Estava a rever aquele programa especial com Tom Jobim (1987) em DVD, no qual ele recita este poema de Drummond. Eterno Carlos Drummond de Andrade. Bom, enquanto sionistas guerreiam (ou melhor holocaustam) vamos curtir um pouco o lado poético da vida...
É preciso casar João,
é preciso suportar, Antônio,
é preciso odiar Melquíades
é preciso substituir nós todos.
É preciso salvar o país,
é preciso crer em Deus,
é preciso pagar as dívidas,
é preciso comprar um rádio,
é preciso esquecer fulana.
É preciso estudar volapuque,
é preciso estar sempre bêbado,
é preciso ler Baudelaire,
é preciso colher as flores
de que rezam velhos autores.
É preciso viver com os homens
é preciso não assassiná-los,
é preciso ter mãos pálidas
e anunciar O FIM DO MUNDO.
Segundo o Michaelis, "volapuque – sm (de volapük, do ingl world+speak) língua universal, inventada em 1879 por João Martinho Schleyer e hoje substituída pelo esperanto."
É preciso casar João,
é preciso suportar, Antônio,
é preciso odiar Melquíades
é preciso substituir nós todos.
É preciso salvar o país,
é preciso crer em Deus,
é preciso pagar as dívidas,
é preciso comprar um rádio,
é preciso esquecer fulana.
É preciso estudar volapuque,
é preciso estar sempre bêbado,
é preciso ler Baudelaire,
é preciso colher as flores
de que rezam velhos autores.
É preciso viver com os homens
é preciso não assassiná-los,
é preciso ter mãos pálidas
e anunciar O FIM DO MUNDO.
Segundo o Michaelis, "volapuque – sm (de volapük, do ingl world+speak) língua universal, inventada em 1879 por João Martinho Schleyer e hoje substituída pelo esperanto."
8 comentários:
Caramba, fico uns dias fora e quando volto está cheio de novas postagens. Não curtes o Natal? Mas este poema do Drumond que você postou é muito bonito. E a coisa lá pelos Israel da vida tá pra lá de Bagdá (rsss) A solução é acompanhar a vida pregressa dos artistas e outros famosos. O que foi feito da Beki Klabin?
Vamos por partes (como diria o estripador), mas não é que não curta o natal. Apenas estou a passa-lo em casa com a família, comendo, bebendo (dormindo) e numa época de paradeira geral de trabalho.
Daí, tenho que inventar alguma coisa pra fazer. Escrever é bom...
O poema do Drummond é tão senscional que o Tom o recitou no Jardim Botânico. Não acredito em céu, mas se existisse eles estariam lá, juntos.
E Israel, ou "lá pelos Israel da vida" (sic) a coisa tá feia. E o pior vai ficar mais ainda. É uma limpeza étnica, um holocausto. Será que sionistas ainda poderão falar do que aconteceu na Alemanha. O pior é que vão continuar achando. Eles são o "povo de deus".
Nessas horas concordo com o gênio Luis Buñuel que dizia: "graças a deus eu não acredito em deus!".
Afinal era (e ainda é) o poeta maior.
Porque de resto é lixo demais. Como você disse vida de artista virou a principal notícia em jornais, televisões e n a internet.
Otávio
De vez em quando você acerta em cheio, né Tavinho...
Sou uma acompanhante deste blog (blogue) há muito tempo e adoro o Carlos Drummond de Andrade, sendo este um de seus mais belos poemas.
Sayonara
Que bom Sayonara. Gosto quando os meus leitores aparecem. E que bom também que você gosta de Drummond, o nosso poeta imortal.
Fiquei emocionada ao ler! Que beleza de poesia! Só o Drummond!
"é preciso substituir nós todos" e depois "... é preciso ter mãos pálidas e anunciar O FIM DO MUNDO."
Tudo é demais!
Tal e qual Jobim, você comentou alguns trachos do poema.
E ele (Jobim) também destaca este final.
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