação da veracidade acusação
que acabava de fazer, como de praxe, a direção do PSTU-LIT, incapaz de fazer o
debate programático “leal” como reivindica, usou mais uma vez o método habitual
de arrastar a discussão para o terreno da moral, a fim de assim criar uma
cortina de fumaça que turve a visão clara do conteúdo das divergências
políticas e ideológicas, tal como assinalava Trotsky: “O centrista sensível e
suscetível acredita, diante de tudo, que os bolcheviques ‘caluniam’, porque
estes levam seu pensamento até as últimas conseqüências, o que eles são
incapazes de fazer. No entanto, somente com esta preciosa qualidade de ser
intolerante com tudo que é híbrido e evasivo, se pode educar a um partido revolucionário
para que as ‘circunstancias excepcionais’ não nos surpreendam de improviso. A
moral de todo partido deriva no fundo, dos interesses históricos que
representa. A moral do bolchevismo, que contem a devoção, o desinteresse, o
valor, o desprezo por tudo que é falso e vão - as melhores qualidade da
natureza humana! - deriva de sua intransigência revolucionária posta a serviço
dos oprimidos”. (Bolchevismo e Stalinismo, 1937).
É calúnia afirmar que a LIT esteve entre os principais animadores do
vendaval oportunista patrocinando ilusões na restauração capitalista da URSS?
Seria calúnia afirmar que para Cuba, o ponto mais alto do desenvolvimento da
luta revolucionária dos trabalhadores atingido em todo o hemisfério ocidental,
a LIT tenha abandonado por completo a defesa das conquistas históricas da
revolução sob o cretino argumento de que elas já não existem mais? É mentira
que esta corrente apresenta uma plataforma de legalização de todos os partidos
políticos, um programa democratizante idêntico ao dos gusanos de Miami, supondo
que na Ilha não existe mais do que uma ditadura capitalista? É calúnia afirmar
que o principal eixo de construção do PSTU, a Conlutas, encontra-se em franco
retrocesso, perdendo mais influência sindical do que conquistando, por não
conseguir se afirmar como alternativa política e organizativa à CUT e a CTB?
Tudo isto é verdadeiro, falsas são as tentativa dos revisionistas atuais de
envenenarem as novas gerações com preconceitos morais para que não dêem ouvidos
ao programa do genuíno trotskismo.
POR QUE O TROTSKISMO NÃO DIRIGIU NENHUMA REVOLUÇÃO
PROLETÁRIA?
Numericamente, apesar de todo o retrocesso militante das últimas duas
décadas, as correntes que se autoproclamam da IV Internacional reúnem de
conjunto e em termos absolutos bem mais membros do que em 1938, quando os
trotskistas agrupavam cerca de 2 mil militantes pelo mundo (com 1.000 nos EUA e
300 na Bélgica), após o extermínio físico da Oposição de Esquerda nos campos de
concentração siberianos, “onde chegaram a existir cerca de 8 mil militantes
organizados” (Os trotskistas na União Soviética, Internacionalismo #3, Lisboa,
10/1980). Mas, apesar de já terem reunido várias vezes a quantidade de
militantes que possuía na década de 1930, como na década de 1980, por exemplo,
o fator subjetivo dentro da IV Internacional foi a razão de não ter dirigido
nenhuma revolução social em seus 70 anos de existência, mesmo em países em que
foi a força política hegemônica, como no Ceilão (atual Sri Lanka), onde os
trotskistas do LSSP elegeram 14
deputados em 1947 ou foram dirigentes do movimento operário e situações
revolucionárias terem-lhes aberto plenas possibilidades como o POR na Bolívia em 1952. O revisionismo é
a causa da destruição programática da IV Internacional a partir de seu II Congresso.
Nos demais países, por não se apresentarem como uma corrente independente e
intransigente contra o nacionalismo burguês, o stalinismo e a social democracia,
limitou-se a ser correia de transmissão dos mesmos, coadjuvantes das traições
das direções tradicionais contra o movimento operário.
Na América Latina, por exemplo, onde as correntes principais foram
influenciadas pelos pseudotrotskistas Posadas, Mandel, Lambert e Moreno (temos
em nível regional Altamira na Argentina e Lora na Bolívia), as organizações que
se reivindicam da IV internacional já experimentaram todas as formas de
seguidismo, ao peronismo, ao castrismo, ao reformismo da UP de Allende, ao lulismo e agora novamente como se não tivessem
aprendido nada, ao nacionalismo burguês de Chávez, Evo e Corrêa.
Os marxistas acreditam que as ideias por si só nada podem realizar. Para
realizar as ideias são necessários homens que as executem na prática. Como
poderia se realizar o programa trotskista se os que diziam defendê-lo o renegam
a cada "novidade" teórica e prática? Todas as situações em que se lhe
abriu a perspectiva revolucionária e o trotskismo teve alguma influência no
movimento de massas, seguiu a reboque das direções tradicionais, hipotecando o
apoio político da ala esquerda da vanguarda a direções e programas contra revolucionários.
