Postei abaixo uma entrevista de Vladimir Putin (publicada em 8
de setembro de 2016) com o título de: “A verdade sobre o Imperialismo Ianque e
a hipocrisia da política dos países capitalistas ocidentais pela continuidade
de uma "Guerra Fria" que interessa ao Complexo Industrial Militar e à
crise sistêmica, grave e irreversível que os assola” que reflete uma brilhante
resposta do governante russo à covarde política dos estadunidensenses e seus
asseclas à manutenção de uma estratégia belicosa e agressiva, acentuadas no
governo disfarçadamente “amistoso” de Barack Obama. Talvez o mais duro desde
Teddy Roosevelt¹ (hehehe!)...
A clareza, a sinceridade e a profundidade do mandatário russo
são dignas de destaque pela lucidez exposta. Por isso mesmo a compartilhei.
1. Theodore "Teddy" Roosevelt, Jr.
(1858/1919) foi o vigésimo sexto presidente dos EUA de 1901 a 1909.
Roosevelt assumiu a presidência após a morte do então titular, William McKinley,
sendo o mais jovem presidente dos Estados Unidos.
Membro do
Partido Republicano, foi sucessivamente chefe da polícia de Nova Iorque (1895-1897),
adjunto do secretário da Marinha (1897-1898), voluntário na Guerra
Hispanoamericana de 1898, e finalmente governador do Estado de Nova Iorque
(1898-1900).
Sua política
externa ficou conhecida como “Big Stick” (grande porrete) devido à frase Speak softly and carry a big stick (Fale com suavidade e tenha na mão um grande
porrete), inspirada num provérbio africano, que norteava sua posição.
Mediante
esta doutrina, Roosevelt fortaleceu o país com uma indústria
e um comércio
agressivos cuja política visava a protegê-lo a todo custo. Acreditava que
apenas os países fortes ob todos os aspectos sobrevivem.
Prevendo a
tentativa de intervenção européia na Venezuela e na Reública Dominicana, elaborou
um plano chamado de Corolário
Roosevelt à Doutrina Monroe. Esta estratégia visava a proibir
intervenções não-norteamericanas na América Latina, afirmando que os EUA
proibiam a intervenção de quaisquer países nas Américas que não fossem eles
próprios e assumiam a responsabilidade pelo cumprimento das obrigações
internacionais desses países transformando-os em protetorados.
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Um comentário:
Falar de Ted Roosevelt e compará-lo a Donald Trump foi de uma felicidade muito grande, porque veja bem: a “Big stick ideology” foi a expressão prática do corolário Roosevelt da Doutrina Monroe. Roosevelt verbalizou o que já estava há tempos se sedimentando no âmbito da geopolítica dos EUA. Em termos simples, toda a América se constituía em território de ação imperialista dos Estados Unidos da América, sendo vedada aos europeus qualquer tipo de intervenção. E mais: Roosevelt justifica a necessidade de intervenções militares, não com o intuito de expansão territorial, mas para salvaguarda de quaisquer interesses ianques, públicos ou privados.
A vitória na Guerra Hispano-Americana (da qual Ted Roosevelt participou garantiu aos Estados Unidos o controle do Caribe e da América Central. Na gestão de Ted Roosevelt, iniciada em 1901, o país instalou um regime de tutela política e financeira sobre a região e despachou tropas para o México, Nicarágua, Haiti e outros países, a pretexto de ensiná-los a “eleger os homens certos”, como diziam as propagandas patrióticas da época, para os postos de governo. A velha Doutrina Monroe, de 1823, ganhou finalmente vigência plena. Em 1904, o Congresso estadunidense adotou como política oficial o direito de intervir nos países latino-americanos que se mostrassem incapazes de garantir a ordem interna ou de honrar suas dívidas com os bancos estrangeiros. Roosevelt escreveu textualmente na sua mensagem ao Congresso, por ocasião de sua posse, que os Estados Unidos, “embora relutantes”, estavam prontos a “exercer seu papel de polícia internacional” na América Latina nos casos em que se verificasse “a crônica incapacidade” (dos governantes locais) ou “a impotência que resulte no enfraquecimento dos laços da sociedade civilizada”.
Quando Trump se refere a reerguer os EUA como potência está alinhado a este mesmo raucíocínio e princípio!
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