Como tenho o hábito de acordar com os passarinhos, fui surpreendido hoje pela manhã com a leitura de dois jornalistas e/ou pensadores brasileiros os quais muito admiro e respeito pela seriedade.
Um deles é o Pedro Porfírio (1) que desenvolve o seu raciocínio sobre a farsa democrática, especificamente no caso brasileiro. Clique no primeiro link abaixo.
O outro é do Argemiro Ferreira (2), e analisa com a profundidade – que lhe é habitual – os acontecimentos do golpe em Honduras e a “sinuosa diplomacia” (sic) dos ianques nos acontecimentos naquele país. Para saber mais, clique no segundo link após as notas desta breve (porém consistente) postagem.
(1) “Cearense, 65 anos, Pedro Porfírio chegou ao Rio sozinho, aos 16 anos, indo ocupar o cargo de secretário da União Brasileira dos Estudantes Secundários. Aos 17, fez-se jornalista e teve sua carteira profissional assinada como repórter da ÚLTIMA HORA do Rio de Janeiro. Aos 18, já era o editor da RÁDIO HAVANA, em Cuba. Aos 20, de volta ao Brasil, dirigia o semanário das Ligas Camponesas. Passou pelo CORREIO DA MANHÃ, TV TUPI e, aos 26 anos, era Chefe de Redação da TRIBUNA DA IMPRENSA. Preso e torturado em 1969, depois do AI-5, permaneceu encarcerado um ano e meio. Em liberdade, enfrentou uma cruel discriminação. Tornou-se teatrólogo, com 8 peças encenadas e ganhou o Troféu Mambembe, por sua obra O BOM BURGUÊS. Seu último texto encenado, em 1982, foi BRASIL, MAME-O OU DEIXE-O. Com a redemocratização, assumiu postos no governo do Rio de Janeiro e exerce agora seu quarto mandato como vereador.” (Texto transcrito de seu perfil).
(2) “Como jornalista, escrevo regularmente para o diário Tribuna da Imprensa (leia AQUI) do Rio de Janeiro, desde a década de 1980. Como autor, publiquei os livros Informação e Dominação (edição do Sindicato de Jornalistas do Rio de Janeiro, 1982 – esgotado), Caça às Bruxas – Macartismo: Uma Tragédia Americana (L&PM, Porto Alegre, 1989), O Império Contra-Ataca – As guerras de George W. Bush antes e depois do 11 de setembro (Paz e Terra, São Paulo, 2004) e fui colaborador de Rede Imaginária – TV e Democracia (org. por Adauto Novaes, Companhia das Letras, São Paulo, 1991), Mídia & Violência Urbana (Faperj, Rio de Janeiro, 1994)”. (Também transcrito de seu perfil).
http://pedroporfirio.blogspot.com/2009/07/pior-ditadura-e-ditadura-de-democracia.html
http://argemiroferreira.wordpress.com/2009/07/11/a-diplomacia-sinuosa-dos-eua-em-honduras/
Um deles é o Pedro Porfírio (1) que desenvolve o seu raciocínio sobre a farsa democrática, especificamente no caso brasileiro. Clique no primeiro link abaixo.
O outro é do Argemiro Ferreira (2), e analisa com a profundidade – que lhe é habitual – os acontecimentos do golpe em Honduras e a “sinuosa diplomacia” (sic) dos ianques nos acontecimentos naquele país. Para saber mais, clique no segundo link após as notas desta breve (porém consistente) postagem.
(1) “Cearense, 65 anos, Pedro Porfírio chegou ao Rio sozinho, aos 16 anos, indo ocupar o cargo de secretário da União Brasileira dos Estudantes Secundários. Aos 17, fez-se jornalista e teve sua carteira profissional assinada como repórter da ÚLTIMA HORA do Rio de Janeiro. Aos 18, já era o editor da RÁDIO HAVANA, em Cuba. Aos 20, de volta ao Brasil, dirigia o semanário das Ligas Camponesas. Passou pelo CORREIO DA MANHÃ, TV TUPI e, aos 26 anos, era Chefe de Redação da TRIBUNA DA IMPRENSA. Preso e torturado em 1969, depois do AI-5, permaneceu encarcerado um ano e meio. Em liberdade, enfrentou uma cruel discriminação. Tornou-se teatrólogo, com 8 peças encenadas e ganhou o Troféu Mambembe, por sua obra O BOM BURGUÊS. Seu último texto encenado, em 1982, foi BRASIL, MAME-O OU DEIXE-O. Com a redemocratização, assumiu postos no governo do Rio de Janeiro e exerce agora seu quarto mandato como vereador.” (Texto transcrito de seu perfil).
