domingo, 16 de novembro de 2008

Pílulas de domingo

Um domingo pela manhã... como é gostoso publicar num dia como este alguns pensamentos soltos...

Excelente a coleção de DVDs da Veja. Filmes excelentes. Vai ser difícil não comprar a maioria deles, pois grande parte dos títulos são imperdíveis. Como ‘Apocalypse Now’, ‘2001’, ‘Kagemusha’ ou ‘Disque M para Matar’ e tantos outros. Fora os que já saíram como ‘Intriga Internacional’ ou ‘Monty Python, o Sentido da Vida’. Todos de excelentes diretores como Hitchcock, Kubrick ou Kurosawa. E o precinho... ajuda.

A crise, que agora as classes dominantes admitem não ser apenas financeira mas econômica, é uma realidade. Inicialmente tentaram negar de toda forma a sua real extensão. Aqui por terras tupiniquins, o sr. da Silva e sua trupe de ministros da área econômica tentavam quase que irônicamente se referir a ela. Agora estamos começando a sentir os seus primeiros efeitos mais graves. Mas, o pior ainda está por vir.

Estava a me lembrar o quanto certas coisas eram mais difíceis, porém saborosas. Era o caso do acesso a jornais de outros estados. Hoje, com a internet, ficou uma barbada a gente ler qualquer um a qualquer instante, mas há alguns anos atrás tinha-se que esperar, e muito. Em 1985, quando morei em Beagá, assinava o JB e esta só chegava na porta depois das onze. Em Salvador, nos anos 60, eu e meu primo André, íamos aos domingos comprar jornais do Rio e São Paulo. Adquiridos em apenas determinada banca do centro da cidade, à tarde.

Blogues por vezes me deixam estupefato. Publiquei no “Casos” da Propaganda, em 2006 uma historinha passada com o João Moacyr de Medeiros, dono da JMM, com quem trabalhei. Uma sobrinha dele, que mora em Montreal, postou um comentário, e, a partir daí estou de alguma forma ajudando ela na feitura de um livro sobre o Medeiros, nome mitológico da propaganda carioca (quiçá brasileira).

São Paulo tem lugares que a gente nunca esquece. E o Gigetto é um deles. É um local que respira o ar da madrugada – aquelas madrugadas frias da paulicéia –, com o burburinho de vozes noite adentro e serve um penne aos quatro queijos que sai da reta, meu... Faz muito tempo que não vou lá, mas sei que o famoso restaurante da rua Avanhadava, na Bela Vista, estará me esperando com a mesma qualidade de sempre. Desde 1938!

Mas o Rio também tem suas ‘vacas sagradas’. Como o Bar Luis, um local de excelente nível (desde 1887). Tenho ido pouco lá, desde que não posso andar me esbaldando em cervejas e afins, porque o chope ali tem o seu lugar, e não dá pra ficar em apenas um. Fora o Eisbein, ou as suas inigualáveis salsichas brancas Bratwurst, acompanhadas de chucrutes. Aliás, a rua da Carioca é um pedaço maravilhoso desta cidade idem. Bem ao lado do Bar Luis tem uma casa de instrumentos musicais linda demais.

E ontem o Fluminense pelo menos ganhou mais uma. Neeenseee!

6 comentários:

André Setaro disse...

Para você ter uma idéia: a 'Tribuna da Imprensa" ainda somente é vendida na Praça Municipal. E poucos os exemplares, que acabam em cinco minutos. É necessário se fazer reservas. Atualmente, morando em Ondina/Jardim Apipema, se não fosse a Internet, não leria este combativo órgão da imprensa. Mas leio-o diariamente graças à sua disponibilidade no espaço virtual. Já se foi a época na qual íamos, a pé, à Praça Municipal. A Bahia (chama-se assim a capital, Salvador) era uma província calma, interessante, mas atualmente é uma cidade caótica, com engarrafamentos por todos os lados e a violência impera. Houve uma regressão cultural geométrica. Os de fora vêem a Bahia pela propaganda institucional: belas praias, a paisagem deslumbrante. É o que chamo de 'cinturão turístico' a apertar os imensos bolsões de pobreza. Não seria exagerado ao dizer que Salvador, hoje, é uma cidade de miseráveis, tanto pelo aspecto pobreza, como pelo aspecto mental.

Jonga Olivieri disse...

Sim, André, as cidades mudaram muito nestes anos que nos separam daquela década...
Aqui no Rio, pra se ter uma idéia, eu ia a Copacabana à noite, e, muitas vezes voltava a pé com amigos, porque, estudantes e duros, gastavamos todo o dinheiro no chope.

Anônimo disse...

Pílulas de Vida do Dr. Ross.
Também estou comprando alguns filmes dessa coleção. E o Bar Luiz, é bão demais.

Anônimo disse...

Conheço o Gigeto em São Paulo e tem uma cozinha excelente. Só que fui a muito tempo e achava que ficava na Rua Augusta. Vou procurar a coleção da Abril nas bancas.
Otávio

Jonga Olivieri disse...

Vale a pena comprar esta coleção, porque tem muito filme bom mesmo.

Jonga Olivieri disse...

O Gigetto fica na Avanhandava quase esquina da Augusta.