Isto foi a regra. Somente um genuíno partido do tipo bolchevique é capaz de
orientar as massas à tomada do poder e à ditadura do proletariado. Na ausência
desta ferramenta, as direções centristas e reformistas sabotam os processos
revolucionários. Sob condições excepcionais (ofensiva revolucionária das massas,
boicote da burguesia ao chamado a conformar a frente popular, pressão do
imperialismo, crise econômica, guerra etc.) os centristas seriam capazes de ir
mais além de onde pretendiam numa ruptura com a burguesia. Mas, para Moreno,
por exemplo, e não por coincidência, também para toda escola pablista, é o
oposto: "a variante que Trotsky qualificava de 'altamente improvável' é a
única que tem se deu nestes 35 anos" (‘Teses de Atualização do Programa de
Transição’, 1980). Em outras palavras, o que para Trotsky era exceção, foi
tomado como regra por Moreno.
Trotsky acreditava que seus partidários lutariam pela independência
política do proletariado, por isto nos recomenda que seria “inútil perder-se em
conjecturas” quando analisava a “variante pouco provável”. Confiava que os
futuros marxistas revolucionários combateriam de forma intransigente a social democracia,
o stalinismo, o centrismo pequeno-burguês, a burguesia liberal-nacionalista e o
imperialismo. Ao contrário do que se esperava, a maioria dos quadros que se
disseram trotskistas nos últimos 70 anos capitularam a todas as espécies de
correntes estranhas aos interesses históricos do proletariado. Mas o mais
tragicômico desta questão é que depois de haver abandonado vergonhosamente os
caros ensinamentos do Programa de Transição, recomendam revisá-lo porque a
“variante pouco provável” é a única que se deu. Pode haver mais canalhice e
cretinismo juntos?
A Liga Bolchevique Internacionalista que em seus 14 anos de existência
tem aprendido a nadar contra a maré da ofensiva anticomunista, compreende que o
principal desafio da IV Internacional ainda é superar a contradição da
maturidade das condições objetivas e a inexistência do Partido Mundial da
Revolução Socialista. Desde a morte de seu fundador até agora esta contradição,
que é a mãe da crise de direção da humanidade, só fez crescer.
A luta de classes segue carente do elemento subjetivo, do partido que
preserve a humanidade de cair na barbárie. Após 70 anos, a Internacional
fundada por Trotsky sobreviveu apesar dos “trotskistas” pela força de seu
programa. Contra os que falam da necessidade de uma nova internacional sob o
argumento de que os epígonos já mancharam excessivamente o nome da IV,
reivindicamos as palavras de seu fundador: “Não falemos em abandonar a bandeira
socialista nas mãos dos falsários! Se a nossa geração se revelou bastante débil
para construir o socialismo na terra, deixemos ao menos aos nossos filhos uma
bandeira sem mancha. A luta a sustentar transcende, de longe, em importância,
as pessoas, as frações e os partidos. O futuro da humanidade se decide. Esta
luta será dura. E longa. Os que buscam a tranquilidade e o conforto, que se
apartem de nós. Nas épocas da reação, certamente, é mais cômodo entender-se com
a burocracia do que procurar a verdade. Mas àqueles para quem o socialismo não
é uma palavra vã, para quem é o conteúdo da vida moral, avante! Nem as ameaças,
nem as perseguições, nem a violência nos deterão. Será, talvez, sobre os nossos
ossos, mas a verdade se imporá. Abrir-lhe-emos o caminho. A verdade vencerá. E
sob o golpe implacável da sorte me sentirei feliz, como nos melhores dias de
minha juventude, se conseguir contribuir para o triunfo da verdade. A maior
felicidade do homem não está, pois, na exploração do presente, mas na preparação
do futuro!” (Leon Trotsky, ‘Os crimes de Stalin’, 1937).
(*) Liga Bolchevique Internacionalista – Quarta
Internacional
5 comentários:
Impressionante o embasamento desta matéria, como a anteriormente publicada, aquela em 3 partes; esta, me parece, em 2.. Certo?.
"...Para Trotsky “a derrota da URSS colocaria à disposição do imperialismo novos recursos poderosos e poderia prolongar a agonia da sociedade capitalista por muitos anos” (Em defesa do Marxismo, 1940). A contra revolução no primeiro Estado Operário do planeta acelerou o declínio dos demais, reincorporou milhares de trabalhadores ao tacão da exploração patronal, incluindo posteriormente os chineses, expandiu os mercados e apropriou-se de imensos recursos naturais prolongando a agonia capitalista. No plano subjetivo, a confusão ideológica e a dispersão que se processou na vanguarda acentuaram ainda mais a crise de direção revolucionária. Nestas condições extremamente desfavoráveis governos de conciliação de classes de partidos que controlam o movimento de massas, espécies de frente populares sui generis, não são mais o último recurso na luta da burguesia contra a revolução proletária, mas já se alçam como a alternativa preferencial para aprofundar os ataques aos trabalhadores..."
Isto dez tudo o quê ocorreu no século passado!
Tavim
Um primor de ensaio esta muito esclarecedora postagem.
Registo muito bem feito de tudo, sta publicação é fundamental!
Me esclareceu demais a leitura desta postagem!
L.P.
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