As notícias da mídia burguesa deram bastante destaque às revelações do ex agente
Edward Snowden(1) (que insiste em chamar de ”delator”) sobre a existência de
bases de espionagem eletrônica pertencentes a CIA/NSA, instaladas em Brasília.
Na realidade os convênios de cooperação assinados entre a NSA (Agência
de Segurança Nacional) e o governo brasileiro (desde a gestão FHC), permanecem,
até o presente momento, inalterados nas gestões do sr. da Silva e dona Dilma
(PT). São esses acordos bilaterais para fins de "inteligência" que
permitem à CIA vasculhar a vontade os nossos (nossos?) sistemas de informações
e dados. Mas dona Dilma se finge de indignada e a imprensa burguesa não comenta
o fato de que os acordos do país com a NSA estarem valendo.
O governo Dilma deveria, diante deste escândalo de espionagem estadunidense,
romper de imediato os acordos firmados (de cooperação policial e “inteligência”)
com os Estados Unidos, sob pena de uma completa desmoralização. Se no Itamaraty
realmente existisse algum resquício de qualquer tipo de sentimento anti imperialista,
este governo teria se colocado à disposição de Snowden para lhe oferecer o
asilo político solicitado ao Brasil.
No entanto, segue fingindo indignação com a espionagem da CIA/NSA,
enquanto por trás dos panos, renova os tratados de cooperação militar com a
potência imperialista, quando na verdade teriam que exigir a expulsão dos agentes
ianques (civis e militares) de solo brasileiro.
Enquanto isso, a alta comissária
das Nações Unidas para Direitos Humanos,
Navi Pillay, criticou na última 6ª feira (12) casos em que o Império teria monitorado cidadãos de
diversos países, esquema que foi denunciado (e novamente não “delatado”) por
Edward Snowden.
A alta comissária ainda defendeu
proteção a Snowden quando declarou: “Sem prejulgar a validade de qualquer
pedido de asilo feito por ele, apelo a todos os Estados para respeitarem o
direito garantido internacionalmente da busca de asilo, em conformidade com o Artigo 14 da Declaração Universal dos Direitos Humanos e do Artigo 1º da Convenção das Nações Unidas Relativa ao Estatuto dos Refugiados, e para garantir que qualquer
determinação esteja em acordo com as suas obrigações legais internacionais”.
1. Nos Estados Unidos, Snowden é acusado de violar a lei de espionagem
norteamericana depois de filtrar programas secretos de vigilância de registros
telefônicos e na internet a partir de agências do governo. E Obama e sua
camarilha querem a sua cabeça a qualquer custo.
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6 comentários:
O servilismo brasileiro, exceção se faça ao período Geisel, sempre foi uma regra. Não quero aqui elogiar o general, mas é verdade.
Snowdwn é vitima da imprensa burguesa, que como você enfatizou, a mídia o classifica como "delator".
E Obama está obcecado em prende-lo e quem sabe, manda-lo para Guantánamo.
A obsessão norte-americana pelo controle do mundo, mediante seus agentes, e da corrupção de servidores públicos dos países periféricos, torna seus serviços de inteligência altamente vulneráveis. É impossível fiar-se na fidelidade de trinta e cinco mil pessoas, entre servidores de carreira e pessoal contratado para colher informações e propor providências ao poder executivo.
L.P.
Diante dos fatos, cabe-nos agir com lucidez.
Se não é possível blindar as comunicações, ficamos vulneráveis aos hackers a satélites espiões, devemos criar um sistema próprio para as comunicações oficiais.
Devemos também fortalecer com rapidez a Telebras. Porque precisamos sistemas de satélites e cabo nossos, e que sejam ser operados por brasileiros.
O PT é lobo em pele de cordeiro e faz o jogo da direita.
E a julgar pelas vaias que Dilma tem levado por aí não engana mais ninguém!
Começou no governo Bush, esta questão dos EUA se darem ao direito de deter qualquer cidadão por simples suspeita, mantendo-o em prisões isoladas pelo tempo que precisassem e sem o menor direito a qualquer defesa legal.
Pelo que estamos assistindo, o governo imperialista perdeu inteiramente a noção do direito e do respeito ao indivíduo.
Diante dessa ameaça constante, não restam muitas opções para as nações mais fracas e possuidoras de grandes mananciais de riquezas naturais, como o Brasil.
A saída é buscar caminhos para o fortalecimento interno (enquanto há tempo para isyo), tentando com evitar as invasões militares dos EUA para se apoderar das riquezas que não lhes pertencem.
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