Revendo “Forest Gump”, pus-me a pensar no quanto os anos 60 foram culturalmente ricos. Pra começo de conversa foi a década dos Beatles. No cinema, aconteceram nada mais nada menos do que Glauber Rocha. Isto para nós brasileiros. Mas na cinematografia mundial, consolidaram-se nomes como Fellini, Antonioni, Kurosawa e o próprio Bergman, que já existiam antes, mas foi naquele período que seus nomes ficaram eternizados.
O novo milênio começou para o Brasil, porque Brasília foi inaugurada em 1961 colocando o país na modernidade. A Bossa Nova firmou-se no cenário internacional. Internamente a MPB entrava em nova era com a chegada de Chico Buarque, Edu Lobo, Gilberto Gil. E com as interpretações inesquecíveis de uma Elis Regina.
Por outro lado foram anos de reviravoltas políticas. 1968 por exemplo. Tá certo que 1964 foi o ano do golpe no Brasil, e que “Che” Guevara foi assassinado pelos ianques também naquela década. Mas tudo isto mostra um acirramento da luta de classes e das contradições do sistema.
Voltando ao filme de Robert Zemickis (1994), nele tem-se uma visão interessante daquela época. O movimento hippie, a sucessão de presidentes estadunidenses no pós-morte de Kennedy, a guerra do Vietnam e seus traumas na sociedade. O resumo de tudo é que com leveza, muito humor e apoiado pelo excelente desempenho de Tom Hanks, Zemicks consegue nos passar um breve resumo do que foram aqueles dias para a sociedade não apenas nos Estados Unidos, como decorrente disto ao redor do planeta.
Hoje, olhando em torno, pasmo com a mediocridade e a mesmice reinantes em todos os ramos da atividade humana. Pudera! Estamos a viver a barbárie do capitalismo. É, conseqüentemente, uma época de estagnação dos valores provocada pela decadência sistêmica. Mas, pasmem, existiu cultura antes de tudo isto.
O novo milênio começou para o Brasil, porque Brasília foi inaugurada em 1961 colocando o país na modernidade. A Bossa Nova firmou-se no cenário internacional. Internamente a MPB entrava em nova era com a chegada de Chico Buarque, Edu Lobo, Gilberto Gil. E com as interpretações inesquecíveis de uma Elis Regina.
Por outro lado foram anos de reviravoltas políticas. 1968 por exemplo. Tá certo que 1964 foi o ano do golpe no Brasil, e que “Che” Guevara foi assassinado pelos ianques também naquela década. Mas tudo isto mostra um acirramento da luta de classes e das contradições do sistema.
Voltando ao filme de Robert Zemickis (1994), nele tem-se uma visão interessante daquela época. O movimento hippie, a sucessão de presidentes estadunidenses no pós-morte de Kennedy, a guerra do Vietnam e seus traumas na sociedade. O resumo de tudo é que com leveza, muito humor e apoiado pelo excelente desempenho de Tom Hanks, Zemicks consegue nos passar um breve resumo do que foram aqueles dias para a sociedade não apenas nos Estados Unidos, como decorrente disto ao redor do planeta.
Hoje, olhando em torno, pasmo com a mediocridade e a mesmice reinantes em todos os ramos da atividade humana. Pudera! Estamos a viver a barbárie do capitalismo. É, conseqüentemente, uma época de estagnação dos valores provocada pela decadência sistêmica. Mas, pasmem, existiu cultura antes de tudo isto.
10 comentários:
Gosto muito de ler Pensatas, sua prosa é leve e atualizada. Porém, temos vários conceitos diferentes, um deles é o de de cultura e do momento que estamos vivendo. Não vou polemizar aqui neste espaço, não caberia. Mas sei que você conhece Gramsci e sabe que a idéia de cultura não exclui os que sabem e o que não sabem, a visão é mais abrangente. Somos também barbárie...Jonga, aprendi muito com suas análises diversificadas, mas não gosto do ranço ariano que percebo nas entrelinhas. Somos também espelhos da barbárie... ou não? porque somos diferentes?
Falastes uma grande verdade. O mundo está como um matungo, envelhecido. A verdade é que de há muito não vemos mais despertar novos horizontes culturais.
Desde os anos 80 a situação foi piorando e descambou nesta realidade de hoje.
Stela, suas observações são sempre oportunas e consistentes. Por isso mesmo vou refletir sobre elas.
Pondero, no entanto, que, em momento algum me exclui de estar inserido numa sociedade, e, portanto no meio da alienação e de seus fetiches.
Em outras palavras, o "saber", no caso, não nos isenta de conviver com a barbárie. Ela faz parte de um todo, e nós também.
Sou profundo admirador de Gramsci, e o considero dos grandes pensadores do Materialismo Histórico no século XX.
Concordo que aqui não poderemos, no entanto, aprofundar esta "polêmica". Isso é papo pra muito chope. Quem sabe um dia, ‘téte-à-téte’, possamos esgotar (ou tentar) a questão.
Posso lhe assegurar que não somos diferentes, muito menos ‘superiores’. Mas, também garantir que uma visão dialética do mundo nos leva, sem sombra de dúvidas, a uma compreensão crítica e analítica muito mais abrangente da sociedade.
A situação descambando, estacionando, sem novas perspectivas de renovação. Isto que você falou, Ieda, é o que sinto.
Só não sei o que é matungo. Se bem que pelo sentido deva ser algo que está se esgotou. Seria?
Interessante o seu comentário sobre "Forrest Gamp", que faz lembrar a riqueza cultural da inesquecível década de 60. Há substitutos, nos tempos atuais, para um Visconti, um Fellini, um Antonioni, um Godard, um Ford, entre tantos outros? Creio que não.
Mais uma vez: papo altíssimo nível!
Adoro Forest Gump. É mesmo um filme divertido. E como eu me lembrei daqueles tempos. Aliás, ai que saudade!!!
Sim André. É difícil. Não houve uma renovação à altura.
Veja bem: a geração de Fellini, etc, por você citada sucedeu à brilhante de Orson Welles, Jonh Ford, Billy Wilder (ih, são tantos que não dá pra citar aqui).
Por sua vez esta tinha substituído à de Grifith, Eisenstein, Buñuel, etc, etc...
Tá certo, hoje nós temos um Win Wenders, um Almodóvar, mas são poucos. A merda grassa na média das produções. É um quadro melancólico!
Agora, específicamente os anos 1960foram fundamentais. Em todas as áreas da atividade humana. E não somente apenas nas artes.
Dá saudade mesmo, JR!!!
Ó mundo está passando por uma fase.
Vê só aqui no Brasil. Meu Deus. Só tem compositor cafona. Só tem cantor sertanejo.
E é assim em todas as a´reas. Uma falta de imaginação de fazer dó.
Não aguento mais música sertaneja...
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