sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Tá tudo errado!

Notícia lida na Folha Online de ontem diz que “Carros novos de passeio e de passageiros terão de sair das fábricas emitindo 33% menos poluentes, em média, a partir de janeiro de 2013 (1), no caso dos veículos movidos a diesel (caso dos utilitários, como Picape S10 e Ford Ranger), ou de janeiro de 2014, no caso dos que são movidos a gasolina e álcool...”

Quando digo que tudo está sendo tratado de forma completamente equivocada, não é à toa. O cigarro está sendo o “bode expiatório” para desviar a atenção do grande agente poluidor e causador de câncer de pulmão e outras doenças que nos assolam. No entanto é o motor a explosão (2) é que teria que ser proibido de circular.
Falando assim parece uma “porralouquice”. Mas a verdade é que, apesar de ser praticamente impossível – pelo fato de toda a sociedade humana ter-se estabelecido em função deste tipo de tração – seria o ideal. Pelo menos, e de imediato, para o transporte individual. A verdade é que toda a frota teria que ser substituída pela tração elétrica o mais rápido possível.
A notícia transcrita nesta postagem mostra apenas a ponta do iceberg. Uma lei branda e prazos de uma elasticidade colossal; como todas as medidas que estão a ser tomadas em outros países. Isto porque, tal e qual o Dr. Frankenstein, criamos o monstro e não sabemos como eliminá-lo. Ou até pior, teem muitos que não querem eliminá-lo.
Enquanto isso, a calota do polo norte se desintegra, a camada de ozônio encolhe assustadoramente e outros tantos fenômenos se sucedem, mostrando que as condições de vida estão diminuindo a cada dia para a humanidade neste planeta, como consequência da "Síndrome de Henry Ford" (3).
Ou será tudo culpa do cigarro?

(1) Medidas do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores).
(2) O motor a explosão é o maior emissor de gases poluentes mortais.
(3) A “Síndrome de Henry Ford” é um comportamento estimulado pelo capitalismo, visando o individualismo e estimulando o consumo exagerado de transportes particulares em detrimento do coletivo, que surgiu a partir de Henry Ford, um criminoso de massas. Suas idéias de produção de veículos em série matou milhões de indivíduos, sendo a única pessoa ou entidade que superou a “santa madre igreja romana” em número de vítimas ao longo da história. E mesmo após a sua morte, aos 83 anos, em 1947.

8 comentários:

André Setaro disse...

Você está certo quando aponta o cigarro como bode expiatório, pois é preciso procurar um inimigo e 'lavar' a consciência do povo contra ele. A formação de "Voluntários contra o Fumo", patrocinado pelo governo de São Paulo, cujos adeptos têm a função de 'dedurar' cidadãos que estão a fumar na cidade, assemelha-se em muito às milícias fascistas dos tempos de Mussollini. É preciso se ficar atento contra as novas formas de autoritarismo, que surgem, nesta sociedade do capitalismo pós-moderno, sob aparências diversas e com objetivos enganosos, como é exemplo a lei antifumo paulista, que atesta nada menos que uma psicose antitabagista e, mais importante, é uma ameaça à liberdade individual, retirando do cidadão o seu livre arbítrio.

A cidade de Salvador, da Boa Terra, como se chamava, está com um número de automóveis alucinante. Já não se pode transitar pela cidade sem encontrar severos engarramentos em qualquer hora. A cidade não foi feita para comportar tantos carros, como Los Angeles, por exemplo.

Salvador, além de sua extrema miséria cultural, de sua violência desenfreada, é uma cidade do 'kaos'. E corroída em sua musicalidade pelos pagodes, pelos 'arrochas', pela 'axé music'.

Saudades de Dorival Caymmi!

Ieda Schimidt disse...

Tem toda razão, mas é uma utopia a tua proposta.
No tocante a cigarro, creio que tu foste um pouco exagerado em relação ao que querem dizer.
Mas entendi que queria dizer com isto que estão tentando desviar o foco principal que é o dos veículos automotores.

Jonga Olivieri disse...

Olha André, deixei o cigarro em 1982. Voltei a fumar algumas vezes (no tempo em que era permitido em aviões) porque tinha pânico de voar e aquilo me ajudava.
Minha mulher fuma cigarros até hoje e eu compro maços reserva para ela. Até por comodidade minha para não ter que sair altas horas porque "Ihhh... Acabou meu cigarro!". lembro que no tempo em que era fumante de cigarros, os comprava em pacotes.
Hoje, fumante de cachimbo, sou mais organizado porque o cachimbo tem outro ritmo, outro ritual. Dificilmente um “cachimbeiro” fica sem fumo de repente.
Mas é o que você falou e na minha opinião dá até slogan: "ANTITABAGISMO É FASCISMO!". Porque acho uma babaquice essa de fumante passivo. Quem fala isso é passivo, mas em outras coisas... hehehe!
Enquanto isso ficamos a levar baforadas de óleo queimado na cara. Hoje, véspera de feriadão, tudo engarrafado. Uma loucura. Isso ninguém vê. Queria que proibissem um petit-bourgeois de pegar seu "carrinho" último tipo e sair por aí atropelando, fazendo barulho a exterminar a humanidade.
Mas o insalubre é o tal do cigarro. Aquele mesmo que nos impuseram goela abaixo via propaganda subliminar com os galãs (e stars) dando suas tragadas. Assim como o próprio automóvel, que para além de símbolo de status, tornaram impossível viver sem ele.

Jonga Olivieri disse...

É utópica para uma aplicação imediata. Mas poderiam estabelecer rodízios e começar a limitar a circulação --na maioria das vezes desnecessária-- desses monstrinhos poluentes.
E quanto à propaganda anti-cigarro é de fato um desvio do foco principal.
Fico puto da vida quando vejo um fumante, hoje em dia ter que sair de um ambiente para fumar. Isto é preconceito. Um preconceito tão grande quanto contra bichas e crioulos. Vão pastar os fascistas!

maria disse...

Gente, como é que pode. Mas acaba que a neurose com cigarro é tão forte que ninguém repara isso.
Automotores poluem muito mais.

Jonga Olivieri disse...

E é tudo de propósito, Maria...

Anônimo disse...

Concordo com os seus argumentos, mas que cigarro faz mal, ah, lá isso faz. É muita química. Tem pólvora e outras coisas piores.
Otávio

Jonga Olivieri disse...

O maior problema do cigarro (para que fuma, fique claro) é este lado químico.
Lembro-me que quando comecei a fumar cigarros a gente acendia um, e, caso não tragasse ele se apagava. Era como o tabaco para cachimbo.
Os industriais capitalistas em busca do lucro cada vez maior começaram a injetar uma quantidade de elementos para que este não se apagasse.
Há um filme "O informante" (1999) em que o personagem central (Russel Crowe), cientista de uma empresa de cigarros resolve botar a boca no trombone contra esse crime com a adição de produtos químicos (e até venenosos) nos cigarros. O filme vale a pena ser visto para que se entenda o que realmente se passa.
Mas, continuo a afirmar que essa história de fumante passivo é papo furado. Essa química toda prejudica quem usa o produto e o injere. O resto é fascismo!