Ontem (30/06) a Assembleia Geral das Nações Unidas condenou, o golpe militar em Honduras e exigiu a volta imediata de presidente deposto, Manuel Zelaya, ao poder. O organismo internacional adotou uma resolução por aclamação, segundo a qual todos os 192 membros da ONU não reconhecem qualquer outro governo em Honduras.
A comunidade internacional já vinha a manifestar seu apoio ao presidente Zelaya, e rechaçado sua destituição. A OEA divulgara nota em que exigia o seu “imediato, seguro e incondicional retorno ao cargo”, declarando que não reconhecerá “nenhum governo que surja desta ruptura institucional”.
Os governos da Bolívia, Paraguai e os países pertencentes à “Alternativa Bolivariana para as Américas”, Venezuela, Equador, Nicarágua e Cuba, também manifestaram o seu desagravo ao golpe de Estado. Participaram de uma reunião em Manágua o presidente venezuelano Hugo Chávez, Felipe Calderón, do México, o boliviano Evo Morales, e o equatoriano Rafael Correa e Daniel Ortega que ameaçaram a retirada de seus embaixadores de Honduras. Coisa que o governo (em cima do muro) de Mr. da Silva já afirmou que não faria, muito embora tenha publicado um protesto.
Até mesmo o governo ianque, acusado de patrocinar o golpe e demorar a apoiar Zelaya, acabaram obrigados a condenar a ação golpista naquele país. No entanto a posição de Obama & Cia. (1) é hipócrita e fruto da pressão internacional. Manuel Zelaya é um político (que apesar de empresário), tem assumido posições esquerdistas, e cultivado laços estreitos com líderes americanos como Raul Castro e Hugo Chavez (2), fator que muito incomoda os imperialistas.
Na 2ª feira (29/06), choques entre manifestantes favoráveis ao retorno do presidente deposto atacados por militares e policias deixaram centenas de feridos em Tegucigalpa e se estenderam a várias cidades do país como San Pedro Sula, a segunda maior, El Progresso e outras.
O Ministro da Presidência do governo de Manuel Zelaya, Enrique Flores, confirmou que o presidente regressará ao país na próxima quinta-feira (amanhã) para restabelecer a paz alterada pelo golpe militar.
(1) Como é hipócrita a postura de Barack Obama (um “afro-american” de alma branca) que a pouco e pouco não consegue esconder suas posições belicosas quanto aos interesses do império ao redor do mundo (3). As sutis diferenças em relação a Bush estão apenas nas controvérsias entre as duas correntes do partido único da burguesia dos Estados Unidos. Uma de centro-direita (os democratas) e a outra dominada pelos ”falcões”e fundamentalista (os republicanos).
(2) Hugo Chavez é hoje a maior liderança neste continente na luta contra os Estados Unidos em suas pretensões de manter toda a América como o quintal de seus interesses mais espúrios. Por isso, Chavez sofre uma campanha de difamação (e tentativa de ridicularização), por parte da mídia corrompida, somente comparadas às que sofreram Fidel e Brizola.
(3) Vide o aumento de tropas no Afeganistão (promessa de campanha). Quanto à retirada gradual de soldados no Iraque foi uma decisão tomada no governo de seu antecessor.
A comunidade internacional já vinha a manifestar seu apoio ao presidente Zelaya, e rechaçado sua destituição. A OEA divulgara nota em que exigia o seu “imediato, seguro e incondicional retorno ao cargo”, declarando que não reconhecerá “nenhum governo que surja desta ruptura institucional”.
Os governos da Bolívia, Paraguai e os países pertencentes à “Alternativa Bolivariana para as Américas”, Venezuela, Equador, Nicarágua e Cuba, também manifestaram o seu desagravo ao golpe de Estado. Participaram de uma reunião em Manágua o presidente venezuelano Hugo Chávez, Felipe Calderón, do México, o boliviano Evo Morales, e o equatoriano Rafael Correa e Daniel Ortega que ameaçaram a retirada de seus embaixadores de Honduras. Coisa que o governo (em cima do muro) de Mr. da Silva já afirmou que não faria, muito embora tenha publicado um protesto.
Até mesmo o governo ianque, acusado de patrocinar o golpe e demorar a apoiar Zelaya, acabaram obrigados a condenar a ação golpista naquele país. No entanto a posição de Obama & Cia. (1) é hipócrita e fruto da pressão internacional. Manuel Zelaya é um político (que apesar de empresário), tem assumido posições esquerdistas, e cultivado laços estreitos com líderes americanos como Raul Castro e Hugo Chavez (2), fator que muito incomoda os imperialistas.
