O que de fato ocorreu neste dia
28 de abril de 2017, para além do que foi divulgado pela grande imprensa
burguesa?, a greve geral atingiu
resultados? , e outras perguntas se nos veem à cabeça quando ao assistirmos ou
lermos o narrado e divulgado de forma distorcida por canais desta mesma grande
imprensa e seus interesses.
Começo pelo fato de que ontem
procurei acompanhar por emissoras (des)informativas da TV fechada, e nelas
encontrei uma grande contradição entre o que via e o que narravam. A mais
completa distorção dos fatos. Um exemplo marcante foi quando a GloboNews transmitia uma passeata direto de
Recife, e começou aquele corinho: “... o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo..
e logo foi cortada o sinal. Isto, fora as referências ao clichê “vandalismo dos
depredadores”, quando quem vandalizava mesmo era a Polícia em sua dura
repressão.
Quanto à greve geral, ninguém precisava
falar de seus resultados quando as portas de todas as lojas estavam cerradas.
Prova maior do que esta? Como declararam alguns comerciantes: “o resultado foi ‘pior’
do que feriado”.
Já no dia seguinte a imprensa
escrita evitou abordar o tema. E quando tocou no assunto foi de forma
completamente neutra ou se referindo às notícias que se referiam a atos de “vandalismo”
e depredações por parte dos manifestantes. Típico de quem não quer reconhecer a
derrota dos que se opuseram à greve, como Temer que teve a “cara de pau” de, em
comunicado oficial, referir-se ao movimento como “repressão ao direito de ir e
vir da população” (risos).
Nunca, nem mesmo no período da
ditadura militar, a luta de classes e o totalitarismo estiveram tão evidentes
e/ou escancarados quanto no instante pelo qual passa o país. O governo golpista
de Temer & Cia. tem sido escancarado em sua repressão à liberdade de
expressão por parte da imprensa. Hoje, para se saber algum fato com
profundidade e clareza, é necessário se apelar a blogues e outras fontes de informação não oficiais.
Já na mídia internacional
encontramos notícias mais críticas como no jornal alemão Deutsche Welle que diz em sua manchete que "Brasileiros se mobilizam
pela democracia" e lembra que a última greve geral no Brasil ocorreu em
1996, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. O diário argentino Clarín alerta para a paralisação como
sendo uma das piores sexta-feiras para se movimentar no Brasil,
especialmente em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. O noticiário afirma
que as reformas trabalhista e da Previdência são o
principal motivo dos atos. O texto descreve os últimos acontecimentos em torno
dos escândalos de corrupção envolvendo políticos e as empresas Petrobras e
Odebrecht. O espanhol El País fala em seu título que "Uma
greve geral desafia as reformas do governo brasileiro" e analisa que o
governo brasileiro está apostando seu futuro nos próximos dias. O vespertino
ressalta que os sindicatos decidiram desafiar as reformas de Temer na rua.
Nos “finalmente”, a marcha da
população à casa de Temer em São Paulo, duramente reprimida, ou a violência da
PM no Rio de Janeiro e outras capitais que foram ao máximo omitidas. Isto sem
se falar da libertação de Eike Batista neste mesmo 28 de abril... até parece
que o poder judiciário aderiu à greve!
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