(2) “Como jornalista, escrevo regularmente para o diário Tribuna da Imprensa (leia AQUI) do Rio de Janeiro, desde a década de 1980. Como autor, publiquei os livros Informação e Dominação (edição do Sindicato de Jornalistas do Rio de Janeiro, 1982 – esgotado), Caça às Bruxas – Macartismo: Uma Tragédia Americana (L&PM, Porto Alegre, 1989), O Império Contra-Ataca – As guerras de George W. Bush antes e depois do 11 de setembro (Paz e Terra, São Paulo, 2004) e fui colaborador de Rede Imaginária – TV e Democracia (org. por Adauto Novaes, Companhia das Letras, São Paulo, 1991), Mídia & Violência Urbana (Faperj, Rio de Janeiro, 1994)”. (Também transcrito de seu perfil).
http://pedroporfirio.blogspot.com/2009/07/pior-ditadura-e-ditadura-de-democracia.html
http://argemiroferreira.wordpress.com/2009/07/11/a-diplomacia-sinuosa-dos-eua-em-honduras/
8 comentários:
Ainda não li as matérias deles, porque abri e achei um pouco longas.
Vou le-las com calma mais calma.
Mas as tuas notas sobre eles abaixo deixaram uma excelente impressão, principalmente do Porfírio. Um passado de militância de responsa mesmo!
O Argemiro eu já conheço porque falaste dele em alguma de tuas postagens anteriores.
Você acorda mesmo com as galinhas. Mas, mudando de galináceo para o humano, sempre lia Pedro Porfírio e Argemiro Ferreira na falecida "Tribuna da Imprensa", dois críticos contundentes, lúcidos e coerentes. O primeiro não tem papas na língua para revelar a podridão da política brasileira. E o faz com rara coragem. O segundo se revela um crítico também feroz e um conhecedor profundo da realidade estadunidense. Há alguns dias, graças a você, que me mandou um 'link', descobri o blog de Argemiro Ferreira e tive a oportunidade de ler a mais lúcida análise do recente golpe hondurenho. Talvez o Porfírio tenha um blog. Basta procurar no Google.
Trabalhei com o Porfírio nesta época em que ele, por necessidades geradas pelas perseguições políticas foi trabalhar na agência de publicdade em quie eu trabalhei: a Focus.
Ele na ocasião estava escrevendo uma peça infantil chamada "O Rei Leão" (nada a ver com o filme, pois isto foi entre 1972 e 1976).
Eu também estava encarcerado em publicidade porque devido à necessidade do "Atestado de Bons Anecedentes" nunca pude fazer o vestibular para Jornalismo com que sonhava. Nem mesmo o de Belas-Artes.
Fomos uma geração cerceada pela ditadura dos "generais-presidentes de plantão"
Fui cursar jornalismo em 2002, ficando até 2003, mas tive que interromper o curso por absoluta falta de tempo.
Hoje eu tomei banho às 04h40m da matina. E depois comecei a trabalhar, escrever, etc. Aí é que as galinhas começaram a acordar. Mas é uma pena que hoje são raras as vezes em que ouvimos o galo cantar. Os pássaros sim...
É a melhor hora do dia. Ninguém telefona e vc pode fazer tudo com calma no silêncio da madruga.
Mudando de assunto, o blogue do Porfírio é o mesmo em que está o link da matéria.
É só clicar no título do próprio blogue que ele envia para a edição completa.
E concordo plenamente com você que eles dois são muito competentes em suas áreas específicas.
Li e gostei dos dois que eu não conhecia.
Pois então, Maria, aproveite, já que você tem o caminho das pedras...
Gostei muito dos dois. Já até marquei nosmeus favoritos.
Ótimo Ieda maria, pois assim poderá estar sempre atualizada...
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