Na 2ª feira (29/06), choques entre manifestantes favoráveis ao retorno do presidente deposto atacados por militares e policias deixaram centenas de feridos em Tegucigalpa e se estenderam a várias cidades do país como San Pedro Sula, a segunda maior, El Progresso e outras.
O Ministro da Presidência do governo de Manuel Zelaya, Enrique Flores, confirmou que o presidente regressará ao país na próxima quinta-feira (amanhã) para restabelecer a paz alterada pelo golpe militar.
(1) Como é hipócrita a postura de Barack Obama (um “afro-american” de alma branca) que a pouco e pouco não consegue esconder suas posições belicosas quanto aos interesses do império ao redor do mundo (3). As sutis diferenças em relação a Bush estão apenas nas controvérsias entre as duas correntes do partido único da burguesia dos Estados Unidos. Uma de centro-direita (os democratas) e a outra dominada pelos ”falcões”e fundamentalista (os republicanos).
(2) Hugo Chavez é hoje a maior liderança neste continente na luta contra os Estados Unidos em suas pretensões de manter toda a América como o quintal de seus interesses mais espúrios. Por isso, Chavez sofre uma campanha de difamação (e tentativa de ridicularização), por parte da mídia corrompida, somente comparadas às que sofreram Fidel e Brizola.
(3) Vide o aumento de tropas no Afeganistão (promessa de campanha). Quanto à retirada gradual de soldados no Iraque foi uma decisão tomada no governo de seu antecessor.
6 comentários:
E isto ainda vai dar muito bochinche.
Concordo com tua opinião sobre o Obama.
Até porque a hipocrisia é do comportamento de cristãos.
"Quem se curva aos poderosos mostra a bunda aos oprimidos" já dizia o genial Millor Fernandes. Desde já, devo ressaltar, sou contra qualquer golpe (de esquerda ou de direita), e também concordo com seu comentário sobre Honduras. Mas, lendo hoje a Folha, deparei-me com um artigo sobre a situação hondurenha de autoria de Jorge Zaverucha. Coloco aqui como uma opinião vinda de um cientista política de nomeada. Segundo ele, Zelaya queria uma aproximação com Chaves e os conservadores 'deletaram-no' do mapa constitucional hondurenho:
"Contudo, diferentemente de Chávez, Zelaya não era um militar de ofício, mas um grande empresário do setor agropecuário que se elegeu pelo Partido Liberal. Mudou de lado, mas não foi acompanhado pela cúpula militar hondurenha. Qual o cimento que une os membros dessa aliança civil-militar? Sem dúvida, a desconfiança da crescente aproximação de Zelaya do projeto de poder chavista. Com efeito, Honduras filiou-se à Alba (Alternativa Bolivariana para as Américas), que é um modelo de integração socialista em contraponto ao modelo de livre mercado da Alca (Área de Livre Comércio das Américas).
A busca de Zelaya por um novo mandato, de duvidosa legalidade, foi a oportunidade encontrada pelos seus opositores para se livrarem do neochavista. E o fizeram rapidamente, para evitar uma possível contrarreação como a que ocorreu em 2002, quando Chávez foi golpeado e retomou o poder na Venezuela.
A correria para criar o fato consumado foi de tal ordem que Zelaya foi conduzido de pijamas para a Costa Rica. E o Congresso, sem mais delongas, designou como presidente interino Roberto Micheletti, rival de Zelaya no Partido Liberal."
Concordo com você Ieda. Iso ainda vai dar pano pra manga, que deve ser o mesmo que "bochinche).
O Millôr é o Millôr. Grande humor e inteligência.
Também sou contra golpes, "putchs" e coisas afins.
Por exemplo: o stalinismo foi o resultado de uma ação golpista. Revolução, segundo Marx não tinha nada a ver com golpe e sim com o apodrecimento de um sistema. E a tomada do poder por outra classe social.
Isso não tem nada a ver com "golpe".
Costumo achar que oe Bolchevistas foram precipitados querendo queimar etapas históricas naquela noite em que invadiram o Palácio de Inverno da realeza russa. E acabaram criando um retrocesso fatal para a queda do capitalismo.
Não fossem eles já teria caído...
Ironias da história!
Quanto à Alca é mais uma forma dos imperialistas do norte dominarem o continente.
A Alba é um movimento de emancipação do povo americano (nada a ver com ianque) justamente contra esses tiranos que se dizem democratas".
Quanto a Zelaya, não sei se vai ficar muito tempo vivo... Honduras é um país pobre e fácil dos estadunidenses aprontarem uma outra, já que esta não deu certo.
É assim que Obama é "bonzinho"?
Concordo plenamente que as coisas ali vão piorar e o páis e muito frágil.
É uma típica "Banana Republic".
Só não é invadida pelos mariners porque isto caiu um pouco de moda... kkk!
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