domingo, 9 de abril de 2017

Pensatas de Domingo. Um ataque que põe o mundo em risco.



Navios de guerra dos EUA no Mediterrâneo lançaram dezenas de mísseis Tomahawk que atingiram a base aérea de Shayrat, que segundo versão do Pentágono estava envolvida no ataque com armas químicas efetuado nesta semana.
Esta foi a primeira grande decisão de política externa de Trump desde que tomou posse, em janeiro, com o tipo de intervenção direta na guerra civil síria, que seu antecessor, Barack Obama, evitava. Os ataques foram reação ao que Washington diz ter sido um ataque com gás venenoso realizado pelo governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, e que matou ao menos 70 pessoas em território tomado por rebeldes.
A Rússia alertou nesta sexta-feira que os ataques com mísseis de cruzeiro dos Estados Unidos contra a base aérea síria podem ter consequências “extremamente sérias”, num momento em que a primeira grande incursão do presidente Donald Trump em um conflito externo abriu um racha entre Moscou e Washington.
“Condenamos fortemente as ações ilegítimas dos Estados Unidos. As consequências disto para a estabilidade regional e internacional podem ser extremamente sérias”, disse o enviado adjunto da Rússia na Organização das Nações Unidas (ONU), Vladimir Safronkov, durante encontro nesta sexta-feira do Conselho de Segurança da ONU.
Autoridades estadunidenses informaram forças russas antes dos ataques a mísseis e evitaram atingir militares russos. No entanto imagens de satélites sugerem que a base hospeda membros das forças especiais russas e helicópteros, parte dos esforços do Kremlin para ajudar Assad na luta contra o Estado Islâmico e outros grupos opositores.
 “Anos de tentativas anteriores de mudar o comportamento de Assad fracassaram e fracassaram muito dramaticamente”, disse Trump ao anunciar o ataque na noite de quinta-feira em seu resort na Flórida, onde se encontrava com o presidente da China, Xi Jinping.
A embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, disse: “Estamos preparados para fazer mais, mas esperamos que isto não seja necessário”, disse ao Conselho de Segurança da ONU. “Os Estados Unidos não irão tolerar quando armas químicas forem usadas. Está em nosso interesse vital de segurança nacional evitar a disseminação e uso de armas químicas.”
Aliados dos EUA na Ásia, Europa e Oriente Médio expressaram apoio, embora por vezes com cautela.
A Rússia se juntou à guerra em nome de Assad em 2015, levando o confronto a favor do presidente. Embora apoiem lados opostos na guerra entre Assad e rebeldes, Rússia e EUA dizem compartilhar um único inimigo principal: o Estado Islâmico.
Damasco e Moscou negaram que forças sírias estavam por trás do ataque com gás, mas países ocidentais rejeitaram a explicação de que químicos vazaram de um galpão de armas de rebeldes após um ataque aéreo.
Além disso tudo, é bom lembrar que sob supervisão da ONU a Síria já havia eliminado suas armas químicas em 2014...

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