quarta-feira, 30 de junho de 2010

Um novo Vietnam?

Esta postagem foi transcrita de reportagem publicada no Jornal do Brasil em 29/06/2010.

Cem soldados estrangeiros foram mortos em junho no Afeganistão
A Otan anunciou nesta terça-feira a morte de um de seus soldados no Afeganistão, o que faz chegar a 100 o número de militares estrangeiros mortos em junho, de longe o mais sangrento em oito anos e meio de guerra, segundo contagem da AFP.
O departamento da Defesa dos EUA indicou na noite de segunda-feira (25) que um de seus soldados morreu em 24 de junho na província de Farah, leste.
O balanço de baixas desde 1º de junho, com 100 mortos, superou amplamente o número de 77 mortos em agosto de 2009, até agora o mês mais violento desde o começo da ofensiva das forças internacionais para tirar do poder os talibãs em dezembro de 2001, segundo contagem da AFP estabelecido com base no site independente icasualties.org

O que os estadunidenses & Companhia não estão a enxergar é que o Afeganistão, que Alexandre não conseguiu conquistar, que humilhou a Rainha Victoria e preparou a tumba da momenklatura soviética, já é um novo Vietnam em sua história. A deles mesmo, porque alguns satélites dos EUA, como a Austrália tambem estiveram naquela guerra e na “calamitosa” derrota no extremo oriente.

6 comentários:

André Setaro disse...

A insanidade bushiniana ao invadir o Iraque atolou os estadunidenses (você agora usa o termo com muita propriedade) num novo Vietnã. Como sair dessa sinuca? O homem tem a sina guerreira para a conquista do poder. Já disse algum filósofo que a guerra é uma extroversão da natureza humana. Ele precisa dela para saciar os seus instintos guerreiros.

De minha parte, sou contra todo e qualquer conflito bélico.

Jonga Olivieri disse...

Talvez Obama já tenha marcado o fim da permanência no Afeganistão porque está sentindo que aquilo vai ser um fiasco.
É guerra de guerrilha, os afegãos conhecem o terreno. Retiram-se para outros locais quando a coisa fica mais feia em determinada região, desarmando toda uma estratégia.
Outro aspecto é o confronto mais direto que obriga a um "corpo a corpo" que não existia antes com uma guerra em que os invasores ficavam mais afastados usando apenas ataques à distância.
Enfim, masi uma vez, como no Vietnam, exatamente como lá é o confronto entre a guerra convencional e uma resistência que responde de forma atípica; conhecedores do terreno que são.
Não tem como vencer assim.

Ieda Schimidt disse...

E tem um detalhe que não se percebeu e tu não falou.
Assim como o império soviético acabou a partir de acontecimenfos no Afganinstão, também o império de Obama I (o Negro) pode ir-se para o beleléu a partir daí.
E quando digo o Negro aí não é um ponto de vista racista ou coisa que pareça. É porque ele o é. Ou alguém pode negar o fato?
É somente a forma de batizar o "imperador" do ocidente de forma adequada.

Jonga Olivieri disse...

Gostei de Obama o Negro. Tem a ver com ele como figura... Tem a ver com as contradições e promessas não cumpridas dele. E terá a ver com a debacle do império ianque no mundo durante o seu "reinado"... hehehe!

maria disse...

Ora ora, será que não vêem que um novo Vietnã será mais uma carnificina. E o pior é que Deus me livre mas para eles mesmo!

Jonga Olivieri disse...

Concordo com a carnificina. Só lhe posso afirmar que não será pior para eles, como disseste.
Pois se morrem muitos soldados, quem sofre baixas mesmo é a população civil. E neste ponto o Vietnam mostrou bem isto.