sábado, 20 de dezembro de 2008

O som dos milhões

O Corpo de Bombeiros não autorizou a inauguração da Cidade da Música – na Barra da Tijuca – que estava agendada para esta quinta-feira à noite com a apresentação da Orquestra Sinfônica Brasileira.
Depois de uma vistoria os bombeiros informaram que o local está com o sistema de incêndio inadequado. “A fiação está exposta, as saídas de emergências estão obstruídas e as caixas de incêndio ainda não foram instaladas”, declarou o coronel do Corpo de Bombeiros, Roni de Azevedo Lima, responsável pela inspeção.
O projeto teve um orçamento inicial de 80 milhões de reais. Ao fim ao cabo, na faraônica obra foram gastos R$ 518 milhões dos cofres públicos. É o som dos milhões, num total, na opinião de muitos, superfaturado.
Segundo cálculos levantados, estima-se que o seu déficit anual para a prefeitura venha ser de mais de 10 milhões de reais.
A construção ocupa uma área de 95 mil metros quadrados e em suas dependências estão incluídas três salas de cinema, um café, um restaurante, um foyer musical, seis salas de ensaio com tratamento acústico específico e 10 salas de aula para a OSB usar no seu programa de formação de músicos.
Além disso possui dois grandes teatros para concertos. A sala de Música de Câmara com 800 lugares e a Sala da Filarmônica, cuja capacidade é de 1.800 lugares.
A Cidade da Música constituiu-se na obra mais polêmica do também polêmico alcaide/debilóide/factóide (1), que graças aos deuses vai finalmente entregar o cargo no dia 1º de janeiro de 2009.

(1) Expressão utilizada por Hélio Fernandes quando se refere a César Mala.

12 comentários:

Ieda Schimidt disse...

O Rio de Janeiro deve estar em festa. Não pela cidade da Música, mas pela saída do prefeito Mala.

Stela Borges de Almeida disse...

Uma matéria importante.
Ontem estive observando notas sobre o espetáculo musical realizado no Teatro Castro Alves quando do encerramento do encontro da Cúpula Latino Americana e Caribe. A Orquestra 2 de julho, formada por jovens, Mercedes Sosa e duas expressivas intérpretes do cancioneiro latino-americano, com o empolgado Carlinhos Brown, ofereceram um belo momento de celebração e integração. Poucos assistiram, ou melhor, o povão estava de fora. Foi transmitido pela TVEducativa e havia telões em pontos estratégicos, mas o espaço do TCA ainda reservado, pensei.

Jonga Olivieri disse...

Esta é a música mais cantada no Rio hoje: a saída do "alcáide-factóide-debilóide" César Mala.

Jonga Olivieri disse...

É sempre assim. Telão para o povão!

Anônimo disse...

Vamos ficar livre desta mala sem alça. Espero que o Paes, com um melhor entrosamento com os governos Estadual e Federal possa tocar algumas obras fundamentais. Como a linha 4 do metrô e outras que são tão neccessárias.
Otávio

Anônimo disse...

O fim de um pesadelo. E essa cidade da Música, pelo amor de Deus, é uma das maiores alucinações que ele teve.

Jonga Olivieri disse...

Será? Bom, vamos esperar que sim. O Rio precisa expandir o metrô que tem cerca de 40 quilômetros, quando precisaria de no mínimo uns 100.

Jonga Olivieri disse...

Cesar Mala é um alucinado em tudo o que faz.
Mas concordo, essa foi a pior delas.
Agora, quanta água rolou por debaixo dos panos, hem? Hem?

Anônimo disse...

Não conheço muita coisa do Cesar Maia (ou Mala). Mas as notícias que chegam aqui sobre ele são sempre esquisitas.
Sendo assim, é uma boa notícia ele estar saindo.

André Setaro disse...

Hélio Fernandes, realmente, só se refere a César Maia como o 'alcaide/factóide/debilóide'. Ele gosta de colocar nomes particulares nas pessoas públicas. Para Sérgio Cabral, "Serginho Cabralzinho Filhinho', em referência ao fato de ser filho de Sérgio Cabral, intelectual respeitado, que foi um dos grandes de 'O Pasquim', além de já ter escrito vários livros sobre música brasileira. Don Corleone era para ACM, que parece que vai ser esquecido com grande facilidade.

Jonga Olivieri disse...

A melhor notícia, o melhor dos fatos a saída da pior das administrações municipais que o Rio jamais teve.

Jonga Olivieri disse...

As alcunhas que o Hélio dá são perfeitas... inclusive a do governador que vive na sombra do pai.
E como eu costumo referir, o único defeito dele é ser lacerdista até hoje.
Aliás, ser lacerdista é um defeito, seja lá em qualquer época.